Difícil: Quais palavras, no uso comum, são mais mal empregadas quanto ao conceito apropriado?
O senso comum é caracterizado, entre outros fatores, pela falta de rigor no emprego das palavras, o que diminui muito a fidelidade da linguagem ao objetivo de descrever e compreender a realidade.
Vamos dar apenas um exemplo. A palavra "fidelidade". No senso comum imediatamente associada a uma questão de relações humanas e especificamente à questão conjugal, e grosseiramente, a um suposto princípio de equivalência com envolvimento de uma terceira pessoa na abrangência sexual relativamente a outras duas pessoa que formariam o denominado "casal" assim sendo o ato sexual de membro do casal com a terceira pessoa seria essencialmente e sempre negação do conceito da palavra. http://pt.wikipedia.org/wiki/Fidelidade
Quais seriam a seu ver alguma(s) das mais mal empregadas palavras face ao produto da boa racionalização dos seus respectivos conceitos, no uso cotidiano do pensamento preguiçoso e/ou afetuoso?
Esta é difícil... 10 pontões, cinco estrelas e uma salva de palmas!
Comments
A filosofia analítica, que tem o seu pontapé inicial, por assim dizer, em Fregue, mas que em Wittgenstein se transforma em um saber mais específico, é justamente a disciplina que dirá que, os inúmeros dilemas da História da filosofia só existem porque partem de erros da linguagem que nascem do senso comum, mas que penetra a filosofia. Um bom exemplo de erro da linguagem é o uso da palavra “início” ou “começo” do universo. Uma coisa só tem início quando se relaciona a algo que acabou de acabar, ou seja, primeiro é necessário que algo tenha existido antes e acabado em seguida, para que algo se inicie novamente, então a pergunta”em que momento teve início o universo é uma contradição com o próprio conceito linguístico de início”, pois essa palavra aplicada a origem do universo exigiria um outro evento anterior, com começo e fim. Então essa pergunta parte de uma falha da linguagem, de uma contradição interna, logo, deveria ser abandonada.
Até