Alguém aqui já leu o livro de Enoque? O que achou?
*O interessante é que não foi incluído na Bíblia mas é muito estudado pelos teólogos como fonte de consulta, o livro fala dos anjos (inclusive com nomes), e é bem complexo. O que vc que leu achou desse livro?
*Pq será que não foi incluído na Biblia atual?
Update:questão.1 : ali diz que os anjos juntaram com mulheres e não ganharam misericordia do Pai tamanho o pecado cometido. Mas na Bíblia diz que os anjos não ganharam perdão por tentarem usurpar o trono do Altíssimo.
Questão.2 ali diz que os anjos tornaram-se como homens pra ter as mulheres, mas a bíblia diz que ele perderam suas funções qdo traíram a Deus, logo não poderia se transformar em homens, ou seja essa condenação veio desde qdo eles caíram na terra, e não com essa história contada (que nega àquela).
Questão.3 Neste casa é melhor acreditar na bíblia, mas de onde surgiu esse livro de Enoque? Quem o escreveu? Quando? Algumas coisa estão reamente de acordo com a Bíblia outras geram duvidas, como so teologos veem isso?
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É um livro apócrifo.
http://www.scribd.com/doc/6561004/O-Livro-de-Enoqu...
apócrifo livro de Enoque – segundo a qual o mal começou no mundo quando anjos perversos se encarnam e tiveram contato sexual com mulheres, nascendo daí nefilim ou gigantes. Esses anjos maus, ditos “Vigilantes” ensinaram à humanidade artes mágicas e perversas.
''Capítulo 7
1E aconteceu depois que os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, nasceram-lhe filhas, elegantes e belas.
2E quando os anjos, (3) os filhos dos céus, viram-nas, enamoraram-se delas, dizendo uns para os outros: Vinde, selecionemos para nós mesmos esposas da progênie dos homens, e geremos filhos.''
http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ES...
O golpe definitivo contra tal hipótese foi desferido por S. Agostinho no século V:
“O assunto foi finalmente encerrado com a argumentação lógica e técnica de Santo Agostinho (354-430), rejeitando a narrativa da queda dos anjos e do seu encontro com as mulheres e defendendo a idéia de que, para a natureza angélica, tal feito seria absolutamente improvável” (p. 66).
“Agostinho afirma que a frase “filhos de Deus” no Gênesis 6 refere-se aos filhos de Set que tomaram como esposas as filhas de Caim, chegando à mesma conclusão de Júlio Africano – um atalho usado pela maioria dos padres da Igreja a fim de não admitir a encarnação dos anjos” (p. 67)¹.
Na primeira e na quarta capas do livro lê-se que “a revelação do livro de Henoque foi inadvertidamente omitida e desvirtuada pela Igreja através da história”. Toda via no corpo do livro não se encontra explicitação desses dizeres. A “revelação” de Henoque foi posta de lado pelo bom senso mesmo e a lógica das gerações cristãs.
Pergunta-se agora:
2. Que pensar?
Antes do mais, convém examinar
2.1. O livro de Henoque: que é?
Henoque (Gn 5, 21-24) é o sétimo personagem da linhagem dos setitas, filho de Jared e pai de Matusalém; é o menos longevo de todos os da série, pois viveu apenas 365 anos, após os quais foi arrebatado por Deus sem provar a morte. Tornou-se assim muito caro à tradição judaica.
Os rabinos não discutiram o gênero literário desta secção, mas acrescentaram aos dados bíblicos as próprias elucubrações: Henoque terá recebido de Deus a autorização para revelar aos homens o juízo que tocará a anjos maus que se perverteram com mulheres e ensinaram artes mágicas aos homens.
O livro que daí resultou, data dos século II/I a.C.; foi escrito em hebraico (capítulos 1-5 e 37-108) e aramaico (cap. 6-36). O texto original perdeu-se. Existem, porém, traduções diversas (grega, etíope, latina).
A obra consta de escritos compilados do seguinte modo:
- discurso de Henoque sobre o juízo final, que deve fazer tremer os pecadores; cap. 1-5;
- descrição da queda dos anjos e de viagens pelo paraíso terrestre e o inferno; cap. 6-36;
- discurso das parábolas, que ilustram a sorte póstuma dos justos e a dos pecadores, com referência ao Messias dito “Eleito” e “Filho do Homem”; cap. 37-71;
- discurso de astronomia, que descreve o curso do Sol e o da Lua; cap. 72-82;
- livro das visões, que refere a história do mundo desde Adão até Moisés; cap. 83-90;
- livro da edificação, portador de exortações diversas; cap. 91-105.
Tudo se encerra com um epílogo; cap. 106-108.
Existem outrossim o Livro de Henoque Eslavo ou o Livro dos Segredos de Henoque. Narra a elevação de Henoque aos céus, onde ele recebe o conhecimento das regiões celestes e dos seis mistérios; Deus mesmo lhe revela como criou o mundo e lhe revela o futuro. É obra de um judeu, que a redigiu em grego no início do século I a.C. em Jerusalém.
2.2. Valor histórico
O livro de Henoque gozou de certa autoridade entre os antigos escritores cristãos. A epístola canônica de S. Judas 14 o cita, mas nem por isto o tem colo livro inspirado¹. Todavia não há como aceitar a explicação proposta para a origem do mal: os anjos não têm corpo nem se podem encarnar; por conseguinte jamais poderão copular com mulheres. Muito sabiamente Júlio Africano percebeu esta falha da teoria de Henoque e seus seguidores reconsideraram a interpretação dada a Gn 6, 4: os filhos de Deus seriam os setitas e as filhas dos homens seriam as cainitas.
Os 66 livros das Escrituras Sagradas são examinados e daí podemos ver sua autenticidade. Descreve-se o cenário de cada um dos livros, e dão-se informações sobre o escritor, o tempo da escrita e, em alguns casos, o período abrangido. Apresentam-se também provas de que o livro é autêntico e que pertence devidamente às Escrituras inspiradas. Tais provas podem ser encontradas nas palavras de Jesus Cristo ou nos escritos inspirados de outros servos de Deus. A autenticidade do livro não raro é demonstrada pelo cumprimento incontestável das profecias da Bíblia ou pela evidência interna do próprio livro, tal como sua harmonia, honestidade e candura. Podem-se obter evidências em apoio disso das descobertas arqueológicas ou da história secular fidedigna.O que não ocorre com os livros Apócrifos.
Que notável coleção de documentos inspirados forneceu-nos nas Escrituras Sagradas! Deveras, elas são um tesouro incomparável, uma biblioteca extensiva de informações ‘divinamente sopradas’, superando muito em riqueza e amplitude os escritos de meros homens. A devoção ao estudo da Palavra de Deus não se tornará “fadiga para a carne”, mas, em vez disso, trará benefícios eternos aos que conhecem a “declaração de Jeová [que] permanece para sempre”. — Ecl. 12:12; 1 Ped. 1:24, 25.
Trata-se um livro apócrifo, portanto, sem inspiração divina.
Eu já ouvi falar, e gostaria muito de ler, sabe onde posso encontra-lo? se souber me avise por favor, grata.