O espíritas são dogmáticos como os ateus?
Eu sou espírita e entendo que, apesar de negar, sou dogmático.
Afinal, não há prova material ou científica da existência de Jesus e a doutrina é baseada em Jesus.
Entendo que, a máxima atribuída a Jesus, "faça ao próximo aquilo que você gostaria que o próximo fizesse a você", independente de Jesus ter ou não existido é a salvação da humanidade, portanto nada há de errado.
Os ateus dizem que Deus não existe e todos devem aceitar, sem discussão. Quando dizemos que todo efeito inteligente tem uma causa inteligente e o universo é um efeito inteligente, logo deve ter uma causa inteligente eles não discutem. O que você acha?
Update:Amigo João!
Sinto-me privilegiado com sua resposta.
Não critico o espiritismo, apenas mostro que ele também é dogmático e isso é natural nos humanos, seja ele ateu, religioso, agnóstico ou de quaisquer correntes filosóficas.
Comments
Amigo Vicente
Vou responder meio sério e metade relax, pisando em ovos, para não causar suscetibilidades.
Meu caro, levando em conta o nível evolutivo da humanidade e o nosso nível moral, posso afirmar sem medo de ser feliz que o Espiritismo é perfeito e está há alguns séculos à nossa frente.
Nós os espíritas é que não somos dígnos ainda de compreender e vivenciar a sua mais profunda mensagem.
Aparentes contradições são consequências de nossa limitação na capacidade de filtrar.
Quando vemos um Bezerra de Menezes, um Emmanuel, um Humberto de Campos, um Barsanulfo, um Bitencourt Sampaio, falar de Jesus com tanta reverência, podemos francamente nos perguntar:
O que eles veem que nós não conseguimos ver?
O sábio aprende pela experiência do outro, e o tolo pela própria.
Sem dúvidas que temos que modular nossa voz para não parecermos pedante, intolerante e vaidoso, mas duvidar da excelência daqueles conhecimentos que tão bem explana um Léon Deni, um Herculano Pires, um Hermínio Miranda e por aí vai é um retrocesso sem tamanho.
O Espiritismo tem informações para colocar o ateísmo sob o chinelo, como já fez o filosófo russo Alexander Aksakof ao confrontar com o célebre filósofo alemão Eduardo von Hartmann - continuador de Schopenhauer - O livro de sua autoria Animismo e Espiritismo foi uma compilação de seus debates a nível mundial com o referido filósofo alemão, maior expoente da filosofia materialista dialética de seu tempo.
Não devemos perder de vista o nível dos expositores espíritas a nível nacional e mundial com o nosso aqui.Nós somos crianças no entendimento.
Por isso discordo de você, como espírita, ver demérito na bela Doutrina Espírita. Para cada um que defende e divulga há milhares para acusar e desvirtuar, então deixe esse papel para os outros, ou estude um pouco mais para munir-se de informações de modo a fortalecer tuas convicções e não se deixar abalar por conhecimentos tão desencontrados quais os que vemos por aqui.
Esses que acusam, apenas ignoram ou julgam conhecer superficialmente.
DO LIVRO: PUXANDO A ORELHA DO AMIGO VICENTE .
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Esta questão da conceituação espírita a respeito da Causa Primária é uma questão secundária.
Existindo Deus, jamais será abordado pela mente humana.É como querer colocar a água do mar num copo.
Todavia, a força, o poder de sua filosofia e a capacidade que tem ela de mudar até comportamentos, sendo altamente educadora, está na demonstração insofismável, por se fundamentar em sólidos fatos.
A realidade da individualidade do Espírito, sua preexistência e sobrevivência consciente à morte física, desmorona o velho e carcomido edifício da filosofia materialista até então reinante.
Como a evolução também alcança o Espírito como bem visualizou o célebre Alfred Russel Wallace, pai do ceticismo moderno, um dia ampliaremos nossa visão (espiritual) sobre a questão da causa primária.
Não fujamos do essencial: O ESPÍRITO.
Amigo Vicente, o que e Dogma? - Dogma e o que não se muda, e a
máxima, não ha explicação, afirma-se e pronto.
O Espiritismo ensina que, as duvidas são pertinentes, mas devemos
estudar para tira-las, estudando o Evangelho, você com o tempo, sente
Jesus, porque vai entendendo-o, você se torna uma pessoa livre, feliz,
e segue o caminho santo da vida sem medo, com lágrimas e dor, mas
feliz por saber que tudo e transitório. Boa a sua duvida, mas não fique
nela, estude, procure o que seu coração sente sede e não será eu
quem vai dizer sobre Jesus, será ele mesmo.
EspÃrita não pode ser dogmático: é um contra-senso...
Dogmático é aquele apegado aos dogmas. Espiritismo prega a fé raciocinada, e não admite dogmas, onde a pessoa deve crer mesmo que não consiga compreender...
Só devemos acreditar em algo, depois de passado,pelo crivo da razão.
Kardec diz que é preferÃvel se descartar 9 verdades, a se crer em 1 mentira!
Sem dogmas!!!
No mundo espiritual, todos EspÃritos Superiores testemunham a existência de Jesus, que Ele está vivo e continua administrando o Planeta, através de Seus Imediatos de alta hierarquia. Portanto, não há necessidade de prova cientÃfica.
Olá Vicente!
Eu relaciono dogmatismo mais com o ateÃsmo que com a religião. Isto porque ateÃsmo acredita na não existência de um Deus (é um dogma concreto e fixo). E a religião acredita em haver seres superiores, sejam eles um ou mais deuses, tenham eles as formas que tiverem (são dogmas ambÃguos, de interpretações ambivalentes).
Um ateu, não acredita em Deus tomando como base a falta de evidências inquestionáveis. Inquestionáveis porque o surgimento de possÃveis milagres ou de fatos sobrenaturais menores não convencerá o ateu de que Deus existe...Terá portanto de ser provas claras da manifestação da transcendência.
Logo, um ateu passaria a acreditar em um deus, se houvesse esse tipo de evidências. Isto não o tornaria um religioso como um cristão ou muçulmano... Porque ele acredita nas provas! E não na transcendência em si. As provas inclinam seu raciocÃnio a determinar a existência de uma entidade superior. Os religiosos, não podem ter provas, senão deixarão de acreditar em suas crenças e passarão a acreditar em fatos.
O surgimento de provas evidentes de que não existe seres transcendentais ao Homem, não poderá em caso algum, retirar a fé aos religiosos. Enquanto que o surgimento de provas evidentes da sua existência, fará render um ateu a acreditar nas provas. Contudo, o ateu não passa a deÃsta, mas somente cientista porque se baseia em provas e não em fé.
Existirá sempre os meios termos, um ateu ao ver um milagre pode começar a acreditar.
Assim termos uma uma oposição frágil entre o ateÃsmo e o religioso, mas temos uma grande oposição entre o ACREDITAR e o SABER.
São palavras poderosÃssimas, em que a primeira é a essência de um religioso, e a segunda a de um ateu.
Para acreditar, eu não preciso saber nada. Mas para saber, eu preciso acreditar que sei!
Abraços!
Bom domingo!
Olá, Vicente
Falar sobre Espiritismo é coisa muito complexa.
O Espiritismo tem como tripé: Ciência, Filosofia e Religião.
Não tenho conhecimento suficiente para debater sobre o assunto mas pelo pouco que conheço, o Espiritismo prega uma fé raciocinada, reforma interior, ou seja, um comportamento digno, honesto e fraterno.
O Amor Incondicional acima de tudo.
O espÃrito é eterno e tem por finalidade evoluir dependendo do uso do seu livre arbÃtrio, onde nem Deus interfere. Deus criou os espÃritos à Sua imagem e semelhança, ou seja, Sua centelha divina (energia) puros e ignorantes (no sentido de ignorar). A cada encarnação ele desenvolve seu potencial em termos de moralidade e sentimentos.
Tudo é energia condensada sujeita às Leis Divinas. A evolução consiste na transformação do ser no sentido espiritual.
Jesus não deixou nada escrito. Tudo que sabemos foi baseado pelo que Seus discÃpulos relatavam e de acordo com o entendimento do povo daquela época. No entanto, tudo que foi dito é válido para os dias de hoje e ainda não somos capazes de compreender Seus ensinamentos.
Jesus não pregou religião, pregou religiosidade, caridade e amor ao próximo. Para os espÃritas, mais vale um ateu caridoso do que um mau espÃrita.
As instruções que recebemos partem de espÃritos que já atingiram um grau de elevação muito grande e nem mesmo estes, são capazes de compreender a essência de Deus, quanto mais qualquer um de nós. Seria o mesmo que falar em FÃsica Quântica para uma criança no maternal. Cada coisa a seu tempo, afinal... temos toda a eternidade.
Já ouvi um espÃrita dizer: Deus não é bom. Deus é justo. Não há privilegiados perante o Seu julgamento.
Só entendemos a necessidade da encarnação quando nos defrontamos com criaturas que já nascem em berço de ouro e outras morando debaixo de viadutos, doentes congênitos, deficiências capazes de levar o indivÃduo a uma vida quase vegetativa etc.
Por que Deus permitiria essas diferenças? Nós mesmos erramos e, fatalmente, teremos que "limpar" nosso espÃrito através desses resgates.
Nesses questionamentos, apenas os nomes se diferem de acordo com o segmento religioso. O Deus é o mesmo (crendo ou não), Jesus, idem e os caminhos... vários, criados pelo próprio homem.
Desculpe se escrevi demais mas são pontos de vista.
Até a próxima.
Sim, espÃritas são dogmáticos. Não, ateus não são dogmáticos. Ninguém disse que tem que aceitar, sem discussão, que Deus não existe. E quem disse que não discutem essa sua afirmação aÃ? Discuto sim: por favor, conceitue "efeito inteligente". Primeiro: o que é um efeito inteligente? Segundo: quem disse que o universo é um efeito inteligente? Terceiro: quem disse que todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente?
Responda essas perguntas e eu discutirei.
Cheguei a conclusão que cada um aprende para si, se a pessoa não quer aprender é um direito dela.Prefiro estudar e me auto educar...Os ateus são pedras no tropeço dos que acreditam e os que acreditam pedras no sapato dos ateus.Um quer acabar com o outro.Mas na realidade há lugar para todos.Como diz uma amiga cada um no seu nÃvel srsrsr.
Que o espiritismo é dogmático, isso é óbvio - é consenso.
A sua ironia sobre os ateus serem dogmáticos foi engraçada. Se eu não soubesse que você é um piadista, eu até me daria ao trabalho de te desmentir.
\acho que os ateus têm preguiça de pensar, é LÃGICO que um universo inteligente só pode ter vindo de um ser inteligente e não por acaso. Não vejo nada de dogmático na maneira de pensar dos ateus.