10 DICAS PARA, ATÉ MESMO VOCÊ, ESCREVER UM POEMA MODERNO
1) Use e abuse das metáforas, e, não esqueça sempre de colocar alguns palavrões,
2) Use e abuse da falta de lógica e do hermetismo. Quanto mais incompreensíveis forem seus versos, de mais qualidade parecerão, pelo menos aos críticos,
3) Use e abuse de palavras que poucos conhecem os significados. Isso dará ao leitor a impressão de que você é mais inteligente do que ele,
4) Se você não tem muita fluência verbal, não se preocupe, escreva somente haikais, poetrix, flash-poemas, poesias de duas palavras só, ou mesmo trovinhas, e morra insistindo que a síntese é muito mais eloqüente do que a verborragia poética,
5) Se você não tem muita imaginação, também não esquente, pesque palavras ou mesmo, com cuidado, versos inteiros de poetas alheios,
6) Ou escreva várias palavras em diversos papéis, aí jogue-os pra cima. Quando caírem, componha seu "poema" na exata ordem que os termos aparecerem,
7) Ou, anote tudo o que o seu sobrinho de dois anos fala durante dois minutos,
8) Insira, estrategicamente, chavões como: amada, flor, estrela, caminho, sonho, encanto, etc, senão você corre o sério risco de sua "obra" parecer mais uma bula ou lista de compras do que poesia.
9) Quanto ao título, de preferência escolha um que nada tem a ver com seu "poema",
10) E, lembre-se, nunca, mas nunca mesmo, "decifre" (se é que você conseguiria) o significado dos seu versos. Se alguém insistir muito, responda como Mário Quintana: - E aquela nuvem, o que significa?
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10 DICAS PARA, ATÉ MESMO VOCÊ, ESCREVER UM POEMA MODERNO
1) Use e abuse das metáforas, e, não esqueça sempre de colocar alguns palavrões,
2) Use e abuse da falta de lógica e do hermetismo. Quanto mais incompreensíveis forem seus versos, de mais qualidade parecerão, pelo menos aos críticos,
3) Use e abuse de palavras que poucos conhecem os significados. Isso dará ao leitor a impressão de que você é mais inteligente do que ele,
4) Se você não tem muita fluência verbal, não se preocupe, escreva somente haikais, poetrix, flash-poemas, poesias de duas palavras só, ou mesmo trovinhas, e morra insistindo que a síntese é muito mais eloqüente do que a verborragia poética,
5) Se você não tem muita imaginação, também não esquente, pesque palavras ou mesmo, com cuidado, versos inteiros de poetas alheios,
6) Ou escreva várias palavras em diversos papéis, aí jogue-os pra cima. Quando caírem, componha seu "poema" na exata ordem que os termos aparecerem,
7) Ou, anote tudo o que o seu sobrinho de dois anos fala durante dois minutos,
8) Insira, estrategicamente, chavões como: amada, flor, estrela, caminho, sonho, encanto, etc, senão você corre o sério risco de sua "obra" parecer mais uma bula ou lista de compras do que poesia.
9) Quanto ao título, de preferência escolha um que nada tem a ver com seu "poema",
10) E, lembre-se, nunca, mas nunca mesmo, "decifre" (se é que você conseguiria) o significado dos seu versos. Se alguém insistir muito, responda como Mário Quintana: - E aquela nuvem, o que significa?
"OLHAR PARALISADOR Nº 91
o olhar da cobra pára
dispara
paralisa o pássaro
meu olhar
cai de mim
laser
luar
meu despertar despertar
meu amor desesperado do meu olhar
meu mau olhado despertador
meu olhar
leitor"
"PARALYZING GAZE 91
the gaze of the cobra lies
belays
paralyzes the bird
my gaze
falls away
lunar
laser
my awekening to arouse
my disarming love from my alarming
my evil eye gaze
my gaze
reader"