O hip-hop emergiu no final da década de 1960 nos subúrbios negros e latinos de Nova Iorque. Estes subúrbios, verdadeiros guetos, enfrentavam diversos problemas de ordem social como pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas, carência de infra-estrutura e de educação, entre outros. Os jovens encontravam na rua o único espaço de lazer, e geralmente entravam num sistema de gangues, as quais se confrontavam de maneira violenta na luta pelo domínio territorial. As gangues funcionavam como um sistema opressor dentro das próprias periferias - quem fazia parte de algumas das gangues, ou quem estava de fora, sempre conhecia os territórios e as regras impostas por elas,devendo segui-las rigidamente.
Esses bairros eram essencialmente habitados por imigrantes do Caribe, vindos principalmente da Jamaica. Por lá existiam festas de rua com equipamentos sonoros ou carros de som muito possantes chamados de Sound System (carros equipados com equipamentos de som, parecidos com trios elétricos). Os Sound System foram levados para o Bronx, um dos bairros de Nova Iorque de maioria negra, pelo DJ Kool Herc, que com doze anos migrou para os Estados Unidos com sua família. Foi Herc quem introduziu o Toast (modo de cantar com levadas bem fraseadas e rimas bem feitas, muitas vezes bem politizadas e outras banais e sexuais, cantadas em cima de reggae instrumental), que daria origem ao rap.
Neste contexto, nasciam diferentes manifestações artísticas de rua, formas próprias, dos jovens ligados àquele movimento, de se fazer música, dança, poesia e pintura. Os DJs Afrika Bambaataa, Kool Herc e Grand Master Flash, GrandWizard Theodore, GrandMixer DST (hoje DXT), Holywood e Pete Jones, entre outros, observaram e participaram destas expressões de rua, e começaram a organizar festas nas quais estas manifestações tinham espaço - assim nasceram as Block Parties.
As gangues foram encontrando naquelas novas formas de arte uma maneira de canalizar a violência em que viviam submersas, e passaram a freqüentar as festas e dançar break, competir com passos de dança e não mais com armas. Essa foi a proposta de Afrika Bambaataa, considerado hoje o padrinho da cultura hip-hop, o idealizador da junção dos elementos, criador do termo hip-hop e por anos tido como "master of records" (mestre dos discos), por sua vasta coleção de discos de vinil.
DJ Hollywood foi um DJ de grande importância para o movimento. Apesar de tocar ritmos mais pop como a discoteca, foi o primeiro a introduzir em suas festas MCs que animavam com rimas e frases que deram início ao rap. Os MCs passaram a fazer discursos rimados sobre a comunidade, à festa e outros aspectos da vida cotidiana. Taki 183, o grande mestre do Pixo, fez uma revolução em Nova Iorque ao lançar suas "Tags" (assinaturas) por toda cidade, sendo noticiado até no New York Times à época. Depois dele vieram Blade, Zephyr, Seen, Dondi, Futura 2000, Lady Pink, Phase 2, entre outros.
Em 12 de novembro de 1973 foi criada a primeira organização que tinha em seus interesses o hip hop, cuja sede estava situada no bairro do Bronx. A Zulu Nation tem como objetivo acabar com os vários problemas dos jovens dos subúrbios, especialmente a violência. Começaram a organizar "batalhas" não violentas entre gangues com um objetivo pacificador. As batalhas consistiam em uma competição artística.
O hip hop é um movimento cultural iniciado no final da década de 1960 nos Estados Unidos como forma de reação aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas da sociedade urbana. É uma espécie de cultura das ruas, um movimento de reivindicação de espaço e voz das periferias, traduzido nas letras questionadoras e agressivas, no ritmo forte e intenso e nas imagens grafitadas pelos muros das cidades. O hip hop como movimento cultural é composto por quatro manifestações artísticas principais: MCing que é a manifestação do mestre de cerimônias, que anima a festa com suas rimas improvisadas,a instrumentação dos DJs, a dança do breakdance e a pintura do grafite.
A música hip hop não deve ser confundida com o rap (rhythm and poetry), pois este tem estrutura divergente da música hip hop em vários pontos, apesar de terem pontos em comum. Existem rappers que não tocam hip hop, como Eminem e Racionais MC's, assim como existem músicos de hip hop que não fazem rap. A premiação da MTV americana, o Video Music Awards, por exemplo, conta com duas categorias distintas: uma pra melhor clipe de rap e outra para melhor clip de hip hop.
No Brasil, o movimento hip-hop foi adotado, sobretudo, pelos jovens negros e pobres de cidades grandes, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Curitiba, como forma de discussão e protesto contra o preconceito racial, a miséria e a exclusão. Como movimento cultural, o hip-hop tem servido como ferramenta de integração social e mesmo de re-socialização de jovens das periferias no sentido de romper com essa realidade.
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O hip-hop emergiu no final da década de 1960 nos subúrbios negros e latinos de Nova Iorque. Estes subúrbios, verdadeiros guetos, enfrentavam diversos problemas de ordem social como pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas, carência de infra-estrutura e de educação, entre outros. Os jovens encontravam na rua o único espaço de lazer, e geralmente entravam num sistema de gangues, as quais se confrontavam de maneira violenta na luta pelo domínio territorial. As gangues funcionavam como um sistema opressor dentro das próprias periferias - quem fazia parte de algumas das gangues, ou quem estava de fora, sempre conhecia os territórios e as regras impostas por elas,devendo segui-las rigidamente.
Esses bairros eram essencialmente habitados por imigrantes do Caribe, vindos principalmente da Jamaica. Por lá existiam festas de rua com equipamentos sonoros ou carros de som muito possantes chamados de Sound System (carros equipados com equipamentos de som, parecidos com trios elétricos). Os Sound System foram levados para o Bronx, um dos bairros de Nova Iorque de maioria negra, pelo DJ Kool Herc, que com doze anos migrou para os Estados Unidos com sua família. Foi Herc quem introduziu o Toast (modo de cantar com levadas bem fraseadas e rimas bem feitas, muitas vezes bem politizadas e outras banais e sexuais, cantadas em cima de reggae instrumental), que daria origem ao rap.
Neste contexto, nasciam diferentes manifestações artísticas de rua, formas próprias, dos jovens ligados àquele movimento, de se fazer música, dança, poesia e pintura. Os DJs Afrika Bambaataa, Kool Herc e Grand Master Flash, GrandWizard Theodore, GrandMixer DST (hoje DXT), Holywood e Pete Jones, entre outros, observaram e participaram destas expressões de rua, e começaram a organizar festas nas quais estas manifestações tinham espaço - assim nasceram as Block Parties.
As gangues foram encontrando naquelas novas formas de arte uma maneira de canalizar a violência em que viviam submersas, e passaram a freqüentar as festas e dançar break, competir com passos de dança e não mais com armas. Essa foi a proposta de Afrika Bambaataa, considerado hoje o padrinho da cultura hip-hop, o idealizador da junção dos elementos, criador do termo hip-hop e por anos tido como "master of records" (mestre dos discos), por sua vasta coleção de discos de vinil.
DJ Hollywood foi um DJ de grande importância para o movimento. Apesar de tocar ritmos mais pop como a discoteca, foi o primeiro a introduzir em suas festas MCs que animavam com rimas e frases que deram início ao rap. Os MCs passaram a fazer discursos rimados sobre a comunidade, à festa e outros aspectos da vida cotidiana. Taki 183, o grande mestre do Pixo, fez uma revolução em Nova Iorque ao lançar suas "Tags" (assinaturas) por toda cidade, sendo noticiado até no New York Times à época. Depois dele vieram Blade, Zephyr, Seen, Dondi, Futura 2000, Lady Pink, Phase 2, entre outros.
Em 12 de novembro de 1973 foi criada a primeira organização que tinha em seus interesses o hip hop, cuja sede estava situada no bairro do Bronx. A Zulu Nation tem como objetivo acabar com os vários problemas dos jovens dos subúrbios, especialmente a violência. Começaram a organizar "batalhas" não violentas entre gangues com um objetivo pacificador. As batalhas consistiam em uma competição artística.
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show
O hip hop é um movimento cultural iniciado no final da década de 1960 nos Estados Unidos como forma de reação aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas da sociedade urbana. É uma espécie de cultura das ruas, um movimento de reivindicação de espaço e voz das periferias, traduzido nas letras questionadoras e agressivas, no ritmo forte e intenso e nas imagens grafitadas pelos muros das cidades. O hip hop como movimento cultural é composto por quatro manifestações artísticas principais: MCing que é a manifestação do mestre de cerimônias, que anima a festa com suas rimas improvisadas,a instrumentação dos DJs, a dança do breakdance e a pintura do grafite.
A música hip hop não deve ser confundida com o rap (rhythm and poetry), pois este tem estrutura divergente da música hip hop em vários pontos, apesar de terem pontos em comum. Existem rappers que não tocam hip hop, como Eminem e Racionais MC's, assim como existem músicos de hip hop que não fazem rap. A premiação da MTV americana, o Video Music Awards, por exemplo, conta com duas categorias distintas: uma pra melhor clipe de rap e outra para melhor clip de hip hop.
No Brasil, o movimento hip-hop foi adotado, sobretudo, pelos jovens negros e pobres de cidades grandes, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Curitiba, como forma de discussão e protesto contra o preconceito racial, a miséria e a exclusão. Como movimento cultural, o hip-hop tem servido como ferramenta de integração social e mesmo de re-socialização de jovens das periferias no sentido de romper com essa realidade.
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quais os diferentes tipos de hip hop