Capa de uma Veja de 1995: Estatais são cavaleiros de armadura e emp. privadas são Conan? Concorda ?
com esta imagem?
Numa revista Veja de 1995, era Collor, mostrava na capa dois cavaleiros:
-um o típico cavalheiro medieval de combate de justas em uma armadura de metal reluzente montando um cavalo branco quase que completamente coberto por uma barda (tipo de armadura) de metal por quase todo corpo, portando uma lança comprida e um escudo também brilhante, mas aparentava ser um cara normal cheio das bugigangas, mesmo assim temível!
- o outro um bárbaro selvagem, fortíssimo, com músculos gigantescos, parecido com o Conan, mal usava alguns trapos de couro, portava uma espada larguissima e feroz, não portava escudo, o o seu cavalo parecia um rinoceronte de tão grande e musculoso e empinava exibidamente.
Você concorda com essa imagem das estatais e das empresas privadas? Que interpretação você faz desta imagem? Qual a idéia?
Update:Então não foi 1995... foi no tempo do Collor, isso eu tenho certeza, me lembro muito bem eu com uns 12, 13 anos, totalmente tímido e encabulado comprando revistas pra entender nosso Brasil, e o cara da banca tava esperando que eu pedisse e comprasse uma Playboy... ahuahauhauh!
Comments
Era apenas o começo da grande publicidade que foi feita, e ainda hoje é feita, para descredibilizar as instituições públicas que a própria direita deixava se encaminhar ao fracasso através do abandono e do saque dessas instituições.
Os planos dos neoliberais são executados com anos de programação e muita mensagem subliminar e publicidade.
Eu não concordo e o Lula está mostrando que é possível administrar melhor as empresas públicas. Esse abandono aconteceu aqui na minha cidade com a saúde, onde o secretário da Educação foi pego subornando dinheiro dos fornecedores de rémedios para patrocinar o próximo candidato do partido (DEM - PSDB). O que aconteceu foi que a cidade, berço do PFL e que governa a cidade desde sua fundação através da tríplice aliança (PMDB/DEM/PSDB) perdeu para o PT pela primeira vez na cidade com grande vantagem, sendo o prefeito mais votado em um turno até hoje em Joinville.
O plano é simples, eles tomam o poder, abandonam as instituições públicas, põe a culpa de que servidor público não quer trabalhar e parte pra privatização, sempre com ajuda da mídia patrocinada pelos possíveis compradores dessas instituições.
Eu, comparo o neo-liberalismo ao anarquismo pregado pela TV.
P_a_Z
Olha isso como sempre é uma simplificação da discussão Estatal x Privada, em minha visão de mundo existem coisas que jamais poderão sair das mãos do estado sob pena de o lucro ser o único objetivo da existência de um empresa, acho que as telecomunicações é um setor que deveria continuar estatal, assim como o setor Petróleo e a exploração do sub-solo, pois fecham um ciclo que pode influenciar todos os outros setores, afinal são coisas que compõem os custos de todas as outras empresas e instituições, por exemplo hoje uma escola, não tem gasto apenas com os professores e manutenção predial, mas tem gastos com telefone, internet, transporte, alimentação,etc. , então o governo com as empresas sob sua tutela poderia estabelecer programas de ajuda as escolas para manter os serviços com custos subsidiados, principalmente em comunicações.
é da mesma época do comercial dos elefantes né? Acho que aquilo foi mais uma peça publicitária do Estado mÃnimo que uma matéria jornalÃstica
1995 não é era Collor. à mandato de FHC.
Se a discussão é : o que é melhor - empresa estatal ou empresa privatizada ?
Olha eu acho que a discussão é longa e complexa pra este espaço.
Mas tem que olhar pro seguinte conjunto :
- uma sociedade tem que produzir riquezas
- qual a função do Estado?
- por quê o Estado tem que ser empresário?
- quem é mais eficiente na produção de riquezas : o Estado ou o particular?
A experiência socialista do século XX nos dá uma boa pista sobre isso, ao se olhar o estado em que ficaram os paÃses que a ela foram submetidos.
Eu, particularmente, gostaria de um estado pequeno, forte e transparente. Exercendo firmemente sua função regulatória / fiscalizadora. E intervindo naquilo em que o sistema de mercado e o interesse privado não é capaz de promover o bem estar, como na saude, na educação, na aplicação da justiça, no sistema penitenciário.
De resto, pode deixar que o interesse privado faz melhor.....