PSDB golpista? Será que isso vem de berço?
Hoje, todos sabemos que comemoramos a Proclamação da República
Ou, segundo o entendimento de outros, o golpe contra o Imperador
O que poucas pessoas sabem é que coube a um Major a tarefa inglória de informar ao velho Imperador da sua deposição e que fôra decretado pelo Governo Provisório o banimento da Família Imperial
Conta a história que:
Quando o porto-alegrense major Sólon Sampaio Ribeiro lhe comunicou que estava deposto e de que deveria abandonar imediatamente o Brasil, o imperador Dom
Pedro II disse apenas: “Estão todos loucos”. A imperatriz Tereza Cristina chorou. E a princesa Isabel, herdeira do trono, manteve-se muda. A cena ocorreu na noite de 15 para 16 de novembro de 1889. O então major Sólon recebera a complicada missão de comunicar formalmente à família imperial que a República fora proclamada. Decidido o fim da monarquia e rejeitada a idéia, que
chegou a ser discutida, da execução do imperador, ninguém quis assumir a tarefa de ser o portador do fim do Império. Na condição de oficial, conspirador republicano
e radical antimonarquista, coube ao major Sólon o comando do grupo de militares que, em plena noite, fez o comunicado formal a Dom Pedro II. A decisão de exigir que a Família Imperial deixasse imediatamente o
Rio de Janeiro foi tomada pelo temor de que houvesse manifestações de monarquistas.
ENTRE OS MILITARES QUE ACOMPANHARAM O MAJOR SOLÓN ESTAVA O ALFERES JOAQUIM INÁCIO BATISTA CARDOSO, AVÔ DE NINGUÉM MENOS QUE DO EX-PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO.
O major Sólon chegou à patente de general. Sua filha, Anna, casou-se com o escritor Euclides da Cunha e foi a protagonista do crime passional que levou ao assassinato do escritor.
Isso vem de berço, ...
Comments
Cara, pau que nasce torto não tem jeito morre torto!
Vovô queria matar o bom velhinho
Alguns fatos e umas tantas especulações sobre uma família muito conhecida dos brasileiros
"E o velho?", essa era a pergunta que estava em todas as bocas. "Que fazer do velho?"
Os conspiradores que às vésperas do 15 de novembro de 1889 preparavam-se para o golpe da proclamação da República, preocupavam-se com a figura provecta, paternal, respeitada pelas famílias e venerada pelos simples que era o imperador dom Pedro II. A questão de que fim lhe dar surgiu, entre outras ocasiões, numa reunião fechada do Clube Militar, comandada por seu presidente, Benjamin Constant Botelho de Magalhães. Exilá-lo, eis a solução que parecia mais conveniente. Mas e se ele se recusasse a partir? Um dos oficiais presentes propôs: nesse caso, que fosse fuzilado. Benjamin Constant reagiu com ironia: "Oh, o senhor é sanguinário...", e emendou com um sermão. Dom Pedro II era um patrício muito digno, disse, e merecia ser tratado com consideração.
O nome do "sanguinário" em questão, o oficial que queria fuzilar o imperador, começa com os nomes Manuel Joaquim Inácio. Sua patente era de alferes, como eram chamados os tenentes na época – era conhecido como alferes Joaquim Inácio. Isso diz algo ao leitor ou à leitora? Talvez não, então avancemos: o nome que vem em seguida é Batista. Manuel Joaquim Inácio Batista. Ainda nada? Então vamos ao nome completo: Manuel Joaquim Inácio Batista Cardoso. Repita-se: Cardoso. Isso tem que dizer algo ao leitor (a). É Cardoso, como em Fernando Henrique Cardoso!
Sim, o leitor(a) adivinhou. O alferes Joaquim Inácio, conspirador incurável, integrante do grupo mais fanático de republicanos do Exército, é o avô paterno do presidente Fernando Henrique Cardoso. Agora já se tem toda a dimensão do escândalo. Vovô queria matar o bom velhinho!
O episódio em que Joaquim Inácio sugere o fuzilamento do imperador está contado num livro que acaba de chegar às livrarias, a biografia de Benjamin Constant de autoria do historiador Renato Lemos ("Benjamin Constant, Vida e História", Topbooks). E se a tese do avô do atual presidente tivesse prevalecido? Os radicais da objetividade são contra o "se", na História – a História é o que foi, não o que poderia ter sido. Mas o "se", além de excitar a imaginação, tem sua utilidade. Ao aventar o que poderia ter sido, ajuda a compreender o que foi. Se dom Pedro II tivesse sido fuzilado, para começar, dificilmente se manteria a aura – ou a mentira – de portadores de uma História mansa e pacífica que nos persegue. Acrescentaríamos a nosso passado episódio parecido com o do México, único país americano a ter em seu território uma cabeça coroada, além do Brasil, e que se livrou dela pelo método sonhado por vovô Joaquim Inácio ao fuzilar (em 1867) o imperador Maximiliano, o intruso com o qual os franceses haviam tentado uma aposta por aquelas bandas.
Se dom Pedro II tivesse sido fuzilado, além disso, as chances de a monarquia ganhar novo fôlego e durar bem mais do que durou seriam grandes. Teríamos, com 65 anos de avanço, a edição do fenômeno Getúlio Vargas, aquele que, ao sair da vida, prolongou-se na História. Com o suicídio, Vargas não só garantiu a legenda de mártir, como criou as condições para que os seguidores se mantivessem no poder. Não. Definitivamente, ao pôr a prêmio a cabeça alheia, o alferes Joaquim Inácio não estava com a própria no lugar. À causa que defendia não interessava oferecer um cadáver ao adversário, e ainda mais um cadáver como aquele, o do monarca que, no decorrer de meio século, fora um símbolo da pátria. Se exilá-lo já foi doloroso, matá-lo seria como matar a pátria.
Joaquim Inácio é citado cinco vezes, no livro de Renato Lemos, todas no papel de incendiário. Um relatório sobre a disciplina no Exército, em outubro de 1889, afirmava que ele e o capitão Menna Barreto, ambos "sempre exaltados", acabavam por contagiar os colegas. Apesar da pouca idade – 29 anos –, ele fez parte do núcleo duro da conspiração. Coube-lhe, uma vez desfechado o golpe, a ele, ao major Sólon Ribeiro e a um terceiro oficial, levar ao imperador a ordem de banimento. Há uma gravura famosa em que a cena é reconstituída. Ufa! O imperador aceitou a ordem. Não foi preciso tomar medida mais drástica. Senão, o neto Fernando Henrique seria o neto do regicida.
Não é novidade que o avô Joaquim Inácio, um avô que, diga-se de passagem, o neto não conheceu (o primeiro morreu em 1924, sete anos antes de o segundo nascer), quis fuzilar o imperador. O próprio Fernando Henrique já se referiu a isso, em entrevistas. O livro de Lemos apenas traz o episódio de volta. Que concluir do fato de o atual presidente ter tido tal avô? Haveria pontos comuns entre um e outro? Por um lado, Fernando Henrique leva vantagem. Entre seus defeitos não consta, até onde é possível discernir, a sanha assassina. Quanto ao julgamento pelo critério do "se", o presidente é uma incógnita. E se tivesse rompido com o PFL? Se tivesse desprezado o FMI? Tivesse nomeado José Serra para a Fazenda? O avô resulta derrotado, à luz do "se". Quanto ao neto... façam suas apostas, senhores.
A PeTralhada é mesmo capaz de coisas inimagináveis. Eu jamais votei em FHC, não morro de amores por ele, nunca depositei nele esperanças e esbravejei com incotida indignação contra desmandos no seu governo, mas aqui para nós, o lullaPeTralhismo revelou-se muito mais nefasto que tudo que eu já tinha visto. O seu oportunismo chega à s raias de uma caótica imoralidade. Fazer um exorbitante contorcionismo como esse, chegando a subverter a História, transformando o Imperador em pobre coitado para atingir o antecessor do molusco, é hilário. E se Pedro Collor não tivesse chutado o pau da barraca? E se Celso Daniel e Toninho do PT não tivessem sido eliminados? E se MaurÃcio Marinho não tivesse sido filmado embolsando propina? E se Roberto Jefferson não tivesse colocado a boca no trombone?
Ué ... e o advento da República não foi bom para o povo?
Então neste caso ele foi um herói nacional pois depos o imperador e seu regime. Voce que gosta tanto de história também sabe o que era o Poder Moderador. A proclamação de República está entre os maiores avanços sociais da história do Brasil.
Foi o inicio da democracia.
E além disso, qual foi o golpe que o PSDB ou qualquer outro partido tentou dar até hoje na história do Brasil ?
Quem deu golpe do Brasil ou foi o Getulio Vargas ou os militares e portanto não tem absolutamente nada a ver com o PSDB (que alias, é fruto do PMDB que por sua vez combatia a ARENA e se chamada MDB).
O kmare tem razao quando diz que com a queda do imperador, veio a republica e a democracia.
Imagine se ateh hoje tivessemos que viver um monarquia? (ainda que fosse uma monarquia parlamentarista). Sustentar vagabundo tudo bem, mas pela vida toda ai eh demais !!!
A PTralhada lança mão de qualquer artifÃcio em sua campanha contra o excelente partido polÃtico PSDB.
Se tem ou se não tem nada a ver, não importa.
Se faz ou se não faz sentido, também não importa.
Para os PTralhas, o que importa é levar adiante a sua campanha contra o PSDB.
Bjs
"Entra ano e sai ano, sempre os mesmos planos"
Pode ser que sim, mas não tenho certeza não...Não assumo posições concretas acerca do P$DB de antigamente, mas que hoje ele é golpista, isso é sim...aliás, tudo na polÃtica é golpe né?
O sogro de Euclides da Cunha!? Pai da maior adúltera da história da mulher brasileira. Puxa... São estes os nossos Sertões.
.
Quer belo esclarecimento...
a história tarda mas não falha...
FHC é um renitente...
ele tem a quem puxar...
mas o Brasil devagar, devagarinho, com o PT e Lula, mais nós apoiando tudo que é legÃtimo e bom, vai se ajustando, daqui a algum tempo o passado vai ser história e o presente uma realidade incontestável...
chega do passado safado que nada tem a ver com o nosso futuro...
KMare,
seu comentario eh parcialmente verdadeiro.
Mas o PSDB atual, era um dos setores mais a direita do MDB, e hoje caminha de maos dadas com o DEM (que era PFL, que era PDS, que era ARENA)