A humanidade está nascendo unicamente para morrer?
Se você tem algum objetivo de vida que não seja unicamente morrer, então você não se enquadra no perfil que vou apresentar.
O que você faz quando quer passar o tempo? Faz alguma coisa que lhe agrada e que possa te distrair por muito tempo, que tal 60 anos? Parece absurdo? Não, pois é o que fazemos.
Alguém já parou para pensar em como nossa maior preocupação passa a ser algo tão mundano e trivial ao invés de ser algo realmente produtivo? Posso listar uma série de coisas que fazemos para nos distrair hoje em dia:
- Pessoas e relacionamentos.
- Trabalho remunerado.
- Jogos.
- Diversão.
- Outros.
Alguém já parou para pensar em como isso tudo não tem sentido? O quanto crescemos com tudo isso? O que ganhamos com tudo isso?
O trabalho é algo necessário, mas não a troco de matéria, isso é um artifício da sociedade que foi criado com o objetivo de dar uma razão para algumas pessoas viverem, mas na verdade é algo totalmente ilusório. Tudo o que fazemos hoje em dia é nos preocuparmos com coisas tão bobas e tão simples, isso tudo para quê?
Update:@Álvaro. Estou de acordo que nosso maior objetivo é tentar encontrar o que não pode ser encontrado, seja esse "o que" uma pessoa perfeita, ou mesmo conhecimento pleno de tudo e, realmente, tudo isso não tem sentido nenhum, nós somos os responsáveis pela atribuição de tal, mas o que penso é: se temos tanta necessidade de atribuir características para coisas que não têm, tal como "sentido" ou "motivo", significa que estamos desesperadamente procurando por algo e, por não conseguirmos encontrar, acabamos por saciar nossa sede criando essas coisas. Por isso acaba sendo uma realidade ilusória criada por nós mesmos, um exemplo são os mitos, criamos eles como sendo algo perfeito unicamente para se encaixarem nos buracos vazios da nossa mente. O que quero com meus estudos não é saber mais que as outras pessoas, mas sim, preencher os buracos de minha mente com coisas reais, quero não ter a necessidade de criar respostas, mas quero obtê-las. Eu realmente acredito qu
Comments
Olá,
Acredito que você está perguntando o sentido da vida, certo?
Já pensei bastante nisso. Lembro-me que me sentia frustado por nao achar sentido nas coisas e nos "padrões" da sociedade. Depois de muita reflexão e observação, cheguei em algumas conclusões.
Se você acredita em Deus, você tem um objetivo, que é: ir para o céu. Deste modo, juntamente com os padrões da sociedade, você já tem um certo algoritmo pronto para a vida. E, por consequência, a vida tem sentido.
Se você não acredita em Deus(use a nomenclatura que quiser), a vida e sua origem, não tem sentido, segundo as nossas concepções atuais. Mas a questão é: algum dia, terei a resposta para tal pergunta? Vale a pena tentar achar sentido nas coisas? Pensei... pensei e vi que o número de questionamentos só iam aumentando. Então, percebi uma coisa, que me deu tranquilidade. Preciso ser mais realista! Viver em função das regras do mundo e não inverso. Pensando assim, criei um objetivo, que é: ser feliz. "Achar" felicidade nas coisas e, sinceramente, está dando certo! Não há nada mais agradável do que uma conversa interessante com uma pessoa, para mim, obviamente. Então, por exemplo, estudar e me cuidar, viram objetivo. E qual seria este objetivo? Simples, me tornar uma pessoa mais inteligente e interessante. Deste modo, poderei ter mais conversas agradáveis e continuar sendo feliz. Continue o mesmo raciocínio para as outras coisas da vida.
Com tudo isto, estou querendo dizer que, o sentido na vida, para uma pessoa desprovida de crenças religiosas, é achar objetivos para a vida, segundo os padrões da época, já que os costumes da sociedade variam com o tempo. É um raciocínio obvio, mas totalmente realista e ausente de utopia.
Mas, como havia dito, você está em função do mundo, então há uma certa padronização de como obter as coisas, principalmente as materiais. Cabe a você aceitá-las como são e perceber que nada disto é simples e trivial. Muito pelo contrário, meu caro!
Só por curiosidade, caso considere assim, há uma teoria que explica a origem da matéria a partir do "nada". Pesquise sobre vácuo quântico, acredito que achara interessante, já que é uma teoria que dá a possibilidade de "explicar" a origem da matéria e, consequentemente, mais um argumento para a inexistência de Deus. E isto é uma coisa ruim, já que tiraremos o sentido da vida de várias pessoas ^.^
Atenciosamente,
RFF
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Eu novamente ^.^
Então Leonardo, bobos somos nós que não fazemos igual a eles!(Isto não é uma ofensa barata)
Viver para fazer coisas produtivas é uma concepção de vida sua, minha e de vários outros. Curso Engenharia Elétrica e sempre tentei me destacar, intelectualmente falando. Além disso, compartilhando do mesmo sentimento de fazer coisas produtivas e ser reconhecido por isso. É o que almejo e espero! Isto me faz evoluir.
Somos diferentes das pessoas que só querem se divertir, mas isto não implica ser melhor ou pior. Devemos ser empático com elas e perceber que, a maioria delas, são pessoas simples querendo ser feliz. Criticar o modo de vida delas é errado! Perdão, nem tanto assim, já que há muito "adulto" imaturo por ai que necessita de conselhos. O fato, é que muitas delas não possuem as mesmas concepções que nós, estudiosos, por assim dizer, possuímos. Então, o choque de ideias e objetivos, com uma pequena presunção,se me permite dizer, vira uma coisa natural.
Acho que não voltarei mais aqui querido, tenho bastante provas nesta semana. Então, um abraço e obrigado pela pequena discussão!!!
Olá!
Jorge respondeu bem sua questão.
Para melhor ilustrar, posso acrescentar que na analise dos atos, fatos ou fenômenos, você pode aplicar duas formas distintas para analise da questão:
Existe uma visão de microcosmo, ela enfatiza apenas um sistema, como por exemplo o sistema que envolve a vida humana.
Existe uma visão de macrocosmo, ela enfatiza o conjunto dos sistemas, como por exemplo o sistema que envolve a vida no planeta.
Na visão de macrocosmo, um intrincado processo de aprimoramento vai ocorrendo enquanto o tempo passa, tempo ao tempo, um passo de cada vez e tudo que hoje é um absurdo, amanhã terá explicação.
Até...
Caro L. Makoto, a humanidade não está morrendo, muito pelo contrário, está cada vez mais viva e ativa.
Analisar a humanidade a partir do homem (indivÃduo) é um equÃvoco que muitos cometem.
A humanidade não é a somatória simples de todos os homens que estão vivos nesse momento, mas sim, uma interação muito complexa dos atos e pensamentos de todos os homens que existem e que já existiram, e que no futuro será algo muito diferente do que é hoje devido as alterações que nela serão impetradas pelos homens que hão de vir, assim como a humanidade de hoje é bem diferente da de mil anos atrás.
Portanto um indivÃduo, qualquer indivÃduo, de qualquer tempo, nunca será o espelho da humanidade do seu tempo, e muito menos de qualquer outro tempo.
Tente agora fazer essa análise partindo dessa visão, e verá que chegará à uma conclusão totalmente diferente...rs
â¦
Então, Leonardo, eu pensava, desde muito tempo, como você descreveu nessa pergunta.
Mas, como diz Fernando Pessoa, " Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possÃvel fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso); "
Tente agora entrar em meus pensamentos e, por apenas um instante, pensar como ando a pensar.
à o seguinte, nós todos, Leonardo, nós todos como você sabe somos humanos, falhos, animais, muita das vezes irracionais, somos talvez até apenas pessoas caóticas, pessoas imperfeitas procurando pessoas perfeitas, mas é claro, isso de pessoas perfeitas é totalmente ilusório, mas, infelizmente ou até mesmo felizmente, é isso que nos move, é a ilusão de que cada vez as coisas serão melhores e que cada vez estamos evoluindo mais. Como eu sei que você gosta de estudos como eu, nossos estudos também não passam de uma ilusão, olha, pense assim, quando você está estudando, por menor que seja o motivo do seu estudo, sempre estará o gosto por saber mais que outras pessoas, ou melhor dizendo, o que nos move nos estudos é uma ilusão, porque, tenho certeza que você, como eu, tem vontade de criar coisas, de imaginar coisas a serem criadas... e tudo isso, todas essas criações que aspiramos e que por você saber, muitas pessoas já conseguiram(veja ex: celular, carro, avião, casa, roda, essas coisas que facilitam a vida) essas coisas, na verdade, foram só pra nos ajudar a ter cada vez mais poder, e como diz Nietzsche, poder é felicidade, ou seja, essas coisas foram sempre criadas para nos facilitar a vida cotidiana, mas por mais banal que pareça, é a vida que, enquanto vivos, sempre iremos ter.
Embora tudo o que você disse possa parecer verdade, e até certo ponto é, não podemos nos privar das coisas que dão gosto à vida porque se realmente não precisássemos delas, nós não necessitarÃamos ter coração(sentimentos), terÃamos apenas uma mente.
A vida é isso, Leonardo, são as pequenas coisas da vida, os pequenos gestos, as pequenas atitudes e até mesmo as pequenas palavras que dão sentido à vida, que dão o nosso combustÃvel de continuar vivendo em meio a tantas pessoas como nós, continuar vivendo como todos nós somos, porque por mais que pareca possÃvel, se privar dentro de um quarto com quinhentos livros de filosofia, história, matemática, fÃsica quântica e até mesmo livros de vampiros, lê-los e conhecer tudo sobre eles, não fará de nenhum de nós menos banais ou mais inteligentes que os demais, nos fará conhecer mais e consequentemente teremos mais noções sobre as coisas "sem sentido" porque se você realmente pensar, nada haverá um sentido direto e próprio. Mas na verdade, como eu disse, são essas coisas sem sentido que dão sentido ao caos que tudo isso é.
O objetivo da vida, Leonardo, sempre foi nunca ter nenhum objetivo, e eu digo isso em relação à própria morte. Nós todos iremos morrer um dia, como sabes, imagina então uma vida só de coisas produtivas, poderÃamos ficar a vida inteira produzindo as coisas, sem fazer nada de "trivial e banal", mas será que realmente isso nos trará algum sentido ou alguma felicidade quando formos pensar, no último segundo de nossa vida, o que fizemos de realmente satisfatório e sentimentos, vida compartilhada por momentos felizes juntos e amor para com pessoas que merecem e que não passam de seres humanos como nós ?
a felicidade está em pequenas coisas, que na maioria das vezes nos passam desapercebidas, minha resposta é que não precisamos ser arrogantes para sermos felizes, precisamos sermos simples, como tudo é simples, a vida é simples e morrer não é o fim, matematicamente dizendo.
O ser humano não é como os objetos que ele cria.
Quando um ser humano cria um objeto, ele o faz com um propósito, com determinadas caracterÃsticas que existem justamente para que esse objeto cumpra a sua finalidade. Ou seja, o propósito do objeto nasceu antes do próprio objeto.
O Homem não é assim. Primeiro ele nasce, descobre-se no mundo e, então cria para si um propósito na vida. Somos seres compelidos a determinar um propósito para nossas vidas e temos a capacidade de ativamente definir a nós mesmos.
"Quanto aos homens, não é o que eles são que me interessa, mas o que eles podem se tornar." (Jean-Paul Sartre)
sim