presiso de uma poesia dissertativa alguem consegue para mim ???

presiso de uma poesia dissertativa alguem consegue para mim ???

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  • A humana glória

    JOMAR RÊGO

    O príncipe dos poetas mossoroenses "La gloire d’um homme commun ne fait pas de mal à personne."

    (Anatole France)

    Tantos e tão notáveis homens caros,

    Hão sido, pela História, referidos!

    Deles, tão preciosos e tão raros,

    Que jamais nunca, podem esquecidos!

    — Tantos e tão gloriosos! Ou preclaros!

    Uns desses, já no Bronze, revividos!

    Outros, de per si, pois, eternizados,

    Das Gentes e dos Séculos lembrados!

    Onomasticamente, tantos há,

    Da humana glória no real Panteão,

    Que citá-los não ouso! Cumprirá

    A mim, dizer que tantos lá estão,

    Par a par uns com outros! Haverá,

    Pois, na Vida, maior consagração?!

    — A Glória, essa que quero, inda, na Vida,

    A humana glória, perenal, havida?!

    Mas, "a glória de um homem comum não

    Ofende a ninguém", já disse Anatole

    France, na velha Gália! Porém, quão

    Custoso isso é, pra mim! E quanto bole

    Minha glória, com a Crítica que, em vão,

    Espera que se esgarse, e que se role!

    — Eu, em silêncio, esperarei na História,

    Que me guiará os passos para a Glória!!!

    Vingt Neto

    GUALTER ALENCAR

    Professor e radialista

    Vingt.

    Simplesmente Vingt...

    Vingt de Laíre, Sandra, Cid, Larissa e Lairinho.

    Vingt menino, estudante do Diocesano.

    Vingt adolescente, polêmico.

    Vingt adulto, o Vingt de Mossoró, político e sucessor.

    Vingt da Mossoró Press, Vingt amigo.

    Vingt pai, o Vingt de Yasmim... Vingt da saudade,

    O sonho da família na essência do amor.

    Sobre um guerreiro adormecido

    CAIO CÉSAR MUNIZ

    Presidente da Poema

    (Ao amigo Jerônimo Vingt Rosado Maia Neto)

    O guerreiro partiu.

    Não suportou os olhares dos maldosos,

    o discurso dos covardes,

    a maldade dos hipócritas,

    e se foi.

    Levou consigo muitos sonhos

    – os seus e os do seu povo.

    Uma multidão inteira

    que nele acreditou...

    E essa gente se reuniu

    numa tarde que chorava,

    sob um céu cinzento, de luto e de lamento,

    para despedir-se daquele menino gigante...

    Todos calados, num silêncio incompreensível,

    Reverenciaram a sua grandeza.

    Trazia no sangue a força dos bravos,

    mas fora surpreendido pela traça má

    que corrói o coração humano (desumano).

    Nas ruas, ainda se vê seu sorriso maroto,

    ainda se vê os seus gestos saudando a cidade,

    e, nos ouvidos de muita gente,

    a sua voz rouca, forte, de comandante,

    ainda não se calou...

    E para alguns ela nunca calará.

    O guerreiro partiu.

    O povo se curvou diante de si...

    Não estava abatido, dormia apenas

    E, de longe, velava sua gente.

    E ele, de mãos dadas com seu povo...

    Foi embora.

    O sétimo dia

    HUMBERTO PESSOA

    Funcionário público

    (À memória de Vingt Rosado Neto)

    Agora habita o meu olhar

    noturno este vazio estranho,

    esta memória de chuva

    que descolore o pôr-do-sol,

    que apaga a luz das palavras

    e silencia o chocalho das horas.

    O teu longo sorriso no retrato

    renovou o sal dos meus olhos.

    Os meus ouvidos estão prenhes

    da voz bíblica das carpideiras,

    e os castiçais da véspera ainda rescindem na alcova de meu olfato.

    Talvez amanhã uma nota feliz

    adentre à casa de minh’alma

    e eu possa te dizer das flores

    que nasceram sobre teu peito.

    Menino Vingt

    NAIDE MARIA ROSADO DE SOUZA

    Para meus amados primos Sandra e Laíre, com carinho

    Menino...

    Ainda é tempo de escola,

    de chutar uma bola...

    não vá embora...

    Será a hora?

    Menino...

    nessa pressa desenfreada,

    numa imensa correria,

    você deixou o colo da mãe amada

    e caiu nos braços de Maria...

    Doce Rainha

    que vai terminar

    de lhe criar.

    Menino, você dormiu...

    cedo partiu,

    mas nos veremos

    no Reino da Glória,

    e completaremos

    a nossa história.

    Ode a Vingt Rosado Neto

    SOCORRO FERNANDES

    Em dezenove de julho de dois mil e um

    Mossoró inteira chorou,

    E com lágrimas divinas

    O céu também lamentou

    A partida de Vingt Neto

    Para os braços do Senhor.

    Em instantes de emoções

    Tudo pode acontecer,

    São momentos inesperados

    Que deixa a todos perplexos,

    Em que o ser humano esquece

    Tudo que os pais ensinaram.

    Todos ficaram se interrogando

    O que de fato levou

    Um jovem forte e bonito

    Despedaçar sua vida

    E um futuro promissor.

    Foi o destino da vida?

    Ou talvez a fatalidade?

    Um incidente inesperado?...

    Que a todos deixou perturbado?

    As bandeiras a meio-mastro

    Na Casa do Povo acenavam

    Um último adeus de saudade

    A quem tanto Mossoró amava.

    Nas ruas bandeiras de luta

    Conduzidas, em lágrima, por amigos

    Lembrando Vingt Neto vivo,

    O vereador popular do seu povo.

    Sua cadeira vazia

    Em que alguém vai sentar

    Vai ter sempre a presença

    De quem no céu foi morar

    Que Deus o tenha em paz

    Na Câmara real do amor,

    Onde tudo é bem aprovado

    Com graças, fé e louvor.

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