• Meu amigo, A República de Platão trata do diálogo ocorrido na casa do velho Céfalo com Sócrates e diversos outros, alguns que participam do diálogo e outros que permanecem anônimos.
A investigação na obra é sobre o significado de justiça e como é a vida do homem e da cidade justos. Os livros intermediários da República, V a VII, são uma digressão do problema principal, que começa com a observação de como vivem as mulheres e crianças na cidade perfeita.
A exposição da teoria platônica das Formas [idéias] e aparências ou sombras [Fenômenos] através da metáfora do Sol e alegorias da linha e da caverna nos livros VI e VII. Deseja-se saber a condição do homem que vive na esfera das aparências, sua permanência ou não neste estágio, sua possibilidade de conhecer o inteligível e por que é bom que isso ocorra.
Aquele que contemplou as idéias no mundo inteligível desce aos que ainda não as contemplaram para ensinar-lhes o caminho. Por isso, desde Mênon, Platão dissera que não é possível ensinar o que são as coisas, mas apenas ensinar a procurá-las.
Os olhos foram feitos para ver; a alma, para conhecer. Os primeiros estão destinados à luz solar; a segunda, à fulguração da idéia. A dialética é a técnica libertadora dos olhos do espírito.
O relato da subida e da descida expõe a paidéia como dupla violência necessária: a ascensão é difícil, dolorosa, quase insuportável; o retorno à caverna, uma imposição terrível à alma libertada, agora forçada a abandonar a luz e a felicidade.
A dialética, como toda a técnica, é uma atividade exercida contra uma passividade, um esforço (pónos) para concretizar seu fim forçando um ser a realizar sua própria natureza.
No Mito, a dialética faz a alma ver sua própria essência (eîdos) - conhecer - vendo as essências (idéia) - o objeto do conhecimento -, descobrindo seu parentesco com elas. A violência é libertadora porque desliga a alma do corpo, forçando-a a abandonar o sensível pelo inteligível.
O Mito da Caverna nos ensina algo mais, afirma o filósofo alemão Martin Heidegger, num ensaio intitulado "A doutrina de Platão sobre a verdade", que interpreta o Mito como exposição platônica do conceito da verdade.
certamente, o meu prof d filosofia chegou até a dizer que as pessoas da caverna podem ser comparadas a pessoas viciadas em televisão, do tipo que acreditam em tudo que veem, etc
acho que o mito da caverna vai ser sempre atual. apesar de eu a consideram uma leitura um pouco difícil.. =/
A intenção de Platão, no seu mito da caverna, foi de ilustrar que nossa percepção da realidade é limitada pelo que sensibiliza nossos sentidos. Ou seja, se eu ver apenas sombras, vou acreditar que a realidade são aquelas sombras.
Certamente esse mito pode explicar o comportamento da sociedade atual, pois as sombras (informações fornecidas pela mídia) que a sensibilizam são fortemente controladas. E quem disser coisa diferente, será apedrejado.
O mito inspirou também Matrix. Agora na vida real, o único a enxergar a realidade completa até o momento foi Jesus Cristo. O resto quero dizer, todos nós, vemos apenas as sombras no fundo da caverna. Voce está vendo um pouquinho de luz a mais que os outros? Não espere que acreditem em você. Lembre-se, Jesus foi crucificado.
Acho que o mito da caverna pode representar não só a sociedade atual, como todas... Aliás, acho que ele representa, acima de tudo, o principal componente da sociedade: o homem (o homem na sua essência, não conectado a nenhum período em especial). A sociedade é o que é porque seu componente assim a faz ser!!!! Se há alienação, se há uma cegueria em referência à verdade, é porque nos colocamos nessa caverna e nos deixamos levar apenas por essa ilusão de que as sombras são a realidade.... e porque nos levantamos todos juntos contra aqueles que nos dizem que, não, que as sombras são apenas sombras, e que não sabemos a verdade.
Konan: reiterando o q diz Dani , o mito da caverna certamente se aplica à sociedade atual pois aceitamos o que nos é impingido na mídia em geral como se fosse a realidade do que ocorre no mundo. E são raros aqueles que tentam sair dessa falsa realidade através do conhecimento, do estudo, do pensamento próprio.
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• Meu amigo, A República de Platão trata do diálogo ocorrido na casa do velho Céfalo com Sócrates e diversos outros, alguns que participam do diálogo e outros que permanecem anônimos.
A investigação na obra é sobre o significado de justiça e como é a vida do homem e da cidade justos. Os livros intermediários da República, V a VII, são uma digressão do problema principal, que começa com a observação de como vivem as mulheres e crianças na cidade perfeita.
A exposição da teoria platônica das Formas [idéias] e aparências ou sombras [Fenômenos] através da metáfora do Sol e alegorias da linha e da caverna nos livros VI e VII. Deseja-se saber a condição do homem que vive na esfera das aparências, sua permanência ou não neste estágio, sua possibilidade de conhecer o inteligível e por que é bom que isso ocorra.
Aquele que contemplou as idéias no mundo inteligível desce aos que ainda não as contemplaram para ensinar-lhes o caminho. Por isso, desde Mênon, Platão dissera que não é possível ensinar o que são as coisas, mas apenas ensinar a procurá-las.
Os olhos foram feitos para ver; a alma, para conhecer. Os primeiros estão destinados à luz solar; a segunda, à fulguração da idéia. A dialética é a técnica libertadora dos olhos do espírito.
O relato da subida e da descida expõe a paidéia como dupla violência necessária: a ascensão é difícil, dolorosa, quase insuportável; o retorno à caverna, uma imposição terrível à alma libertada, agora forçada a abandonar a luz e a felicidade.
A dialética, como toda a técnica, é uma atividade exercida contra uma passividade, um esforço (pónos) para concretizar seu fim forçando um ser a realizar sua própria natureza.
No Mito, a dialética faz a alma ver sua própria essência (eîdos) - conhecer - vendo as essências (idéia) - o objeto do conhecimento -, descobrindo seu parentesco com elas. A violência é libertadora porque desliga a alma do corpo, forçando-a a abandonar o sensível pelo inteligível.
O Mito da Caverna nos ensina algo mais, afirma o filósofo alemão Martin Heidegger, num ensaio intitulado "A doutrina de Platão sobre a verdade", que interpreta o Mito como exposição platônica do conceito da verdade.
E' mais atual do que nunca este dialogo!!
Um abraço, Helda
certamente, o meu prof d filosofia chegou até a dizer que as pessoas da caverna podem ser comparadas a pessoas viciadas em televisão, do tipo que acreditam em tudo que veem, etc
acho que o mito da caverna vai ser sempre atual. apesar de eu a consideram uma leitura um pouco difícil.. =/
bjoss
A intenção de Platão, no seu mito da caverna, foi de ilustrar que nossa percepção da realidade é limitada pelo que sensibiliza nossos sentidos. Ou seja, se eu ver apenas sombras, vou acreditar que a realidade são aquelas sombras.
Certamente esse mito pode explicar o comportamento da sociedade atual, pois as sombras (informações fornecidas pela mídia) que a sensibilizam são fortemente controladas. E quem disser coisa diferente, será apedrejado.
O mito inspirou também Matrix. Agora na vida real, o único a enxergar a realidade completa até o momento foi Jesus Cristo. O resto quero dizer, todos nós, vemos apenas as sombras no fundo da caverna. Voce está vendo um pouquinho de luz a mais que os outros? Não espere que acreditem em você. Lembre-se, Jesus foi crucificado.
Acho que o mito da caverna pode representar não só a sociedade atual, como todas... Aliás, acho que ele representa, acima de tudo, o principal componente da sociedade: o homem (o homem na sua essência, não conectado a nenhum período em especial). A sociedade é o que é porque seu componente assim a faz ser!!!! Se há alienação, se há uma cegueria em referência à verdade, é porque nos colocamos nessa caverna e nos deixamos levar apenas por essa ilusão de que as sombras são a realidade.... e porque nos levantamos todos juntos contra aqueles que nos dizem que, não, que as sombras são apenas sombras, e que não sabemos a verdade.
Não sei se fui clara, espero ter sido
Beijos!
Siim !
COM CERTEZA!
O mito trata do conceito da verdade.
de certa forma sim
Konan: reiterando o q diz Dani , o mito da caverna certamente se aplica à sociedade atual pois aceitamos o que nos é impingido na mídia em geral como se fosse a realidade do que ocorre no mundo. E são raros aqueles que tentam sair dessa falsa realidade através do conhecimento, do estudo, do pensamento próprio.