Qual a sua opinião sobre o dia da Conciência Negra?
Dia da Consciência Negra
O dia 20 de novembro é o dia da Consciência Negra. A data foi escolhida pelo Movimento Negro em contraposição ao 13 de maio (dia da suposta abolição da escravatura) e é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, que faleceu neste dia há 308 anos. Zumbi foi o líder do Quilombo dos Palmares - que é considerado o maior foco de resistência negra à escravidão no Brasil. Mais de três séculos após a sua morte, constata-se que o racismo não deixou de existir, ou de se manifestar cruelmente. Na verdade, a opressão de cor somente modernizou-se, assim como a sociedade da opressão modernizou suas formas de dominação durante os anos.
Comments
Em minha humilde opinião, acho que o dia da consciência negra acaba sendo uma forma de estimular o preconceito contra a culta afro-descendente. Afinal, se todos somos iguais, porque temos que tirar um dia de nosso calendário para homenagear os negros? Poderíamos ter um dia de Zumbi, que seria homenagem àquele que lutou pelos direitos iguais da população, mas nunca um dia que diferencie populações.
Não me lembro de constar no calendário um dia da consciência caucasiana!
Acho que no Brasil pensa-se muito em resolver as coisas com a criação do dia disso ou daquilo.
Daí, homenageia-se no dia e "ferro" nos outros 364 dias do ano.
Isto é demagogia política.
É óbvio que o Brasil não teria a economia, a culinária, a música que tem, sem a raça negra.
Está no alicerce.
E o que faz o Brasil interessante é a possibilidade da mistura, desse caldo de raças e culturas.
Ponto Final.
O "Dia Nacional da Consciência Negra" é uma data para o povo brasileiro lembrar que a luta por uma sociedade igualitária, democrática, unida e livre de preconceitos é necessária para o desenvolvimento da nação.
Dia 20 de Novembro não é somente mais uma data no calendário; é o Dia Nacional da Consciência Negra, uma data que visa lembrar a resistência dos negros à escravidão e ao racismo. Foi neste dia que Zumbi, líder e guerreiro do Quilombo dos Palmares, foi capturado, morto e decapitado, tendo sua cabeça exposta em Recife com a função de intimidar os escravos a seguirem seus passos. Zumbi tornou-se símbolo não só da resistência negra no Brasil, mas da luta pela liberdade humana. Até hoje, suas conquistas históricas surtem efeitos e inspiram centenas de movimentos sociais que travam batalhas contra o preconceito.
Durante todo o mês, entidades como o Movimento Negro Unificado organizarão eventos com o intuito de discutir e combater o racismo. Alguns dos temas que serão abordados são as cotas para negros nas universidades, discriminação racial no campo profissional, a exploração sexual da mulher negra e o racismo nos veículos de comunicação. Além disso, o movimento procura orientar as crianças negras a não desenvolverem o auto-preconceito, ou seja, julgar-se inferior perante a sociedade.
O racismo ainda é a forma mais clara de discriminação no Brasil, apesar da pesquisa de opinião realizada pela Fundação Perseu Abramo em 2003 ter mostrado que somente 4% dos entrevistados reconheceram que são racistas. São dados como este que comprovam que o racismo no Brasil manifesta-se de forma camuflada e subliminar, pois pouco se discute sobre o assunto. A imagem do negro na mídia, nos livros, nas universidades e no setor profissional ainda é inferiorizada perante o branco. O papel desempenhado pelos negros nas novelas televisivas é um exemplo deste racismo silencioso: os negros são sempre aquelas personagens submissas à personagem branca, nunca o inverso.
As leis brasileiras anti-racismo, previstas na Constituição de 1988, consideram a prática de racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão. Porém, a criação e aplicação de leis são insuficientes para acabar com o racismo. É necessário criar um vínculo entre governo e sociedade a fim de discutir e analisar o tema de forma aberta. Mas, acima de tudo, é dever da sociedade brasileira se conscientizar de que a cor da pele não interfere na capacidade e nem no caráter do indivíduo.
Acho que muitos negros se fazem de vítimas acabando, assim, por estimular o preconceito. Sou descendente de asiático. Já sofri discriminação no Brasil e no exterior. No Brasil, por ser descendente de asiático e, no exterior, por ser cidadão do 3o.mundo. Qualquer um, com um pingo de inteligência, sabe que não se pode julgar uma pessoa, quanto às suas capacidades, pela sua nacionalidade ou credo religioso.
Concordo plenamente com o samuel.
Acho isso uma bobagem.