Por que o governo está demorando para começar a exploração das jazidas de petróleo do pré-sal.?
Para a retirada do petróleo,será preciso tecnologia e dinheiro.Será viável criar uma nova estatal?Ou estão colocando o carro adiante dos bois?
Para a retirada do petróleo,será preciso tecnologia e dinheiro.Será viável criar uma nova estatal?Ou estão colocando o carro adiante dos bois?
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Na verdade quem tem condições de explorar o petróleo é a PETROBRÁS, cujo capital acionário do Governo é de 40%... Os 60% restantes são de acionistas nacionais ou estrangeiros e só quando a PETROBRÁS deixou de ser monopólio estatal é que começou a apresentar resultados. A exploração do pré-sal exigem investimentos pesadíssimos, pois estão a mais de 5 km de profundidade só de água, mais a camada de sal e solo, até se chegar ao óleo. Seu custo de extração é elevado e só se justifica porque o barril de petróleo está a mais de 120 dólar por barril. O lucro não será essa maravilha, embora seja ainda um grande negócio. As idéias de o Governo criar uma estatal para explorar essa fonte de petróleo estão dando muito problema, pois os investidores que gastaram 60% para encontrá-lo vão se sentir lesados se isso acontecer e o Brasil não tem dinheiro suficiente para criar uma outra PETROBRÁS só para isso, além de que toda empresa na mão do Governo vira cabide de emprego, inchada, ineficiente e corrupta, possibilitando todo tipo de falcatrua, servindo apenas aos propósitos do Governo e a seus protegidos. O Governo pode obter muito mais lucros se ficar de fora, pois pode dizer quanto quer ganhar por cada barril explorado no momento em que fizer o leilão de exploração, só que esse valor será conhecido e difícil de ser utilizado por debaixo do pano, sem contar que haverá criação de empregos e geração de impostos, com mais lucro para o País. Seja como for, esse óleo só começará a ser extraído dentro de 5 a 7 anos, por razões técnicas. Só que o atual Governo já está faturando políticamente desde já...
Vamos aguardar para ver o que acontece. Acho que o Senado não deixará criar a ESTATAL pretendida pelo Governo, embora a maioria parlamentar venha atropelando tudo e fazendo todo mundo comer toucinho com cabelo e tudo, aprovando tudo que Lula quer, como a TV Lula, os 42 ministérios e mais de 26 mil nomeações sem concurso para os simpatizantes do PT.
Isso é coisa para daqui a vinte anos, não sei porque todo esse estardalhaço.
As coisas não são assim tão simples. Do momento do anuncio de uma descoberta desse porte no local onde ela se localiza, até o momento de se começar a prospecção do óleo, pode haver um interregno de tempo de anos.
É necessario adaptar e criar novas tecnologias, treinar mais pessoas, construir novas plataformas, firmar contratos, etc., etc., etc. Além do mais o governo pode não ter tanta pressa assim, afinal enquanto mais demoramos mais valorizado estará a comódite, o barril do petróleo a dois anos atrás não passava dos US$ 90,00, só este ano já bateu os US$ 140,00.
Quanto à criação de uma nova empresa para explorar essa nova jazida, as conversações estão muito embrionárias ainda e podem haver estratégias em jogo que vão muito além de nossa vã compreensão. Estrategias estas que passam pela privatização da Petrobrás e outras nuances. Ou seja, o desGoverno sabe que pode obter ganhos com a privatização da Petrobrás, mas ao mesmo tempo não quer, não pode, e não deve abrir mão das jazidas recém descobertas, com isso ela cria uma nova empresa com a intensão de explorar as novas jazidas e mantém sua tendência de privatizar a Petrobrás.
No entanto, esta estratégia pode trazer um erro perigoso: É da Petrobrás a tecnologia do Bio-combustível e abrir a mão dessa tecnologia pode ser um retrocesso. Dividi-la com a iniciativa privada numa Petrobrás privatizada, pode não ser a melhor opção, assim como trasmití-la integralmente sem a segurança que tais pesquisas se manterão no mínimo aos mesmos moldes e ritmos com que se faz presente na estatal Petrobrás.
Mas essa é apenas minha opinião, o desGoverno não dá subsídios para tecermos opiniões concretas acerca do tema, ao menos por enquanto.
Valeu?
Barbosa.