ilde é sem dúvida dos autores mais citados. A minha curiosidade por ele começou precisamente por esse motivo... cada reflexão, frase ou pensamento eram profundos e revelavam uma forma diferente de ver a vida e a sociedade. Não li muito da sua obra, mas houve um título que me ficou - O Retrato de Dorian Gray - o único que romance que Wilde escreveu, que de resto, já tive oportunidade de o recomendar aqui.
Todo o enredo gira à volta de um triângulo amoroso onde existe uma atmosfera impregnada de homossexualidade e decadência, quer social, quer intelectual. Através de uma história inverosímil, Basil pinta um retrato de Dorian Gray, mas com uma paixão de tal forma ardente, que o resultado é algo que transcende a exactidão física, e de certa forma, captura a aura do espirito que nos move. Ao ver tal beleza, Dorian fica esterrecido e deslumbrado perante algo que julgava impossível capturar num retrato. Num misto de horror e felicidade apercebe-se que a sua própria juventude jamais poderá rivalizar com a do retrato... naquele momento, sua juventude ficará para todo o sempre aprisionada e gravada na pintura. Desesperado, Dorian daria absolutamente tudo para que os papeis se invertessem. Que a sua juventude fosse eterna, e o quadro, por seu lado, envelhecesse.
Assim começa a história, recheada de imagens alegóricas e diálogos absolutamente deslumbrantes. Numa sátira que retrata a hipocrisia e a aristocracia de uma época elegante, Wilde socorre-se de personagens vaidosos, faustosos e hipócritas, cujos valores morais se resumem ao culto das aparências e à ostentação social.
É um livro fascinante, onde Wilde brinca com as ideias e persegue-as; atira-as ao ar e transforma-as; deixa escapá-las e torna a capturá-las; pinta-as de fantasia e dá-lhes asas de paradoxo. Wilde, para além das ironias e sarcasmos, demonstra também ser um profundo conhecedor do comportamento humano, dos seus valores e princípios, questionando a vida e a nossa actuação nela.
A leitura não é fácil. Os diálogos, pensamentos e sentimentos das personagens são longos e profundos, mas, faz-nos pensar sobre a juventude, o valor da beleza na sociedade, a vaidade e o caráter das pessoas. permitam-me partilhar convosco alguns trechos deste romance:
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ilde é sem dúvida dos autores mais citados. A minha curiosidade por ele começou precisamente por esse motivo... cada reflexão, frase ou pensamento eram profundos e revelavam uma forma diferente de ver a vida e a sociedade. Não li muito da sua obra, mas houve um título que me ficou - O Retrato de Dorian Gray - o único que romance que Wilde escreveu, que de resto, já tive oportunidade de o recomendar aqui.
Todo o enredo gira à volta de um triângulo amoroso onde existe uma atmosfera impregnada de homossexualidade e decadência, quer social, quer intelectual. Através de uma história inverosímil, Basil pinta um retrato de Dorian Gray, mas com uma paixão de tal forma ardente, que o resultado é algo que transcende a exactidão física, e de certa forma, captura a aura do espirito que nos move. Ao ver tal beleza, Dorian fica esterrecido e deslumbrado perante algo que julgava impossível capturar num retrato. Num misto de horror e felicidade apercebe-se que a sua própria juventude jamais poderá rivalizar com a do retrato... naquele momento, sua juventude ficará para todo o sempre aprisionada e gravada na pintura. Desesperado, Dorian daria absolutamente tudo para que os papeis se invertessem. Que a sua juventude fosse eterna, e o quadro, por seu lado, envelhecesse.
Assim começa a história, recheada de imagens alegóricas e diálogos absolutamente deslumbrantes. Numa sátira que retrata a hipocrisia e a aristocracia de uma época elegante, Wilde socorre-se de personagens vaidosos, faustosos e hipócritas, cujos valores morais se resumem ao culto das aparências e à ostentação social.
É um livro fascinante, onde Wilde brinca com as ideias e persegue-as; atira-as ao ar e transforma-as; deixa escapá-las e torna a capturá-las; pinta-as de fantasia e dá-lhes asas de paradoxo. Wilde, para além das ironias e sarcasmos, demonstra também ser um profundo conhecedor do comportamento humano, dos seus valores e princípios, questionando a vida e a nossa actuação nela.
A leitura não é fácil. Os diálogos, pensamentos e sentimentos das personagens são longos e profundos, mas, faz-nos pensar sobre a juventude, o valor da beleza na sociedade, a vaidade e o caráter das pessoas. permitam-me partilhar convosco alguns trechos deste romance:
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2005/09/reflexaes_s...