O que é Bócio Endemico?

O que é Bócio Endemico?

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  • bócio é uma doença que afeta as glândulas da tireóide, pela falta de iodo, causando o aumento do pescoço, também chamado de papo.

    endêmico quer dizer que tal doença é comum em uma região, acontecendo muitos casos.

    abraços.

  • Muito bom

  • Conhecida como uma das carências nutricionais cuja etiopatogenia é das mais esclarecidas na literatura médica, o bócio endêmico é determinado pela deficiência de iodo nos alimentos e na água de regiões afastadas do litoral e portanto, pobres em iodo natural. Esta deficiência prolongada desenvolve uma disfunção na glândula tireóide cuja forma grave é o cretinismo expresso na idiotia e surdo-mudez com o dobro da incidência em mulheres.

    A intervenção nutricional com a adição de iodato de potássio ao sal tem eficácia universalmente comprovada . O Chile e Itália são exemplo de dois entre outros países onde foi controlada essa carência com a efetividade desta medida de prevenção específica.

    A incidência do bócio endêmico, independe da organização social, bem como a sua reversibilidade, de transformações profundas nessa ordem, como em relação à questão da fome/desnutrição, das anemias nutricionais e da hipovitaminose 'A'. Esta carência, é reconhecidamente um problema de Saúde Pública no Brasil, onde se estimava existir nos anos oitenta, 16 milhões de bociosos e o problema é extensivo para todo o continente, INAN, 79, em relatório do encontro dos Ministros de Saúde das Américas.

    A lei 6.150 de dez.74 responsabilizava o beneficiador do sal pela iodatação e em 83, com o reconhecimento de que a endemia recrudescera, o subsídio e o controle do sal de consumo humano passa a ser de obrigatoriedade do Ministério da Saúde. A lei 9.005 de 16/03/95 que regulamenta a questão e por conseguinte a portaria 218 de 24/03/99 estabelece que o sal considerado para consumo humano deve conter “teor igual ou superior a 40 miligramas até o limite máximo de 100 miligramas de iodo por quilograma do produto”.

    Um estudo cartográfico sobre o bócio no Brasil realizado por Perez e Gesteira na década de 1950 mapeou a área de distribuição geográfica e os níveis de prevalência de forma razoavelmente estabelecidos. Neste mapeamento, a predominância de ocorrência estava na Região Leste-Sul e Centro-Oeste. Posteriormente, uma revisão epidemiológica do problema efetuada por (Brandão, 75) estima que a prevalência havia baixado. Entretanto, o espaço geográfico atingido havia alcançado novas dimensões com o registro de incidência em outras áreas como o Estado da Bahia, o Território de Rondônia e Sul do Maranhão. Em 93, o INAN postulava que a doença diminuíra e prognosticava que se constituiria em uma endemia residual nos municípios de Flores e Palmeiras em Goiás e na região do vale do Jequintinhonha em Minas gerais.

    O INAN propôs ao Departamento de Saúde Coletiva e Nutrição da UFRN a elaboração de projeto de combate específico ao bócio endêmico, com a consultoria de (Batista Filho, 89) e coordenação local desta autora. Efetivamente, as ações de controle apontadas no citado projeto, não poderiam institucionalmente residir no espaço acadêmico. Batista além de consultor, até o presente, assumiu a vigilância permanente e a denúncia na cobrança das ações de governo para importação do iodato e demais medidas de controle e intervenção do problema.

    Em 94-95, o Ministério da Saúde - INAN consolida dados de estudo com 179.000 escolares avaliados em 428 municípios; 59.000 apresentaram insuficiência de iodo circulante e 9.000 deles com sinais e sintomas agudos da carência. Neste período, o país deixara de importar o iodato e constatou-se que 9,82% do sal comercializado para consumo humano estava irregular. No presente a adição estaria regularizada mas paira a ameaça de descontinuidade pela dependência tecnológica do agente e as dificuldades de importação pelo governo.

    Uma análise sumária da questão do bócio endêmico no país leva a conclusões de relevância estratégica para o seu controle:

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    80% do sal de consumo é produzido no Estado do Rio Grande do Norte e os demais 20% no Estado do Rio de Janeiro. Isto significa a possibilidade de concentração de medidas de controle de proteção específica

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    Ainda não foram resolvidos a operacionalização técnica de iodação do sal nas pequenas e médias moageira, (as que mais freqüentemente transgridem a legislação, segundo o citado documento de INAN)

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    A ineficiência da fiscalização sanitária do Serviço Público para com o controle da iodação do sal no RN e no RJ são o fator principal na extensão da prevalência.

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    As omissões e restrições existentes na legislação competente quanto à destinação das medidas para com o sal refinado, moído e grosso. O primeiro, destinado ao consumo humano, os demais, ao consumo animal que finalmente acabam sendo utilizados pelo homem

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    As áreas endêmicas do bócio, localizam-se bem distante da área produtora de sal. Ou seja, a produção mineral tem peso econômico para o Rio Grande do Norte e o Rio de Janeiro, mas o peso dos danos biológicos em termos das seqüelas produzidas pela não iodação não resulta para esses estados. O controle dessa endemia deve permanecer a nível central pela Fundação Nacional

  • Bócio Endêmico

    Forma de transtorno (por deficiência de iodo) caracterizado pelo aumento na glândula tireóide numa fração significantemente grande de um GRUPO POPULACIONAL. O bócio ondêmico é comum em áreas montanhosas (e deficientes em iodo) do mundo, onde a dieta contém quantidade insuficiente de iodo

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