Em 1494 foi assinado entre Portugal e Espanha o Tratado de Tordesilhas. Ver detalhes na página "Antes do Descobrimento".
O Tratado de Tordesilhas acordado em 07 de junho de 1494 entre os países de Portugal e Espanha na vila de Tordesilhas é o mais famoso documento na história destes países.
O documento reflete a hegemonia Ibérica sobre boa parte da terra por causa dos descobrimentos.
Este Tratado foi validado em 02 de julho de 1494 pela Espanha na cidade de Arevalo e por Portugal em 05 de setembro de 1494 na cidade de Setúbal.
Esta cópia anexa é da primeira página da versão espanhola em pergaminho 33,5x24,6 cm com 8 folhas que encontra-se no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa - Portugal.
Com a invasão territorial para o interior e sul do Brasil pelo Bandeirantes, o Tratado de Tordesilhas, assinado entre Portugal e Espanha em 1494 não tinha mais valor.
Conflitos eram frequentes entre os espanhóis e portugueses. Houve a necessidade de regularizar a situação, quando foi assinado o Tratado de Madri em 1750. Neste tratado, defendido pelo português Alexandre de Gusmão dava ao Brasil território parecido com o atual.
Por este tratado, Portugal entregaria a região de Sacramento à Espanha e receberia os Sete Povos das Missões no Rio Grande do Sul, de origem espanhola já que foram os jesuítas espanhóis que catequizaram os índios guaranis.
Mas os jesuítas e índios guaranis, liderados pelo índio Sepé Tiarajú, não aceitaram a devolução das terras, originando a Guerra Guaranítica, onde morreram mais de 30.000 índios. Os que não
morreram foram escravizados. Diante da guerra, Portugal não entregou a colônia de Sacramento aos espanhóis.
No ano de 1761, no Tratado de El Pardo, os Sete Povos continuaria com a Espanha mas já estava em declínio econômico pois estavam sem os jesuítas e os índios guaranis que restavam se empregavam como peões nas fazendas de gado.
Os desentendimentos pelas colônias entre Portugal e Espanha continuaram e em 1763, o governador de Buenos Aires, D. Pedro de Cevallos conquistou Sacramento e invadiu a capitania de São Pedro, atual Rio Grande do Sul, tomando a cidade de Rio Grande até 1776 quando foram expulsos pelas tropas voluntárias gaúchas com auxílio das tropas do reino. Mas em 1777 Cevallos tomou novamente Sacramento e a Ilha de Santa Catarina.
Em 1777 foi assinado o Tratado de Santo Ildefonso onde Portugal ficaria com a Ilha de Santa Catarina, enquanto que a Espanha ficaria com os Sete Povos das Missões e Sacramento.
A desvantagem territorial portuguesa no sul do Brasil manteve os confrontos na região.
Em 1801 foi definitivamente solucionado os confrontos pela terras com a assinatura do Tratado de Badajós entre Portugal e Espanha que daria ao Brasil o atual território, ficando Sacramento com a Espanha e os Sete Povos das Missões com o Brasil.
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Em 1494 foi assinado entre Portugal e Espanha o Tratado de Tordesilhas. Ver detalhes na página "Antes do Descobrimento".
O Tratado de Tordesilhas acordado em 07 de junho de 1494 entre os países de Portugal e Espanha na vila de Tordesilhas é o mais famoso documento na história destes países.
O documento reflete a hegemonia Ibérica sobre boa parte da terra por causa dos descobrimentos.
Este Tratado foi validado em 02 de julho de 1494 pela Espanha na cidade de Arevalo e por Portugal em 05 de setembro de 1494 na cidade de Setúbal.
Esta cópia anexa é da primeira página da versão espanhola em pergaminho 33,5x24,6 cm com 8 folhas que encontra-se no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa - Portugal.
Com a invasão territorial para o interior e sul do Brasil pelo Bandeirantes, o Tratado de Tordesilhas, assinado entre Portugal e Espanha em 1494 não tinha mais valor.
Conflitos eram frequentes entre os espanhóis e portugueses. Houve a necessidade de regularizar a situação, quando foi assinado o Tratado de Madri em 1750. Neste tratado, defendido pelo português Alexandre de Gusmão dava ao Brasil território parecido com o atual.
Por este tratado, Portugal entregaria a região de Sacramento à Espanha e receberia os Sete Povos das Missões no Rio Grande do Sul, de origem espanhola já que foram os jesuítas espanhóis que catequizaram os índios guaranis.
Mas os jesuítas e índios guaranis, liderados pelo índio Sepé Tiarajú, não aceitaram a devolução das terras, originando a Guerra Guaranítica, onde morreram mais de 30.000 índios. Os que não
morreram foram escravizados. Diante da guerra, Portugal não entregou a colônia de Sacramento aos espanhóis.
No ano de 1761, no Tratado de El Pardo, os Sete Povos continuaria com a Espanha mas já estava em declínio econômico pois estavam sem os jesuítas e os índios guaranis que restavam se empregavam como peões nas fazendas de gado.
Os desentendimentos pelas colônias entre Portugal e Espanha continuaram e em 1763, o governador de Buenos Aires, D. Pedro de Cevallos conquistou Sacramento e invadiu a capitania de São Pedro, atual Rio Grande do Sul, tomando a cidade de Rio Grande até 1776 quando foram expulsos pelas tropas voluntárias gaúchas com auxílio das tropas do reino. Mas em 1777 Cevallos tomou novamente Sacramento e a Ilha de Santa Catarina.
Em 1777 foi assinado o Tratado de Santo Ildefonso onde Portugal ficaria com a Ilha de Santa Catarina, enquanto que a Espanha ficaria com os Sete Povos das Missões e Sacramento.
A desvantagem territorial portuguesa no sul do Brasil manteve os confrontos na região.
Em 1801 foi definitivamente solucionado os confrontos pela terras com a assinatura do Tratado de Badajós entre Portugal e Espanha que daria ao Brasil o atual território, ficando Sacramento com a Espanha e os Sete Povos das Missões com o Brasil.