quem leu o livro : recado do morro de guimarães rosa?

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    Com a chamada do berrante começa a 5ª Caminhada Eco-literária de Cordisburgo, cidade do sertão mineiro e terra natal do escritor João Guimarães Rosa. O violeiro Elvis Carlos acompanha a comitiva, entoando canções que introduzem as estórias narradas por oito integrantes do Grupo de Contadores de Estórias Miguilim. Antes, todos se deliciam com um café sertanejo, farto em broas, chás, biscoitos e outros quitutes típicos da roça.

    São cerca de 400 pessoas que partem do Zoológico de Pedras e vão até a Gruta de Maquiné, num total de 5 km, passando pelos cenários do conto “O Recado do Morro”, presente no livro “No Urubuquaquá no Pinhém”, de Guimarães Rosa. “O Recado do Morro” é a saga de Pedro Orósio, guia de uma comitiva que vai de Pirapora a Cordisburgo. Eles passam por sete fazendas e, à medida que avançam pelo sertão, deparam-se com loucos, bobos, fanáticos religiosos e um menino. É o músico Laudelim que transforma o tal recado do morro em música, avisando a Pedro Osório sobre as intenções de seus falsos amigos e livrando-o dos perigos da viagem.

    Assim como no conto, os participantes da caminhada também se depararam com alguns desses personagens, como Nominedomine e Joãozezim, representados por Miguilins. A primeira parada do grupo acontece na Fazenda do seu Saturnino e, a partir dali, várias outras são feitas na Serra de Maquiné até a Gruta de mesmo nome, sempre regadas de contação de estória. Uma caminhonete da Copasa, com 500 litros de água, segue junto a comitiva, para prevenir do cansaço.

    O organizador da Caminhada Eco-literária, José Osvaldo Santos, mais conhecido como Brasinha, conta que, há seis anos, ele e mais dez Miguilins se encontraram na estação de trem de Cordisburgo e narraram o conto “Sorocô, sua mãe e sua filha”, ambientado no local. A partir daí, “Começamos a identificar os lugares geográficos reais na obra de Guimarães Rosa”, relata Brasinha, que também é Diretor Cultural da Associação dos Amigos do Museu Casa Guimarães Rosa. O grupo passou a escolher contos de Guimarães e narrá-los no local em que acontecem.

    Pela quinta vez, a caminhada ocorre, oficialmente, no sábado da Semana Roseana, que é realizada todo junho ou julho na cidade e traz atrações e debates acerca da obra Roseana. O tema desta caminhada foi “A visão de Guimarães Rosa sobre Cordisburgo e sobre a Gruta de Maquiné”. A cada edição, um conto diferente é narrado e um caminho distinto é percorrido. “Já narramos o Corpo Fechado, o Várzea da Lapa. A cada vez o número de participantes é maior”, afirma Brasinha.

    Atraindo olhares para Guimarães Rosa

    A moradora de Cordisburgo, Marilane Corrêa, afirma que foram os Miguilins e as caminhadas que despertaram sua atenção para a obra de Guimarães Rosa. “É muito interessante ver tudo como nos contos”. Sua filha, de cinco anos, comparece ao evento desde os dois. Marilane diz que não deixou de ir às caminhadas nem durante a gravidez do caçula, de um ano. A professora de Cordisburgo, Fátima Barboza, acredita que “os Miguilins trazem uma riqueza muito grande para a cidade. Eles facilitam o entendimento da obra de Guimarães Rosa”.

    A repercussão do Grupo de Contadores de Estória Miguilim, da Semana Roseana e das caminhadas têm ido muito além das fronteiras de Cordisburgo, atraindo muitos turistas, como o estudante de Letras da Universidade de São Paulo, Teo Garfunkel. “Vim de São Paulo para a caminhada. É muito interessante ver os Miguilins contarem a obra de Guimarães Rosa”, conta Garfunkel. O resultado disso é o aquecimento do comércio e do turismo da cidade, trazendo benefícios para a população.

    Brasinha tem planos para as próximas caminhadas. “Queremos colocar um mateiro da região para falar sobre as plantas”. Atualmente, é cobrada a taxa de R$20,00 para participar da caminhada, que inclui café sertanejo, além de almoço e transporte, ao final do percurso.

    Beijos

  • Guimarães Rosa seria um dos escritores mais difíceis de serem compreendidos por pessoas da cidade mais para as pessoas do Sertões deste pais, seria como o dia dia do povo.

    tai ...

  • Leio qualquer coisa, até bula de remédio, manual de eletrônicos, mas nunca fui capaz de ler Guimarães Rosa. Não consigo.....

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