Lemos em Hebreus 11:21 que: "Pela fé Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou."
Este capítulo nos dá outra oportunidade para vermos a maturidade espiritual de Jacó. Ele mudou muito desde a sua juventude, e seu exemplo nos mostra como a vida espiritual envolve crescimento e desenvolvimento.
A vida espiritual não é uma experiência emocional que acontece num momento, mas é descrita na Bíblia como andar no Espírito. Em 2 Pedro 3: 18 lemos: "Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo."
Quando Jacó era jovem, havia preponderância do que chamamos de "a velha natureza". Assim como aconteceu com ele, devemos esperar o crescimento e amadurecimento do fruto do Espírito em nosso caráter. Mas rendamos graças a Deus por isto ser possível em nossas vidas, e pela paciência que Ele tem conosco. Também podemos agradecê-lo porque ele não interfere, como talvez nós faríamos, para forçar o desenvolvimento. Ele foi paciente com Jacó, e é paciente conosco.
José, ocupado com os negócios de Estado, foi correndo visitar seu pai quando soube que ele estava enfermo, e levou consigo seus dois filhos, Manassés e Efraim. Israel esforçou-se e assentou no leito para recebê-lo. Estes detalhes nos indicam o grande amor de José para com seu pai, e o respeito que tinha de seu pai.
Para Jacó, José era seu filho predileto, praticamente ressuscitado e elevado a um glorioso posto. José, ainda, havia salvo toda a sua família de uma fome calamitosa. Isto fez Jacó refletir na maneira como Deus encaminhou as circunstâncias da sua vida e lembrar-se da ocasião em que Deus apareceu novamente para ele em Luz, que ele chamou Betel (capítulo 35:9-15), quando voltava de Padã-Arã, e o abençoou prometendo que faria dele uma multidão de povos, e daria a terra de Canaã à sua descendência em possessão perpétua.
Em sua juventude, Jacó pensava que era esperto e que conseguiria tudo mediante seus próprios esforços e artimanhas, mas agora, com a experiência de sua longa vida, ele demonstra que confia em Deus para o cumprimento de sua promessa.
A promessa de Deus feita aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, percorre a Bíblia inteira e tem três aspectos:
1 - a nação
2 - a terra
3 - a bênção
Os primeiros dois são os que Jacó cita para José. Mas o terceiro é o aspecto mais importante para nós: em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra (capítulo 28:14). Dois terços da promessa, feita mais de quatro milênios atrás, já foram cumpridos (1 e 3) faltando apenas um terço (2) pois os descendentes de Israel ainda não possuem a terra prometida em perpetuidade. Quando lhes for dada pelas mãos de Deus, viverão em paz, segurança e tranqüilidade (Isaías 32:17,18).
Nesta ocasião Jacó adotou como seus filhos diretos os dois filhos de José, que passaram a ter os mesmos direitos que seus próprios filhos, assegurando assim a José uma porção dobrada da sua herança. Em conseqüência, cada um dos dois netos formou uma tribo.
Disto deduziríamos que haviam treze tribos em Israel, pois Jacó tinha outros onze filhos. Acontece, porém que os descendentes de Levi não eram considerados como uma tribo, tendo sido dedicados ao serviço de Deus, ministrando como sacerdotes entre as tribos.
Jacó em seguida se lembra da sua querida esposa Raquel, mãe de José, da sua morte e sepultura próximo a Belém (ainda está lá).
Quando José fora vendido como escravo, Jacó pensara que ele estava morto e chorara por ele (Gênesis 37:30). Mas eventualmente o plano de Deus permitiu a Jacó não só ver seu filho outra vez, mas também seus netos.
Nossas circunstâncias nunca são tão ruins a ponto de não podermos alcançar a ajuda de Deus: Jacó recebeu seu filho de volta, Jó uma nova família (Jó 42:10-17), Maria seu irmão Lázaro (João 11:1-44). Nunca devemos nos desesperar, pois pertencemos a um Deus amoroso. Nunca sabemos o bem que Ele pode fazer surgir de uma situação que nos parece sem esperança.
José trouxe seus filhos a Jacó para que ele os abençoasse. Aquele sobre quem ele colocasse sua mão direita receberia a benção principal.
Como profeta de Deus, Jacó sabia que o mais novo, Efraim, teria preeminência sobre seu irmão mais velho: outra vez não seria exercido o direito à primogenitura. Sem saber disso, José colocou Manassés do lado direito de Jacó. Mesmo sem poder ver (pois como Isaque, Jacó havia perdido a visão em sua velhice, possivelmente devido a cataratas), Jacó percebeu quem era quem e simplesmente cruzou seus braços para que sua mão direita repousasse sobre Efraim.
É interessante ver quantas vezes Deus não mantém o direito da primogenitura; embora ele conste da sua lei (Deuteronômio 21:17), este direito é uma convenção que vem desde os tempos mais antigos, pela qual o filho mais velho recebe toda, ou a maior parte da herança paterna, junto com a responsabilidade de **
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JACÓ ABENÇOA OS FILHOS DE JOSÉ
Capítulo 48
Lemos em Hebreus 11:21 que: "Pela fé Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou."
Este capítulo nos dá outra oportunidade para vermos a maturidade espiritual de Jacó. Ele mudou muito desde a sua juventude, e seu exemplo nos mostra como a vida espiritual envolve crescimento e desenvolvimento.
A vida espiritual não é uma experiência emocional que acontece num momento, mas é descrita na Bíblia como andar no Espírito. Em 2 Pedro 3: 18 lemos: "Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo."
Quando Jacó era jovem, havia preponderância do que chamamos de "a velha natureza". Assim como aconteceu com ele, devemos esperar o crescimento e amadurecimento do fruto do Espírito em nosso caráter. Mas rendamos graças a Deus por isto ser possível em nossas vidas, e pela paciência que Ele tem conosco. Também podemos agradecê-lo porque ele não interfere, como talvez nós faríamos, para forçar o desenvolvimento. Ele foi paciente com Jacó, e é paciente conosco.
José, ocupado com os negócios de Estado, foi correndo visitar seu pai quando soube que ele estava enfermo, e levou consigo seus dois filhos, Manassés e Efraim. Israel esforçou-se e assentou no leito para recebê-lo. Estes detalhes nos indicam o grande amor de José para com seu pai, e o respeito que tinha de seu pai.
Para Jacó, José era seu filho predileto, praticamente ressuscitado e elevado a um glorioso posto. José, ainda, havia salvo toda a sua família de uma fome calamitosa. Isto fez Jacó refletir na maneira como Deus encaminhou as circunstâncias da sua vida e lembrar-se da ocasião em que Deus apareceu novamente para ele em Luz, que ele chamou Betel (capítulo 35:9-15), quando voltava de Padã-Arã, e o abençoou prometendo que faria dele uma multidão de povos, e daria a terra de Canaã à sua descendência em possessão perpétua.
Em sua juventude, Jacó pensava que era esperto e que conseguiria tudo mediante seus próprios esforços e artimanhas, mas agora, com a experiência de sua longa vida, ele demonstra que confia em Deus para o cumprimento de sua promessa.
A promessa de Deus feita aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, percorre a Bíblia inteira e tem três aspectos:
1 - a nação
2 - a terra
3 - a bênção
Os primeiros dois são os que Jacó cita para José. Mas o terceiro é o aspecto mais importante para nós: em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra (capítulo 28:14). Dois terços da promessa, feita mais de quatro milênios atrás, já foram cumpridos (1 e 3) faltando apenas um terço (2) pois os descendentes de Israel ainda não possuem a terra prometida em perpetuidade. Quando lhes for dada pelas mãos de Deus, viverão em paz, segurança e tranqüilidade (Isaías 32:17,18).
Nesta ocasião Jacó adotou como seus filhos diretos os dois filhos de José, que passaram a ter os mesmos direitos que seus próprios filhos, assegurando assim a José uma porção dobrada da sua herança. Em conseqüência, cada um dos dois netos formou uma tribo.
Disto deduziríamos que haviam treze tribos em Israel, pois Jacó tinha outros onze filhos. Acontece, porém que os descendentes de Levi não eram considerados como uma tribo, tendo sido dedicados ao serviço de Deus, ministrando como sacerdotes entre as tribos.
Jacó em seguida se lembra da sua querida esposa Raquel, mãe de José, da sua morte e sepultura próximo a Belém (ainda está lá).
Quando José fora vendido como escravo, Jacó pensara que ele estava morto e chorara por ele (Gênesis 37:30). Mas eventualmente o plano de Deus permitiu a Jacó não só ver seu filho outra vez, mas também seus netos.
Nossas circunstâncias nunca são tão ruins a ponto de não podermos alcançar a ajuda de Deus: Jacó recebeu seu filho de volta, Jó uma nova família (Jó 42:10-17), Maria seu irmão Lázaro (João 11:1-44). Nunca devemos nos desesperar, pois pertencemos a um Deus amoroso. Nunca sabemos o bem que Ele pode fazer surgir de uma situação que nos parece sem esperança.
José trouxe seus filhos a Jacó para que ele os abençoasse. Aquele sobre quem ele colocasse sua mão direita receberia a benção principal.
Como profeta de Deus, Jacó sabia que o mais novo, Efraim, teria preeminência sobre seu irmão mais velho: outra vez não seria exercido o direito à primogenitura. Sem saber disso, José colocou Manassés do lado direito de Jacó. Mesmo sem poder ver (pois como Isaque, Jacó havia perdido a visão em sua velhice, possivelmente devido a cataratas), Jacó percebeu quem era quem e simplesmente cruzou seus braços para que sua mão direita repousasse sobre Efraim.
É interessante ver quantas vezes Deus não mantém o direito da primogenitura; embora ele conste da sua lei (Deuteronômio 21:17), este direito é uma convenção que vem desde os tempos mais antigos, pela qual o filho mais velho recebe toda, ou a maior parte da herança paterna, junto com a responsabilidade de **