Alegoria da Caverna (República, Livro VII) - pra quem leu?
1) O que fez o personagem principal ao sair da caverna?
2)De que forma os homens que permaneceram na caverna receberam a narrativa daquele que havia saído da caverna?
1) O que fez o personagem principal ao sair da caverna?
2)De que forma os homens que permaneceram na caverna receberam a narrativa daquele que havia saído da caverna?
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1-O personagem que sai da caverna, contempla o mundo verdadeiramente. Ele é capaz de assimilar a realidade das coisas em sua plenitude.
2-Os indivíduos que permaneceram na caverna, e que continuaram a ver o mundo através das sombras, não acreditaram no relato do personagem que teve a possibilidade de sair.
Platão, ensina que, mesmo sendo possível a alguns privilegiados(filósofos), terem a oportunidade de conhecerem o mundo de forma real e verdadeira, seria impossível fazer com que a massa humana tivesse consciência dessa verdade.
Na minha opinião ele tinha razão, veja o caso de Deus, Buda e outros iluminados que passaram pela história da humanidade. Muitas foram as tentativas para se aclarar a consciência humana, mas há uma resistência em se acreditar somente no que se vê.
Justempo
Meu amigo, A República de Platão trata do diálogo ocorrido na casa do velho Céfalo com Sócrates e diversos outros, alguns que participam do diálogo e outros que permanecem anônimos.
A investigação na obra é sobre o significado de justiça e como é a vida do homem e da cidade justos. Os livros intermediários da República, V a VII, são uma digressão do problema principal, que começa com a observação de como vivem as mulheres e crianças na cidade perfeita.
A exposição da teoria platônica das Formas [idéias] e aparências ou sombras [Fenômenos] através da metáfora do Sol e alegorias da linha e da caverna nos livros VI e VII. Deseja-se saber a condição do homem que vive na esfera das aparências, sua permanência ou não neste estágio, sua possibilidade de conhecer o inteligível e por que é bom que isso ocorra.
Aquele que contemplou as idéias no mundo inteligível desce aos que ainda não as contemplaram para ensinar-lhes o caminho. Por isso, desde Mênon, Platão dissera que não é possível ensinar o que são as coisas, mas apenas ensinar a procurá-las.
Os olhos foram feitos para ver; a alma, para conhecer. Os primeiros estão destinados à luz solar; a segunda, à fulguração da idéia. A dialética é a técnica libertadora dos olhos do espírito.
O relato da subida e da descida expõe a paidéia como dupla violência necessária: a ascensão é difícil, dolorosa, quase insuportável; o retorno à caverna, uma imposição terrível à alma libertada, agora forçada a abandonar a luz e a felicidade.
A dialética, como toda a técnica, é uma atividade exercida contra uma passividade, um esforço (pónos) para concretizar seu fim forçando um ser a realizar sua própria natureza.
No Mito, a dialética faz a alma ver sua própria essência (eîdos) - conhecer - vendo as essências (idéia) - o objeto do conhecimento -, descobrindo seu parentesco com elas. A violência é libertadora porque desliga a alma do corpo, forçando-a a abandonar o sensível pelo inteligível.
O Mito da Caverna nos ensina algo mais, afirma o filósofo alemão Martin Heidegger, num ensaio intitulado "A doutrina de Platão sobre a verdade", que interpreta o Mito como exposição platônica do conceito da verdade.
Um abraço, Helda
personagem ao sair da caverna visualizou tudo o que lhe era estranho, pois nunca havia visto o mundo externo e rotornou e explicou aos outros o que tinha visto, os outros não acreditaram e acabaram matando o coitado.