Qual o teu poema prefirido e autor preferido?
O meu é:
Via Láctea
Olavo Bilac
Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto,
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E ao vir do Sol, saudoso e em pranto
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado- amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Têm o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."
Beijo a todos!! E bom feriado...
Comments
BONS AMIGOS
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!
esse é meu favorito machado de assis
"Quando eu morrer", de Castro Alves.
Quando eu morrer... não lancem meu cadáver
No fosso de um sombrio cemitério...
Odeio o mausoléu que espera o morto
Como o viajante desse hotel funéreo.
Corre nas veias negras desse mármore
Não sei que sangue vil de messalina,
A cova, num bocejo indiferente,
Abre ao primeiro o boca libertina.
Ei-la a nau do sepulcro — o cemitério...
Que povo estranho no porão profundo!
Emigrantes sombrios que se embarcam
Para as pragas sem fim do outro mundo.
Tem os fogos — errantes — por santelmo.
Tem por velame — os panos do sudário...
Por mastro — o vulto esguio do cipreste,
Por gaivotas — o mocho funerário ...
Ali ninguém se firma a um braço amigo
Do inverno pelas lúgubres noitadas...
No tombadilho indiferentes chocam-se
E nas trevas esbarram-se as ossadas ...
Como deve custar ao pobre morto
Ver as plagas da vida além perdidas,
Sem ver o branco fumo de seus lares
Levantar-se por entre as avenidas! ...
Oh! perguntai aos frios esqueletos
Por que não têm o coração no peito...
E um deles vos dirá "Deixei-o há pouco
De minha amante no lascivo leito."
Outro: "Dei-o a meu pai". Outro: "Esqueci-o
Nas inocentes mãos de meu filhinho"...
... Meus amigos! Notai... bem como um pássaro
O coração do morto volta ao ninho!...
"TU FOSTE"
Tu foste, a flor que eu amei
Arco Ãris que enalteci
Sonho que sonhei
Corpo que brindei
Ãgua que bebi
Estrada que caminhei
Flor que cultivei
Jardim onde me perdi...
Foste a magia de uma tarde
Raizes de uma ilusão
Brasa que ainda arde
Entre as cinzas do meu coração...
Foste o mar que espreitou
Momentos de paixão,
Ãs a fragância que restou
De uma flor que murchou
Na palma da minha mão...
Foste a flor que eu adorei
Com todo o meu fervor
Foste meta que não cheguei
Cume onde não hasteei
A bandeira do meu amor...
Foste rio de formosura
Teus gestos eram sábios
Foste mar de ternura
E a saliva de doçura
Que banhou os meus lábios...
Foste ferida que fez doer
Ãs magia que evaporou
Vulto difÃcil de compreender
Livro que não acabei de ler
Porque o tempo não deixou...
Foste flor que brotou
Numa tarde á beira-mar
Foste nuvem que passou
Foste fonte que secou
Tanta vez sem avisar...
Foste canção que escutei
Horizonte de mil desejos
Praia onde me embalei
Onde adormeci e acordei
Na melodia dos teus beijos...
Hoje... Ãs rascunho dolorido
Estrada sem sentido
Sonho sem direcção
História que ainda gosto de lembrar
Mas que deixou de ter lugar
Nas páginas do meu coração.
Autor: Hélio Costa
Não leio muitos poemas, mais conheço um pequeno verso que diz assim:
"Queria ser a tua lágrima
para rolar em teus olhos
e assim
morrer em teus lábios"
O que você achou???
Só não sei o nome do autor =]
Abraço
Gosto desse entre outros
Augusto dos Anjos
A fome e o amor
A um monstro
Fome! E, na ânsia voraz que, ávida, aumenta,
Receando outras mandÃbulas a esbangem,
Os dentes antropófagos que rangem,
Antes da refeição sanguinolenta!
Amor! E a satirÃasis sedenta,
Rugindo, enquanto as almas se confrangem,
Todas as danações sexuais que abrangem
A apolÃnica besta famulenta!
Ambos assim, tragando a ambiência vasta,
No desembestamento que os arrasta,
SuperexcitadÃssimos, os dois
Representam, no ardor dos seus assomos
A alegoria do que outrora fomos
E a imagem bronca do que inda hoje sois!
Tenho vários, esse mesmo de Olavo Bilac é muito legal!
http://updatefreud.blogspot.com/
tenho 1 frase
"tudo o que é bom dura o tempo suficiente para ser inesquecÃvel"
"volta o cão arrependido,
com suas orelhas bem fartas,
com o osso ruÃdo,
e o rabo entre as patas"
autor; chaves do 8.