Gostaria de entender o que se passa no nosso organismo quando tomamos "todas"... e aquela dor de cabeça do dia seguinte etc... e o figado? Coitado do figado!
Uma parcela do álcool introduzida no organismo é absorvida pela mucosa da boca. A grande maioria, porém, é absorvida pelo estômago e intestino delgado, e daí vai para a circulação sangüínea. Aproximadamente 90% do álcool é absorvido em 1 (uma) hora.
O processo de absorção do álcool é relativamente rápido (90% em uma hora). Porém o mesmo não ocorre com a eliminação, que demora de 6 (seis) a 8 (oito) horas e é feita através do fígado (90%), da respiração (8%) e da transpiração (2%).
Ao ser consumida, a bebida alcoólica vai direto para o estômago – onde é absorvida. Cai na corrente sanguínea e é distribuída a todos os órgãos do corpo, sem exceção. Mas um órgão sofre mais com a festa: “Cada vez que uma pessoa ingere uma bebida, o etanol é metabolizado no fígado, cria uma lesão, e depois cai no sangue, sendo levado até o cérebro”, explica Eloiza Quintela, especialista no tratamento de doenças do fígado. Resultado: sensação de euforia e desembaraço. Porém, aos poucos, passa a ter efeito depressivo e acaba causando sonolência e diminuição dos reflexos, um perigo especialmente para quem vai pegar no volante depois.
“Apenas 5% do álcool ingerido é eliminado diretamente pela expiração, saliva, transpiração e urina”, ressalta Eloiza. “O restante passa rapidamente para a corrente sanguínea através das paredes do estômago e da parte superior do intestino delgado sem sofrer qualquer transformação química”.
No sangue, o álcool é transportado pelos vasos para diversas partes do organismo, passando pelo “grande purificador”: o fígado. A decomposição da substância ocorre lentamente, a uma média de 0,1 g/L por hora. Até que tudo volte ao normal, o cérebro já foi atingido e a pessoa perde suas capacidades sensoriais, perceptivas, cognitivas e motoras. Nesta fase, o festeiro já não consegue andar em linha reta perfeitamente.
Coitado do fígado
O processo para “limpar” o sangue é demorado. O fígado leva em média uma hora para processar um drinque. Se uma pessoa bebe três caipirinhas, o corpo fica sobrecarregado, com muito álcool para eliminar. No caso de festas consecutivas, com algumas semanas ingerindo de quatro a cinco bebidas diariamente, as células do fígado começam a acumular gordura. Se a pessoa insiste na bebedeira, pode ocorrer a inflamação e destruição das células, resultando em uma hepatite alcoólica. A graça da bebida vira assunto triste quando o organismo se submete a novas doses, desencadeando a cirrose hepática. Esta, se não tratada no início, pode levar à morte.
Verdades e mentiras sobre a bebida
"Vou tomar café forte" - Apesar de estimulante, o café de nada altera o estado de embriaguez.
"Vou tomar banho frio" - Água fria apenas dá a sensação de "acordar" no instante da ducha. Os efeitos do álcool, porém, permanecem inalterados.
"Vou tomar vento" - Os efeitos do álcool não se dissipam com um "ventinho". Só o passar do tempo elimina o álcool do organismo.
"Vou comer antes de beber" - Os efeitos do álcool variam de pessoa para pessoa, mas uma coisa é certa: o álcool sempre produzirá alterações em sua percepção, ainda que você esteja muito bem alimentado.
"Vou tomar um remédio" - A ciência não conseguiu produzir qualquer droga que elimine os efeitos do álcool. Nenhum comprimido, nenhuma receita milagrosa.
"Vou beber porque conheço o meu limite" - Ninguém está tão acostumado a beber a ponto de ficar livre dos efeitos do álcool. É difícil saber exatamente a hora de parar. Até porque a primeira função a ser comprometida pela bebida é a capacidade crítica.
"Vou beber esse tipo de bebida porque é mais fraca." - Não existem bebidas fracas. O que determina o estado de alcoolemia é a quantidade de álcool ingerido. Ingerir 340ml de uísque ou cachaça não faz muita diferença. O certo é que, quem bebe, diminui os reflexos e não pode, de maneira alguma, dirigir.
O único remédio é o tempo: As medidas citadas anteriormente apenas produzem bêbados despertos, mas tão bêbados quanto antes.
Quero agradecer à Yasmine, a oportunidade de ter aprendido tanto hoje, com sua resposta.
Para mim, pessoas que bebem sem limites, ou não respeitando seus próprios limites, são infelizes e egoÃstas, pois não pensam no mal que causam em si e nos outros.
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Como o álcool é absorvido pelo organismo
Uma parcela do álcool introduzida no organismo é absorvida pela mucosa da boca. A grande maioria, porém, é absorvida pelo estômago e intestino delgado, e daí vai para a circulação sangüínea. Aproximadamente 90% do álcool é absorvido em 1 (uma) hora.
O processo de absorção do álcool é relativamente rápido (90% em uma hora). Porém o mesmo não ocorre com a eliminação, que demora de 6 (seis) a 8 (oito) horas e é feita através do fígado (90%), da respiração (8%) e da transpiração (2%).
Ao ser consumida, a bebida alcoólica vai direto para o estômago – onde é absorvida. Cai na corrente sanguínea e é distribuída a todos os órgãos do corpo, sem exceção. Mas um órgão sofre mais com a festa: “Cada vez que uma pessoa ingere uma bebida, o etanol é metabolizado no fígado, cria uma lesão, e depois cai no sangue, sendo levado até o cérebro”, explica Eloiza Quintela, especialista no tratamento de doenças do fígado. Resultado: sensação de euforia e desembaraço. Porém, aos poucos, passa a ter efeito depressivo e acaba causando sonolência e diminuição dos reflexos, um perigo especialmente para quem vai pegar no volante depois.
“Apenas 5% do álcool ingerido é eliminado diretamente pela expiração, saliva, transpiração e urina”, ressalta Eloiza. “O restante passa rapidamente para a corrente sanguínea através das paredes do estômago e da parte superior do intestino delgado sem sofrer qualquer transformação química”.
No sangue, o álcool é transportado pelos vasos para diversas partes do organismo, passando pelo “grande purificador”: o fígado. A decomposição da substância ocorre lentamente, a uma média de 0,1 g/L por hora. Até que tudo volte ao normal, o cérebro já foi atingido e a pessoa perde suas capacidades sensoriais, perceptivas, cognitivas e motoras. Nesta fase, o festeiro já não consegue andar em linha reta perfeitamente.
Coitado do fígado
O processo para “limpar” o sangue é demorado. O fígado leva em média uma hora para processar um drinque. Se uma pessoa bebe três caipirinhas, o corpo fica sobrecarregado, com muito álcool para eliminar. No caso de festas consecutivas, com algumas semanas ingerindo de quatro a cinco bebidas diariamente, as células do fígado começam a acumular gordura. Se a pessoa insiste na bebedeira, pode ocorrer a inflamação e destruição das células, resultando em uma hepatite alcoólica. A graça da bebida vira assunto triste quando o organismo se submete a novas doses, desencadeando a cirrose hepática. Esta, se não tratada no início, pode levar à morte.
Verdades e mentiras sobre a bebida
"Vou tomar café forte" - Apesar de estimulante, o café de nada altera o estado de embriaguez.
"Vou tomar banho frio" - Água fria apenas dá a sensação de "acordar" no instante da ducha. Os efeitos do álcool, porém, permanecem inalterados.
"Vou tomar vento" - Os efeitos do álcool não se dissipam com um "ventinho". Só o passar do tempo elimina o álcool do organismo.
"Vou comer antes de beber" - Os efeitos do álcool variam de pessoa para pessoa, mas uma coisa é certa: o álcool sempre produzirá alterações em sua percepção, ainda que você esteja muito bem alimentado.
"Vou tomar um remédio" - A ciência não conseguiu produzir qualquer droga que elimine os efeitos do álcool. Nenhum comprimido, nenhuma receita milagrosa.
"Vou beber porque conheço o meu limite" - Ninguém está tão acostumado a beber a ponto de ficar livre dos efeitos do álcool. É difícil saber exatamente a hora de parar. Até porque a primeira função a ser comprometida pela bebida é a capacidade crítica.
"Vou beber esse tipo de bebida porque é mais fraca." - Não existem bebidas fracas. O que determina o estado de alcoolemia é a quantidade de álcool ingerido. Ingerir 340ml de uísque ou cachaça não faz muita diferença. O certo é que, quem bebe, diminui os reflexos e não pode, de maneira alguma, dirigir.
O único remédio é o tempo: As medidas citadas anteriormente apenas produzem bêbados despertos, mas tão bêbados quanto antes.
Quero agradecer à Yasmine, a oportunidade de ter aprendido tanto hoje, com sua resposta.
Para mim, pessoas que bebem sem limites, ou não respeitando seus próprios limites, são infelizes e egoÃstas, pois não pensam no mal que causam em si e nos outros.
Beijos