Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus membros.
Culturas e sociedades fortemente hierarquizadas e com diferenças muito profundas de castas ou de classes podem até mesmo possuir várias morais, cada uma delas referida aos valores de uma casta ou de uma classe social.
No entanto, a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.
Podemos dizer, a partir dos textos de Platão e de Aristóteles, que, no Ocidente, a ética ou filosofia moral inicia-se com Sócrates.
O sujeito Moral e' a obediencia 'as regras que a sociedade criou!
A idéia de autonomia do sujeito moral, que age de acordo com sua consciência sem se submeter a poderes externos, acompanha a ética desde a filosofia antiga
Na filosofia prática de Kant, o sujeito moral é, muitas vezes, apontado por meio do conceito de personalidade.
Pode-se assumir que, segundo Kant, o sujeito moral é o ser racional. Para seres humanos, o sujeito moral pode ser qualificado como um ser racional sensível.
O conceito de personalidade adquire aqui importância crucial.
Seriam então os valores, além de relativos ao lugar e ao tempo, também subjetivos, isto é, dependentes das avaliações de cada indivíduo?
Se cada um pudesse fazer o que bem entendesse, não haveria moral propriamente dita. O sujeito mora tem a intuição dos valore como resultado da intersubjetividade, ou seja, da relação com os outros. Não é o sujeito solitário que se toma moral, pois a moral se funda na solidariedade: é pela descoberta e pelo reconhecimento do outro que cada homem se descobre a si mesmo. Intuir o valor é descobrir aquele que convém à sobrevivência e felicidade do sujeito enquanto pertencente a um grupo.
O que acontece com freqüência é que, em certas épocas, não há condições de se perceber alguns valores -por exemplo, que a escravidão é desprezível -, e outras épocas em que valores fundamentais são esquecidos: na cidade grande, o individualismo exacerbado torna as pessoas menos generosas e mais desconfiadas.
O sujeito moral surge quando, ao responder à pergunta "como devo viver?", o faz com pretensão de validade universal. Ou seja, o sujeito moral não é o eu empírico, individual, egoísta, mas é o eu enquanto capaz de reconhecer o Outro como sendo um Outro-Eu: o Outro é tão importante quanto eu sou.
Ninguém nasce moral, mas torna-se moral. Há uma longa caminhada a ser percorrida para a aprendizagem de descentralização do eu subjetivo, afim de superar o egocentrismo infantil e tornar-se capaz de "con-viver".
Não conheço bem de filosofia, mas acho que o sujeito moral é aquele que, dentro do que considera certo e enquanto ser social, age de maneira a estar condizente com as regras de conduta, culturais e legais da sociedade onde tu vive
E enquanto sujeito moral, tu é uma pessoa que faz o que qualquer sujeito "normal" faz.
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Rystal C,
Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus membros.
Culturas e sociedades fortemente hierarquizadas e com diferenças muito profundas de castas ou de classes podem até mesmo possuir várias morais, cada uma delas referida aos valores de uma casta ou de uma classe social.
No entanto, a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.
Podemos dizer, a partir dos textos de Platão e de Aristóteles, que, no Ocidente, a ética ou filosofia moral inicia-se com Sócrates.
O sujeito Moral e' a obediencia 'as regras que a sociedade criou!
A idéia de autonomia do sujeito moral, que age de acordo com sua consciência sem se submeter a poderes externos, acompanha a ética desde a filosofia antiga
Na filosofia prática de Kant, o sujeito moral é, muitas vezes, apontado por meio do conceito de personalidade.
Pode-se assumir que, segundo Kant, o sujeito moral é o ser racional. Para seres humanos, o sujeito moral pode ser qualificado como um ser racional sensível.
O conceito de personalidade adquire aqui importância crucial.
Um abraço, Helda
aquele que respeita as regras impostas de uma sociedade.
Seriam então os valores, além de relativos ao lugar e ao tempo, também subjetivos, isto é, dependentes das avaliações de cada indivíduo?
Se cada um pudesse fazer o que bem entendesse, não haveria moral propriamente dita. O sujeito mora tem a intuição dos valore como resultado da intersubjetividade, ou seja, da relação com os outros. Não é o sujeito solitário que se toma moral, pois a moral se funda na solidariedade: é pela descoberta e pelo reconhecimento do outro que cada homem se descobre a si mesmo. Intuir o valor é descobrir aquele que convém à sobrevivência e felicidade do sujeito enquanto pertencente a um grupo.
O que acontece com freqüência é que, em certas épocas, não há condições de se perceber alguns valores -por exemplo, que a escravidão é desprezível -, e outras épocas em que valores fundamentais são esquecidos: na cidade grande, o individualismo exacerbado torna as pessoas menos generosas e mais desconfiadas.
O sujeito moral surge quando, ao responder à pergunta "como devo viver?", o faz com pretensão de validade universal. Ou seja, o sujeito moral não é o eu empírico, individual, egoísta, mas é o eu enquanto capaz de reconhecer o Outro como sendo um Outro-Eu: o Outro é tão importante quanto eu sou.
Ninguém nasce moral, mas torna-se moral. Há uma longa caminhada a ser percorrida para a aprendizagem de descentralização do eu subjetivo, afim de superar o egocentrismo infantil e tornar-se capaz de "con-viver".
Não conheço bem de filosofia, mas acho que o sujeito moral é aquele que, dentro do que considera certo e enquanto ser social, age de maneira a estar condizente com as regras de conduta, culturais e legais da sociedade onde tu vive
E enquanto sujeito moral, tu é uma pessoa que faz o que qualquer sujeito "normal" faz.
Aconselho-te a dissertar sobre isso.
sujeito moral e para mim a forma em que o homem se refugia fazendo incumbir normas e leis ornamentais