preciso de todas as poesias de Glaucus Saraiva.?

se alguem puder preciso disso o mais rapido possivel

e uamgincana tradicional da escola

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  • Chimarrão

    Autoria: Glaucus Saraiva

    Amargo doce que eu sorvo

    Num beijo em lábios de prata.

    Tens o perfume da mata

    Molhada pelo sereno.

    E a cuia, seio moreno,

    Que passa de mão em mão

    Traduz, no meu chimarrão,

    Em sua simplicidade,

    A velha hospitalidade

    Da gente do meu rincão.

    Trazes à minha lembrança,

    Neste teu sabor selvagem,

    A mística beberagem,

    Do feiticeiro charrua,

    E o perfil da lança nua,

    Encravada na coxilha,

    Apontando firme a trilha,

    Por onde rolou a história,

    Empoeirada de glórias,

    De tradição farroupilha.

    Em teus últimos arrancos,

    Ao ronco do teu findar,

    Ouço um potro a corcovear,

    Na imensidão deste pampa,

    E em minha mente se estampa,

    Reboando nos confins ,

    A voz febril dos clarins,

    Repinicando: "Avançar"!

    E então eu fico a pensar,

    Apertando o lábio, assim,

    Que o amargo está no fim,

    E a seiva forte que eu sinto,

    É o sangue de trinta e cinco,

    Que volta verde pra mim.

    Lenda do Quero-quero

    Autoria: Glaucus Saraiva

    Nos velhos tempos de antanho,

    quando o campo era sem dono

    O guasca era um rei no trono

    verde-escuro das coxilhas...

    Sua corte eram tropilhas

    selvagens dos potros bravos.

    O pampa não tinha escravos,

    onde tudo era igualdade,

    E o pendão a Liberdade !

    A espora que retinia,

    a garrucha, a lança esguia

    a boleadeira e os cavalos,

    eram somente os vassalos

    que o gaúcho conhecia.

    Mas um dia a prepotência

    mostrou as garras malvadas!

    Banhou de sangue as estradas,

    cobriu de luto a verdade,

    e em troca de liberdade,

    trouxe grilhões de negreiro.

    Porém o guasca altaneiro

    boleou a perna no pingo,

    E foi pra luta sorrindo,

    porque o destino mandou.

    Muito gaúcho tombou,

    mas, entre os guascas sombrios,

    a prepotência caiu

    e a liberdade ficou!

    E no lombo das coxilhas,

    no largo dos descampados,

    cabos de lança, quebrados,

    apontavam cemitérios.

    E os quero-queros gaudérios,

    por sobre aquela tristeza,

    pairavam sua nobreza,

    como por artes divinas.

    E, descendo nas campinas

    por onde o sangue rolou,

    Um bando imenso pousou

    e embaixo d'asa escondidas,

    guardavam as pontas perdidas

    da lança que o índio amou...

    Agora, pela amplidão,

    na coxilha e o pampa enorme

    o quero-quero não dorme,

    como eterno guardião.

    Às vezes, na noite escura,

    Como um grito de amargura,

    estridula seu cantar...

    É a alma de algum gaúcho,

    que, num último repuxo,

    se levantou pra pelear!

    E qual um centauro alado

    que se ergue do banhado

    cavalgando uma ilusão,

    voará, como a esperança,

    guardando, à ponta de lança,

    a Gaúcha Tradição!

    E ainda tem Borracho e Negro do Pastoreio...não cabem aqui....beijos

  • Grande e saudoso Glaucus Saraiva.....Não se fazem mais homens desse naipe...

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