Vou ver esta semana.
Cara,
Ainda não tive a oportunidade de assistir mais deve ser bom.
Abraçosssssss
Ainda não. mais com certeza quero ve.
.
Quando Steven Spielberg lançou a franquia de ficção cientÃfica “Parque dos Dinossauros”, uma legião de fãs foi conquistada. Primeiro porque a ideia de dar vida a essas criaturas pré-históricas foi um marco do cinema, em termos de efeitos visuais e de filmes de aventura. Segundo porque o plot trabalhado por Spielberg leva diretamente à diversão, com um toque de suspense. O britânico “Projeto Dinossauro” bebe da fonte de Spielberg (assim como as histórias fantásticas de Jules Verne), atualizado com a nova mania da indústria, os filmes de found footage, popularizado por produções como “A Bruxa de Blair”, “Cloverfield – Monstro” e “Atividade Paranormal”.
Na trama, um grupo inicia uma expedição por uma área remota do Congo com o objetivo de investigar a possibilidade da existência de dinossauros na área. A equipe vai munida de câmeras para registrar cada passo, dando um caráter documental falso à narrativa. Entre os personagens, temos o pai experiente que é rigoroso com seu filho, o amigo do pai que não é reconhecido por suas descobertas em dupla, uma médica bonita que certamente será uma das primeiras a sumir, profissionais de registro e nativos que “conhecem a floresta”. Logo nos primeiros minutos que o helicóptero parte para a área que será avaliada, um ataque inesperado de animais voadores desconhecidos causa um acidente e deixa a equipe sem comunicação. Agora eles precisam sair da floresta, mas obviamente não será fácil.
O diretor Sid Bennet, que divide o roteiro com Jay Basu, tem experiência com projetos históricos e já trabalhou em documentários de catástrofe para televisão. Em seu primeiro filme para as telonas, Bennet é oportunista ao tentar ludibriar o espectador logo no começo do longa, afirmando que o material a ser visto é uma edição de horas de filmagem recuperadas após a expedição. Obviamente não há quem acredite, ainda mais quando vemos o primeiro dinossauro em tela. Borrachudas e pouco expressivas, as criaturas chegam até mesmo a ganhar sentimentos que são “essenciais” para a resolução do último ato da trama. Como se não bastasse, esse mesmo ato sofre de uma inconsequência absurda do roteiro, criando um atrito entre membros do grupo simplesmente por não saber como finalizar a história.
E assim seguem os longos minutos de projeção. O suspense está presente, principalmente em algumas poucas e boas sacadas, como a instalação de um câmera que só filma quando detecta movimento. Fora isso, não há como não questionar a resistência e durabilidade do equipamento levado pela equipe, além das tomadas que fogem totalmente ao estilo de “registro da realidade” proposto pelo formato adotado pela produção. Os personagens também sofrem do oportunismo da trama. Após a morte de um deles, o jovem Luke faz um depoimento emocionado para a câmera, rendendo até algumas lágrimas, sobre uma pessoa que ele acabou de conhecer.
Talvez pela limitação do orçamento ou ideia batida, “Projeto Dinossauro” não funcione de forma alguma. As técnicas de edição se repetem constantemente, chegando até mesmo a omitir algumas ações importantes para o público. A artificialidade das atuações também não ajuda a comprar a trama. Dessa forma, o longa se mostra fora de época, literalmente, não só pelo argumento, mas por não trazer nenhum diferencial em sua proposta, pouco servindo como entretenimento rápido.
Diego Benevides é editor-executivo, crÃtico e colunista do CCR. Jornalista graduado pela Universidade de Fortaleza (Unifor), é pós-graduando em Cinema e Linguagem Audiovisual, especialista em Assessoria de Comunicação, pesquisador em Audiovisual e educador na linha de Artes Visuais e Cinema. Desde 2006 integra a equipe do portal, onde aprendeu a gostar de tudo um pouco. A desgostar também.
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Cara,
Ainda não tive a oportunidade de assistir mais deve ser bom.
Abraçosssssss
Ainda não. mais com certeza quero ve.
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Quando Steven Spielberg lançou a franquia de ficção cientÃfica “Parque dos Dinossauros”, uma legião de fãs foi conquistada. Primeiro porque a ideia de dar vida a essas criaturas pré-históricas foi um marco do cinema, em termos de efeitos visuais e de filmes de aventura. Segundo porque o plot trabalhado por Spielberg leva diretamente à diversão, com um toque de suspense. O britânico “Projeto Dinossauro” bebe da fonte de Spielberg (assim como as histórias fantásticas de Jules Verne), atualizado com a nova mania da indústria, os filmes de found footage, popularizado por produções como “A Bruxa de Blair”, “Cloverfield – Monstro” e “Atividade Paranormal”.
Na trama, um grupo inicia uma expedição por uma área remota do Congo com o objetivo de investigar a possibilidade da existência de dinossauros na área. A equipe vai munida de câmeras para registrar cada passo, dando um caráter documental falso à narrativa. Entre os personagens, temos o pai experiente que é rigoroso com seu filho, o amigo do pai que não é reconhecido por suas descobertas em dupla, uma médica bonita que certamente será uma das primeiras a sumir, profissionais de registro e nativos que “conhecem a floresta”. Logo nos primeiros minutos que o helicóptero parte para a área que será avaliada, um ataque inesperado de animais voadores desconhecidos causa um acidente e deixa a equipe sem comunicação. Agora eles precisam sair da floresta, mas obviamente não será fácil.
O diretor Sid Bennet, que divide o roteiro com Jay Basu, tem experiência com projetos históricos e já trabalhou em documentários de catástrofe para televisão. Em seu primeiro filme para as telonas, Bennet é oportunista ao tentar ludibriar o espectador logo no começo do longa, afirmando que o material a ser visto é uma edição de horas de filmagem recuperadas após a expedição. Obviamente não há quem acredite, ainda mais quando vemos o primeiro dinossauro em tela. Borrachudas e pouco expressivas, as criaturas chegam até mesmo a ganhar sentimentos que são “essenciais” para a resolução do último ato da trama. Como se não bastasse, esse mesmo ato sofre de uma inconsequência absurda do roteiro, criando um atrito entre membros do grupo simplesmente por não saber como finalizar a história.
E assim seguem os longos minutos de projeção. O suspense está presente, principalmente em algumas poucas e boas sacadas, como a instalação de um câmera que só filma quando detecta movimento. Fora isso, não há como não questionar a resistência e durabilidade do equipamento levado pela equipe, além das tomadas que fogem totalmente ao estilo de “registro da realidade” proposto pelo formato adotado pela produção. Os personagens também sofrem do oportunismo da trama. Após a morte de um deles, o jovem Luke faz um depoimento emocionado para a câmera, rendendo até algumas lágrimas, sobre uma pessoa que ele acabou de conhecer.
Talvez pela limitação do orçamento ou ideia batida, “Projeto Dinossauro” não funcione de forma alguma. As técnicas de edição se repetem constantemente, chegando até mesmo a omitir algumas ações importantes para o público. A artificialidade das atuações também não ajuda a comprar a trama. Dessa forma, o longa se mostra fora de época, literalmente, não só pelo argumento, mas por não trazer nenhum diferencial em sua proposta, pouco servindo como entretenimento rápido.
Diego Benevides é editor-executivo, crÃtico e colunista do CCR. Jornalista graduado pela Universidade de Fortaleza (Unifor), é pós-graduando em Cinema e Linguagem Audiovisual, especialista em Assessoria de Comunicação, pesquisador em Audiovisual e educador na linha de Artes Visuais e Cinema. Desde 2006 integra a equipe do portal, onde aprendeu a gostar de tudo um pouco. A desgostar também.