Apesar de sua dispersão política e cultural, a antiga civilização celta estendeu sua influência por todo o continente europeu, desde as ilhas britânicas até os Balcãs, e mesmo até a Anatólia. Essa influência ainda se percebe em algumas das línguas faladas na Europa, como o gaélico e o bretão.
No fim do segundo milênio antes da era cristã, os celtas começaram a individualizar-se como um grupo de características próprias depois de um longo processo de formação, no qual conseguiram impor-se a outros povos e atuar como aglutinadores de todos eles. Assim surgiu uma civilização comum a grande parte da Europa, a cultura dos túmulos (assim denominada em virtude do costume de sepultar os mortos sob grandes túmulos de terra), que alcançou seu desenvolvimento máximo por volta de 1200 a.C.
Entre os séculos XII e VIII a.C., floresceu a cultura dos campos de urnas, considerada a primeira grande expansão do povo celta. Suas principais características foram a utilização de objetos de bronze e a celebração de um ritual funerário diferente do da cultura dos túmulos: o morto era incinerado, e suas cinzas postas numa urna.
O período de Hallstatt se desenvolveu do século VII até o VI a.C. Originou-se na alta Áustria, onde foram exploradas as primeiras jazidas de ferro. Ocorreu nesta etapa uma novidade importante: a introdução das armas de ferro propiciou o aparecimento de uma oligarquia que, constituída como força militar, estabeleceu sua residência em povoações fortificadas, situadas em pontos estratégicos.
A cultura de Hallstatt se estendeu à Alemanha meridional e oriental, nordeste da França, sudeste da Inglaterra e península ibérica. A difusão da siderurgia, a arte decorativa geométrica, os ritos funerários de sepultamento e incineração, as fortificações e sobretudo o armamento de ferro, em que se destaca um tipo de espada afiada em ponta, são os elementos mais representativos desse período.
Da evolução de Hallstatt e do contato com os povos mediterrâneos nasceu a cultura La Tène, que se desenvolveu a partir do século V a.C. Foi nessa etapa que os celtas alcançaram expansão e poderio máximos. Por influência de gregos e etruscos, passaram a elaborar formas artísticas nas quais os motivos geométricos foram substituídos pelos florais, animais e humanos. A cerâmica aperfeiçoou-se com o emprego do torno, que fez surgirem objetos de formas curvas em lugar dos anteriores, retilíneos.
A estrutura social se tornou cada vez mais rígida, à medida que a classe dos guerreiros aumentava seu prestígio e poder, exercendo feroz tutela sobre as rotas comerciais que atravessavam seu território. Nos túmulos cavados no solo, os nobres celtas foram substituídos pelos chefes militares. O apogeu econômico dos celtas e sua presença no mundo comercial de então podem ser detectados na cunhagem de moedas a partir do século IV a.C. Durante o período La Tène, os celtas fixaram residência em lugares de fácil defesa e difícil acesso para os possíveis inimigos ou nas margens dos rios.
Foi nessa fase que a religião celta atingiu seu mais alto desenvolvimento. A magia e a adivinhação eram apanágio dos druidas, sacerdotes e sábios, dirigiam as cerimônias religiosas para celebrar as forças da natureza. A atividade desses sacerdotes, depositários da tradição cultural céltica, conservava os vínculos entre os povos celtas do continente e os das ilhas britânicas.
No século IV a.C., os celtas iniciaram uma profunda incursão na Itália. Chegaram a Roma por volta de 390, atacaram os etruscos e estabeleceram-se na região que mais tarde seria conhecida como Gália Cisalpina (planície do Pó). Também se introduziram no leste da Europa através do Danúbio e ocuparam o noroeste da Hungria, o sudoeste da Eslováquia e parte da Transilvânia.
Durante o século III a.C., a expansão dos celtas alcançou a Macedônia e ameaçou Delfos. Daí continuaram até a Anatólia, onde fundaram o reino da Galácia. Expulsos dessa região, instalaram-se nas terras da futura Bulgária, onde também implantaram um de seus reinos. A partir de então, todos esses povos celtas sofreram notáveis influências helenísticas, ampliadas ainda mais em virtude dos serviços que prestaram nos exércitos da Grécia e do Egito.
A expansão celta se deteve a partir do século III a.C., em conseqüência da reação defensiva dos povos do Mediterrâneo, principalmente de Roma. O poderio romano começou a impor-se sobre uma civilização que, carente de unidade política, não tinha como se manter em já tão grande extensão territorial. Sua decadência se prolongou até o século I a.C., momento em que todas as tribos, exceto as da Irlanda, tiveram que submeter-se à nova potência emergente, o Império Romano.
Celtas é a designação dada a um conjunto de povos, organizados em múltiplas tribos, pertencentes à família linguística indo-europeia que se espalhou pela maior parte do noroeste da Europa a partir do segundo milénio a.C.. A primeira referência literária aos celtas (Κελτοί) foi feita pelo historiador grego Hecateu de Mileto em 517 a.C..
Boa parte da população da Europa ocidental pertencia às etnias celtas até a eventual conquista daqueles territórios pelo Império Romano; organizavam-se em tribos, que ocupavam o território desde a península Ibérica até a Anatólia. A maioria dos povos celtas foi conquistada, e mais tarde integrada, pelos Romanos, embora o modo de vida celta tenha, sob muitas formas e com muitas alterações resultantes da aculturação devida aos invasores e à posterior cristianização, sobrevivido em grande parte do território por eles ocupado.
Existiam diversos grupos celtas compostos de várias tribos, entre eles os bretões, os gauleses, os escotos, os eburões, os batavos, os belgas, os gálatas, os trinovantes e os caledônios. Muitos destes grupos deram origem ao nome das províncias romanas na Europa, as quais que mais tarde batizaram alguns dos estados-nações medievais e modernos da Europa.
Denominados de Hiperbóreos ou Gálatas (Gaulês em grego), provavelmente foram originários da Europa central e estenderam-se por vastas regiões. A chamada Liga Céltica, associação destinada a recuperar as tradições deste povo indo-europeu, congrega a Irlanda, as Terras Altas da Escócia, a Ilha de Man, a Cornualha, o País de Gales, a Bretanha (França) e a Galícia (Espanha). Em seu apogeu, a cultura celta cobria da Escócia à França mediterrânica, de Portugal até os Cárpatos (Rússia), estendendo-se sobre a Germânia (Alemanha), Suíça, Boêmia, Romênia, etc.
Os celtas eram um povo que se originou no sul do continente europeu, e que duante séculos migraram para a penpinsula ibérica, para a Grâ Bretanha, e até a Àsia Menor, as costas do Mar Negro.
Assim não se pode dizer, um único pais, na geografia política atual onde eles viveram. Foi em praticamente todo o continente europeu, até a região balcânica e um pedaço da atual continente asiático.
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Celtas
Apesar de sua dispersão política e cultural, a antiga civilização celta estendeu sua influência por todo o continente europeu, desde as ilhas britânicas até os Balcãs, e mesmo até a Anatólia. Essa influência ainda se percebe em algumas das línguas faladas na Europa, como o gaélico e o bretão.
No fim do segundo milênio antes da era cristã, os celtas começaram a individualizar-se como um grupo de características próprias depois de um longo processo de formação, no qual conseguiram impor-se a outros povos e atuar como aglutinadores de todos eles. Assim surgiu uma civilização comum a grande parte da Europa, a cultura dos túmulos (assim denominada em virtude do costume de sepultar os mortos sob grandes túmulos de terra), que alcançou seu desenvolvimento máximo por volta de 1200 a.C.
Entre os séculos XII e VIII a.C., floresceu a cultura dos campos de urnas, considerada a primeira grande expansão do povo celta. Suas principais características foram a utilização de objetos de bronze e a celebração de um ritual funerário diferente do da cultura dos túmulos: o morto era incinerado, e suas cinzas postas numa urna.
O período de Hallstatt se desenvolveu do século VII até o VI a.C. Originou-se na alta Áustria, onde foram exploradas as primeiras jazidas de ferro. Ocorreu nesta etapa uma novidade importante: a introdução das armas de ferro propiciou o aparecimento de uma oligarquia que, constituída como força militar, estabeleceu sua residência em povoações fortificadas, situadas em pontos estratégicos.
A cultura de Hallstatt se estendeu à Alemanha meridional e oriental, nordeste da França, sudeste da Inglaterra e península ibérica. A difusão da siderurgia, a arte decorativa geométrica, os ritos funerários de sepultamento e incineração, as fortificações e sobretudo o armamento de ferro, em que se destaca um tipo de espada afiada em ponta, são os elementos mais representativos desse período.
Da evolução de Hallstatt e do contato com os povos mediterrâneos nasceu a cultura La Tène, que se desenvolveu a partir do século V a.C. Foi nessa etapa que os celtas alcançaram expansão e poderio máximos. Por influência de gregos e etruscos, passaram a elaborar formas artísticas nas quais os motivos geométricos foram substituídos pelos florais, animais e humanos. A cerâmica aperfeiçoou-se com o emprego do torno, que fez surgirem objetos de formas curvas em lugar dos anteriores, retilíneos.
A estrutura social se tornou cada vez mais rígida, à medida que a classe dos guerreiros aumentava seu prestígio e poder, exercendo feroz tutela sobre as rotas comerciais que atravessavam seu território. Nos túmulos cavados no solo, os nobres celtas foram substituídos pelos chefes militares. O apogeu econômico dos celtas e sua presença no mundo comercial de então podem ser detectados na cunhagem de moedas a partir do século IV a.C. Durante o período La Tène, os celtas fixaram residência em lugares de fácil defesa e difícil acesso para os possíveis inimigos ou nas margens dos rios.
Foi nessa fase que a religião celta atingiu seu mais alto desenvolvimento. A magia e a adivinhação eram apanágio dos druidas, sacerdotes e sábios, dirigiam as cerimônias religiosas para celebrar as forças da natureza. A atividade desses sacerdotes, depositários da tradição cultural céltica, conservava os vínculos entre os povos celtas do continente e os das ilhas britânicas.
No século IV a.C., os celtas iniciaram uma profunda incursão na Itália. Chegaram a Roma por volta de 390, atacaram os etruscos e estabeleceram-se na região que mais tarde seria conhecida como Gália Cisalpina (planície do Pó). Também se introduziram no leste da Europa através do Danúbio e ocuparam o noroeste da Hungria, o sudoeste da Eslováquia e parte da Transilvânia.
Durante o século III a.C., a expansão dos celtas alcançou a Macedônia e ameaçou Delfos. Daí continuaram até a Anatólia, onde fundaram o reino da Galácia. Expulsos dessa região, instalaram-se nas terras da futura Bulgária, onde também implantaram um de seus reinos. A partir de então, todos esses povos celtas sofreram notáveis influências helenísticas, ampliadas ainda mais em virtude dos serviços que prestaram nos exércitos da Grécia e do Egito.
A expansão celta se deteve a partir do século III a.C., em conseqüência da reação defensiva dos povos do Mediterrâneo, principalmente de Roma. O poderio romano começou a impor-se sobre uma civilização que, carente de unidade política, não tinha como se manter em já tão grande extensão territorial. Sua decadência se prolongou até o século I a.C., momento em que todas as tribos, exceto as da Irlanda, tiveram que submeter-se à nova potência emergente, o Império Romano.
Não só Irlanda, mas também na França, Inglaterra, Escócia, País de Gales e até mesmo em partes da Alemanha, Suiça, Espanha e norte da Itália.
Celtas é a designação dada a um conjunto de povos, organizados em múltiplas tribos, pertencentes à família linguística indo-europeia que se espalhou pela maior parte do noroeste da Europa a partir do segundo milénio a.C.. A primeira referência literária aos celtas (Κελτοί) foi feita pelo historiador grego Hecateu de Mileto em 517 a.C..
Boa parte da população da Europa ocidental pertencia às etnias celtas até a eventual conquista daqueles territórios pelo Império Romano; organizavam-se em tribos, que ocupavam o território desde a península Ibérica até a Anatólia. A maioria dos povos celtas foi conquistada, e mais tarde integrada, pelos Romanos, embora o modo de vida celta tenha, sob muitas formas e com muitas alterações resultantes da aculturação devida aos invasores e à posterior cristianização, sobrevivido em grande parte do território por eles ocupado.
Existiam diversos grupos celtas compostos de várias tribos, entre eles os bretões, os gauleses, os escotos, os eburões, os batavos, os belgas, os gálatas, os trinovantes e os caledônios. Muitos destes grupos deram origem ao nome das províncias romanas na Europa, as quais que mais tarde batizaram alguns dos estados-nações medievais e modernos da Europa.
Em algum lugar!!
os cestas viviam no noroeste da Europa
A culçtura celtas e não oa celtas ou descendentes estão araigados atualmente na Irlanda
Denominados de Hiperbóreos ou Gálatas (Gaulês em grego), provavelmente foram originários da Europa central e estenderam-se por vastas regiões. A chamada Liga Céltica, associação destinada a recuperar as tradições deste povo indo-europeu, congrega a Irlanda, as Terras Altas da Escócia, a Ilha de Man, a Cornualha, o País de Gales, a Bretanha (França) e a Galícia (Espanha). Em seu apogeu, a cultura celta cobria da Escócia à França mediterrânica, de Portugal até os Cárpatos (Rússia), estendendo-se sobre a Germânia (Alemanha), Suíça, Boêmia, Romênia, etc.
Os celtas eram um povo que se originou no sul do continente europeu, e que duante séculos migraram para a penpinsula ibérica, para a Grâ Bretanha, e até a Àsia Menor, as costas do Mar Negro.
Assim não se pode dizer, um único pais, na geografia política atual onde eles viveram. Foi em praticamente todo o continente europeu, até a região balcânica e um pedaço da atual continente asiático.
Irlanda