economia, quais os regimes cambiais existentes?

3 - Quais os regimes cambiais existentes, explique.

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  • Regimes Cambiais

    Flexíveis ou Flutuantes : quando seu valor é determinado no mercado de divisas através de interação das forças de oferta e demanda.

    Flutuação o valor da taxa de câmbio no mercado se alterará à medida que haja mudança em outras variáves que influenciam a demanda e a oferta de divisas. A demanda por divisas é afetada, além da taxa de câmbio, pelas seguintes variáveis.

    (1) Nível do Produto Interno (Y) - é de se esperar que, quanto maior Y, maior será a demanda por importações do País e, portanto, a demanda por moeda estrangeira;

    (2) Nível geral de Preços Interno (Pi) e Externo (Pe) - coeteris paribus, caso Pi aumente, o preço real das importações em moeda nacional diminuirá e, portanto as importações e a demanda por divisas serão incentivadas; caso Pe aumente, o preço real das das importações em moeda nacional se elevará e, portanto as importações e a demanda por divisas serão desestimuladas;

    (3) Taxas de Juros Interna (Ii) e Externa (Ie) - coeteris paribus, caso Ii, se eleve, haverá um incentivo à entrada líquida de capitais no País, pois ela se tornou mais atrativa que a externa, logo a oferta de divisas no país aumenta, com uma demanda constante; caso contrário, se Ie aumentar, ocorrerá um estímulo á saída líquida de capitais para o exterior, já que ela está mais alta que a interna logo a oferta de divisas diminui, com uma demanda constante.

    (4) Produto Interno Bruto (PIB)

    Os regimes cambiais são definidos pelo grau e tipo de intervenções

    utilizadas pelo banco central. Em um regime de câmbio flutuante, teoricamente,não deveriam ocorrer intervenções no mercado de câmbio, entretanto, o que observamos em grande parte dos países que se denominam pertencer aos seguidores do câmbio flutuante, é uma espécie de “flutuação suja” (dirty float). Dependendo do período analisado e da política adotada, países pertencentes a esta

    categoria podem diferir bastante no que se refere às intervenções. Como constatou Rogoff (2003) regimes caracterizados por possuírem flutuação livre são raros principalmente dentre os países em desenvolvimento. Em seu trabalho observa-se que metade dos países adota regimes intermediários em relação ao grau de flutuação quando considerado o regime de câmbio exercido na prática, que como

    sabemos pode diferir muito daquele anunciado. O Brasil, por exemplo, em janeiro de 1999, experimentou uma mudança de regime cambial, migrando de um regime de câmbio fixo para um regime de

    câmbio flutuante. Em 18 de janeiro de 1999, o então ministro da Fazenda, Pedro Malan, enviou o seguinte comunicado ao Fundo Monetário Internacional1:“The Central Bank issued this morning a communiqué announcing that the exchange rate will now be determined by market forces. Monetary policy will aim at preserving low inflation achieved under the Real Plan and, in the

    short term, will respond promptly to significant movements of the exchange rate. Central bank interventions in the foreign exchange markets will be occasional, limited, and designed to counter disorderly market conditions.” O comunicado acima nos dá um indício de que a compra e venda de moeda estrangeira pelo Banco Central brasileiro dependem de regras pouco definidas, fato que é respaldado pelo Artigo 4º Resolução 16902: 1 IMF News Brief Nº 99/3. 2 Banco Central, 18/03/90. 10 “O Banco Central do Brasil, quando julgar oportuno e conveniente, poderá realizar operações de compra e de venda no mercado interbancário a taxas de mercado, para liquidação no 2º dia útil subseqüente à sua contratação, com a simultânea troca das respectivas moedas.” O mesmo pode ser constatado para a política monetária americana em relação às intervenções. Esta é guiada pelo conceito descrito no Fundo Monetário Internacional3:

    “A member should intervene in the exchange market if necessary to counter disordely conditions which may be characterized inter alia by disruptive short-term movements in the exchange value of its currency.”

    Como a interpretação do termo “quando julgar oportuno e conveniente” e “condições de desordem” depende de critérios pouco esclarecidos, observamos que a quantidade e direção da intervenção podem variar no tempo4. Devido à ambigüidade em torno das motivações envolvendo as intervenções, muitos se questionaram se a intervenção do banco central é eficaz em reduzir volatilidade. Em decorrência do problema apresentado, este trabalho tem como objetivo investigar o efeito das intervenções do Banco Central do Brasil sobre a volatilidade da taxa de câmbio no período de 2000 a 2003 através de uma abordagem empírica. Adicionalmente, gostaríamos de poder entender se de fato a Autoridade Monetária intervém com o intuito de suavizar a volatilidade do câmbio. A escolha do período esteve relacionada com o desejo de se estudar os feitos das intervenções num regime de câmbio flutuante, sem considerar possíveis efeitos de uma mudança de regime de câmbio A literatura que investiga as intervenções do Banco Central é bastante extensa tanto do ponto de vista t

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