Amigo, este Natal é mais um Natal. Mais um Natal que passaremos, mas sobretudo mais um Natal que passará por nós. Por estes dias e, apesar da tão divulgada crise económica, o alvoroço comercial tem-se redobrado. Embora mais pobre, devido aos constrangimentos financeiros que o mundo atravessa, o espírito natalício já se encontra evidente nos outdoors citadinos e na ornamentação das ruas. Então não será suposto o espírito natalício apontar a pobreza de Belém, como a riqueza do Natal? Eis o nosso século! O Natal que encarna o primado do espírito sobre a matéria, tornou-se cada vez mais a negação de si próprio. O nosso Natal, o Natal da maioria dos comuns mortais é, infelizmente, a festa do consumo por excelência. Em cada Natal que deixamos passar, perde-se uma oportunidade para a verdadeira natividade, para uma verdadeira ruptura com a nossa consciência, para a negação vigorosa deste modelo social hipócrita e superficial em que estamos inseridos e somos cúmplices. Em cada Natal que deixamos passar, perde-se uma oportunidade para o verdadeiro nascimento interior, para nos interrogarmos por que nascemos, por que propósitos vivemos e morremos. Afinal, o que nos faz correr? Em cada Natal que deixamos passar, perde-se uma oportunidade de não ser mais um Natal. Independentemente de se acreditar ou não em Cristo e na sua mensagem, é inequívoca a constatação que é urgente ocorrer um novo modelo económico/social, no qual a vertente humana seja uma prioridade, no qual o homem, e não a matéria, seja o fim último de todas as políticas. Independentemente de se acreditar ou não em Cristo e na sua mensagem, o desafio colocado a cada um neste Natal, passa pela tomada de consciência se será este o melhor caminho para a humanidade. Infelizmente, o Natal de 2008 será mais um Natal sem Natal... Que Natal num mundo com milhões de pessoas no limiar da miséria? Não é justo que os poderosos ostentem a sua alegria natalícia, afrontando a opressão dos pobres. Ceia farta, prendas sem préstimo, embrulhadas em papel brilhante, árvore prostrada no exagero dos enfeites, sorrisos inusitados nas faces que atravessam o resto do ano frias e calculistas. A alegria vale por esse dia sem a garantia que no dia seguinte ainda haja Natal. Inesperadamente, a noite passará, como todas as noites. Ficará mais um pouco, durará mais algum tempo, mas não mais do que o tempo o permite. E que dizer dos outros? Daqueles da ceia minguada, das prendas esticadas na loja dos chineses, da árvore insignificante, dos sorrisos tolhidos na angústia do futuro? Não foi, certamente, para estas diferenças que Jesus nasceu. Não foi para estes disfarces que se descobriu no frio de uma manjedoura. Um Natal assim não é justo, e mesmo que a réstia de justiça que porventura ande por aí, tenha a coragem de trespassar a ignomínia da sociedade que criámos, não será por isso que nos iludiremos com a suposta felicidade de uma noite. Uma heresia tão grande e incómoda como a realidade do mundo que desconsidera o Menino que há mais de dois mil anos apareceu na luz fantástica do sonho. Não sei por que falo de Natal e de justiça, por que tento determinar uma relação lógica entre ambos, por que me tento convencer que um não existe sem o outro. Natal foi uma só vez. Naquele dia, há muito tempo, na tal gruta de Belém. Depois, as cópias que se tentaram fazer não passaram disso mesmo. Falsas cópias com que tentamos iludir, numa noite, os males de um ano inteiro. Porque me irrita esta caridadezinha passageira e inútil, esta espécie de lava-consciências que, nesta altura, se instaura no espírito dos poderosos. Jesus, num Natal assim, é um incómodo; alguém perfeitamente dispensável. Jesus só atrapalha com a sua lengalenga moralista, com o exemplo de nascer e morrer pobre. Uma maçada! Não é justo, mas as coisas são como são. Este Natal é como é. Há muitos Natais que é assim… Só que andamos distraídos. Talvez um dia, Jesus regresse ao seu Natal. Talvez um dia, o Natal volte a ser dele. Até lá, resta-me desejar-vos um Bom Natal, um Feliz Natal, como mandam as normas desta época, sabendo eu que, na realidade, não haverá felicidade em muitos lares. Demasiados lares para que nos esqueçamos deles. Um beijo
sim..mas nao estamos vendo a cidade decorada e as pessoas parece que estao mais cautelosas com os gastos...mas pra as pessoas se SC,e outras cidades que perderam tudo..nem vai ter natal...
Não me fale de papai noel nem de arvore de natal. Se o vir, mando prender, velhinho sem vergonha que no ano passado me deu um apito, um par de meias e um embrulho sem nada.
Comments
Loan eu não comemoro natal, para mim não é tradição e sim uma data muito comercial.
Ω
Amigo, este Natal é mais um Natal. Mais um Natal que passaremos, mas sobretudo mais um Natal que passará por nós. Por estes dias e, apesar da tão divulgada crise económica, o alvoroço comercial tem-se redobrado. Embora mais pobre, devido aos constrangimentos financeiros que o mundo atravessa, o espírito natalício já se encontra evidente nos outdoors citadinos e na ornamentação das ruas. Então não será suposto o espírito natalício apontar a pobreza de Belém, como a riqueza do Natal? Eis o nosso século! O Natal que encarna o primado do espírito sobre a matéria, tornou-se cada vez mais a negação de si próprio. O nosso Natal, o Natal da maioria dos comuns mortais é, infelizmente, a festa do consumo por excelência. Em cada Natal que deixamos passar, perde-se uma oportunidade para a verdadeira natividade, para uma verdadeira ruptura com a nossa consciência, para a negação vigorosa deste modelo social hipócrita e superficial em que estamos inseridos e somos cúmplices. Em cada Natal que deixamos passar, perde-se uma oportunidade para o verdadeiro nascimento interior, para nos interrogarmos por que nascemos, por que propósitos vivemos e morremos. Afinal, o que nos faz correr? Em cada Natal que deixamos passar, perde-se uma oportunidade de não ser mais um Natal. Independentemente de se acreditar ou não em Cristo e na sua mensagem, é inequívoca a constatação que é urgente ocorrer um novo modelo económico/social, no qual a vertente humana seja uma prioridade, no qual o homem, e não a matéria, seja o fim último de todas as políticas. Independentemente de se acreditar ou não em Cristo e na sua mensagem, o desafio colocado a cada um neste Natal, passa pela tomada de consciência se será este o melhor caminho para a humanidade. Infelizmente, o Natal de 2008 será mais um Natal sem Natal... Que Natal num mundo com milhões de pessoas no limiar da miséria? Não é justo que os poderosos ostentem a sua alegria natalícia, afrontando a opressão dos pobres. Ceia farta, prendas sem préstimo, embrulhadas em papel brilhante, árvore prostrada no exagero dos enfeites, sorrisos inusitados nas faces que atravessam o resto do ano frias e calculistas. A alegria vale por esse dia sem a garantia que no dia seguinte ainda haja Natal. Inesperadamente, a noite passará, como todas as noites. Ficará mais um pouco, durará mais algum tempo, mas não mais do que o tempo o permite. E que dizer dos outros? Daqueles da ceia minguada, das prendas esticadas na loja dos chineses, da árvore insignificante, dos sorrisos tolhidos na angústia do futuro? Não foi, certamente, para estas diferenças que Jesus nasceu. Não foi para estes disfarces que se descobriu no frio de uma manjedoura. Um Natal assim não é justo, e mesmo que a réstia de justiça que porventura ande por aí, tenha a coragem de trespassar a ignomínia da sociedade que criámos, não será por isso que nos iludiremos com a suposta felicidade de uma noite. Uma heresia tão grande e incómoda como a realidade do mundo que desconsidera o Menino que há mais de dois mil anos apareceu na luz fantástica do sonho. Não sei por que falo de Natal e de justiça, por que tento determinar uma relação lógica entre ambos, por que me tento convencer que um não existe sem o outro. Natal foi uma só vez. Naquele dia, há muito tempo, na tal gruta de Belém. Depois, as cópias que se tentaram fazer não passaram disso mesmo. Falsas cópias com que tentamos iludir, numa noite, os males de um ano inteiro. Porque me irrita esta caridadezinha passageira e inútil, esta espécie de lava-consciências que, nesta altura, se instaura no espírito dos poderosos. Jesus, num Natal assim, é um incómodo; alguém perfeitamente dispensável. Jesus só atrapalha com a sua lengalenga moralista, com o exemplo de nascer e morrer pobre. Uma maçada! Não é justo, mas as coisas são como são. Este Natal é como é. Há muitos Natais que é assim… Só que andamos distraídos. Talvez um dia, Jesus regresse ao seu Natal. Talvez um dia, o Natal volte a ser dele. Até lá, resta-me desejar-vos um Bom Natal, um Feliz Natal, como mandam as normas desta época, sabendo eu que, na realidade, não haverá felicidade em muitos lares. Demasiados lares para que nos esqueçamos deles. Um beijo
sim com minha familia mas queria ganhar de papai noel um namorado será que ele me dá buáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Claro
igual todos os anos,e eu adoroo natal!
by Vick
=D
sim..mas nao estamos vendo a cidade decorada e as pessoas parece que estao mais cautelosas com os gastos...mas pra as pessoas se SC,e outras cidades que perderam tudo..nem vai ter natal...
Vou passar na Groenlândia...
xD
Zueraaaaa
Vai ser como todos os anos anteriores... Muito Legal!
Pelo menos espero que seja...
xD
Não me fale de papai noel nem de arvore de natal. Se o vir, mando prender, velhinho sem vergonha que no ano passado me deu um apito, um par de meias e um embrulho sem nada.
Um abraço
vou passar com meu namorado e a família dele.
Vou,eu adoro essa tradição!
Totalmente.