Há uma estreita relação entre o desenvolvimento econômico europeu, principalmente da atividade comercial, e a centralização do poder real. De um lado, porque a economia mercantil gerou uma classe social nova — a burguesia — em condições de disputar aos aristocratas a primazia política. Por outro, há que se considerar a crise do feudalismo, que foi obrigado a mudar sua organização no sentido de se integrar na economia de mercado, então em fase de desenvolvimento. Isto provocou o enfraquecimento da nobreza feudal ligada à terra, proporcionando condições para a centralização monárquica.
No plano cultural, devemos destacar o desenvolvimento dos estudos universitários de Direito, que deram origem aos legistas. Estes, preocupados em legalizar o poder real, apoiaram-se tanto no Direito Costumeiro Germânico quanto — e principalmente — no Direito Romano de Justiniano. O rei é colocado como fonte viva da lei, pois seu poder deriva de Deus, através do consentimento nacional.
O Renascimento, profundamente individual, estimulou o ideal nacional, do qual o rei é a própria representação material. O rei é visto como o herói nacional, defensor e protetor da nação. Por último, devemos levar em consideração o fato de que existia uma tradição de poder real hereditário, firmada durante a Idade Média, mesmo quando o poder real não tinha existência de fato, mas apenas de direito.
CONCLUSÃO:A legitimação do poder absoluto
Ao mesmo tempo em que isto se dava, o monarca procurava legitimar seu poder. Estimulava o ensino universitário e os estudos das leis. Os legistas, funcionários reais, tanto se ocupavam da administração, quanto redigiam as leis do reino. Interpretavam o Direito Costumeiro, estudavam o Direito Romano, procurando extrair um conjunto legal que autorizasse o rei a exercer o poder absoluto. O rei era apontado como fonte viva da lei, pela ascendência divina do seu poder.
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Há uma estreita relação entre o desenvolvimento econômico europeu, principalmente da atividade comercial, e a centralização do poder real. De um lado, porque a economia mercantil gerou uma classe social nova — a burguesia — em condições de disputar aos aristocratas a primazia política. Por outro, há que se considerar a crise do feudalismo, que foi obrigado a mudar sua organização no sentido de se integrar na economia de mercado, então em fase de desenvolvimento. Isto provocou o enfraquecimento da nobreza feudal ligada à terra, proporcionando condições para a centralização monárquica.
No plano cultural, devemos destacar o desenvolvimento dos estudos universitários de Direito, que deram origem aos legistas. Estes, preocupados em legalizar o poder real, apoiaram-se tanto no Direito Costumeiro Germânico quanto — e principalmente — no Direito Romano de Justiniano. O rei é colocado como fonte viva da lei, pois seu poder deriva de Deus, através do consentimento nacional.
O Renascimento, profundamente individual, estimulou o ideal nacional, do qual o rei é a própria representação material. O rei é visto como o herói nacional, defensor e protetor da nação. Por último, devemos levar em consideração o fato de que existia uma tradição de poder real hereditário, firmada durante a Idade Média, mesmo quando o poder real não tinha existência de fato, mas apenas de direito.
CONCLUSÃO:A legitimação do poder absoluto
Ao mesmo tempo em que isto se dava, o monarca procurava legitimar seu poder. Estimulava o ensino universitário e os estudos das leis. Os legistas, funcionários reais, tanto se ocupavam da administração, quanto redigiam as leis do reino. Interpretavam o Direito Costumeiro, estudavam o Direito Romano, procurando extrair um conjunto legal que autorizasse o rei a exercer o poder absoluto. O rei era apontado como fonte viva da lei, pela ascendência divina do seu poder.