A África subsariana, uma das últimas regiões do mundo ainda não afetada pelo "Imperialismo Formal" e a "civilização" tornou-se uma região atrativa para as potências europeias por razões econômicas e raciais. Durante uma época onde a balança comercial da Grã-Bretanha mostrava um déficit em seu crescimento, com os mercados continentais se encolhendo e, cada vez mais protecionistas devido a Grande Depressão, entre os anos de 1815/ e 1817 , a África oferecia ao Reino Unido, Alemanha, França, entre outros países, um mercado aberto no qual se aproveitava o grande excedente de produção e um mercado que importa mais da metrópole do que exporta.
Esboço do Canal de Suez realizado em 1881. O Canal era uma das grandes ambições europeias para ampliar seus mercados à nível global.
Devido ao fato de o Reino Unido ter se desenvolvido como a nação mais importante da sociedade pós-industrial, os serviços se transformaram num setor da economia britânica. As exportações financeiras mantinham a economia do Reino Unido em pé, especialmente os investimentos de capital fora da Europa. Particularmente para o desenvolvimento de mercados abertos na África (predominantemente em assentamentos coloniais), Oriente Médio, sul e sudeste da Ásia e Oceania.[2]
Além disso, o capital excedente era em geral mais rentável que investir no exterior, onde a mão-de-obra barata, competência limitada e matérias-primas abundantes desencadearam a grande exploração do continente africano. Outro atrativo para o Imperialismo foi a demanda por recursos não disponíveis e/ou escassos da Europa, - recursos dos quais os consumidores europeus já haviam se acostumados, e, a indústria do Velho Mundo se tornara novamente dependente.
De qualquer maneira, na África - exceto na região da atual União Sul-Africana em 1909 - a quantidade de capital investido pelos europeus eram relativamente baixa, comparado com outros países, antes e mesmo após a Conferência de Berlim. Consequentemente, as companhias envolvidas no comércio tropical africano eram relativamente poucas, à parte da Companhia Mineradora de Beers de Cecil Rhodes. Essas observações podem diminuir o valor dos argumentos pró Imperialistas de alguns Grupos de pressão coloniais como "Alldeutscher Verband", ou como Francesco Crispi ou Jules Ferry, que afirmavam que alguns mercados protegidos na África resolveriam os problemas dos preços baixos e da superprodução, causados pelos mercados continentais em diminuição. Contudo, de acordo com a clássica tese de John A. Hobson, exposta em sua obra Imperialismo de 1902, que influenciaria em autores tais como Lenin, León Trotsky e Hannah Arendt. Esta diminuição nos mercados Continentais foi um fator chave para o novo período Neo Imperialista à nível global. Historiadores posteriores haviam notado que tais estatísticas só anularam o fato de que o controle formal da África tropical tinha grande valor estratégico numa era de rivalidades imperiais, enquanto isso o Canal de Suez havia permanecido como uma localização estratégica. A Febre do ouro de Witwatersrand de 1886, que levou à fundação de Johannesburgo e foi um fator importante na Segunda Guerra dos Bôeres em 1889.,[3] contou com a "conjunção do supérfluo dinheiro e da supérflua mão-de-obra que se deram as mãos entre si para abandonar, juntos, o país", que é por si só, de acordo com Hanna Arendt, o novo elemento da era imperialista.
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A África subsariana, uma das últimas regiões do mundo ainda não afetada pelo "Imperialismo Formal" e a "civilização" tornou-se uma região atrativa para as potências europeias por razões econômicas e raciais. Durante uma época onde a balança comercial da Grã-Bretanha mostrava um déficit em seu crescimento, com os mercados continentais se encolhendo e, cada vez mais protecionistas devido a Grande Depressão, entre os anos de 1815/ e 1817 , a África oferecia ao Reino Unido, Alemanha, França, entre outros países, um mercado aberto no qual se aproveitava o grande excedente de produção e um mercado que importa mais da metrópole do que exporta.
Esboço do Canal de Suez realizado em 1881. O Canal era uma das grandes ambições europeias para ampliar seus mercados à nível global.
Devido ao fato de o Reino Unido ter se desenvolvido como a nação mais importante da sociedade pós-industrial, os serviços se transformaram num setor da economia britânica. As exportações financeiras mantinham a economia do Reino Unido em pé, especialmente os investimentos de capital fora da Europa. Particularmente para o desenvolvimento de mercados abertos na África (predominantemente em assentamentos coloniais), Oriente Médio, sul e sudeste da Ásia e Oceania.[2]
Além disso, o capital excedente era em geral mais rentável que investir no exterior, onde a mão-de-obra barata, competência limitada e matérias-primas abundantes desencadearam a grande exploração do continente africano. Outro atrativo para o Imperialismo foi a demanda por recursos não disponíveis e/ou escassos da Europa, - recursos dos quais os consumidores europeus já haviam se acostumados, e, a indústria do Velho Mundo se tornara novamente dependente.
De qualquer maneira, na África - exceto na região da atual União Sul-Africana em 1909 - a quantidade de capital investido pelos europeus eram relativamente baixa, comparado com outros países, antes e mesmo após a Conferência de Berlim. Consequentemente, as companhias envolvidas no comércio tropical africano eram relativamente poucas, à parte da Companhia Mineradora de Beers de Cecil Rhodes. Essas observações podem diminuir o valor dos argumentos pró Imperialistas de alguns Grupos de pressão coloniais como "Alldeutscher Verband", ou como Francesco Crispi ou Jules Ferry, que afirmavam que alguns mercados protegidos na África resolveriam os problemas dos preços baixos e da superprodução, causados pelos mercados continentais em diminuição. Contudo, de acordo com a clássica tese de John A. Hobson, exposta em sua obra Imperialismo de 1902, que influenciaria em autores tais como Lenin, León Trotsky e Hannah Arendt. Esta diminuição nos mercados Continentais foi um fator chave para o novo período Neo Imperialista à nível global. Historiadores posteriores haviam notado que tais estatísticas só anularam o fato de que o controle formal da África tropical tinha grande valor estratégico numa era de rivalidades imperiais, enquanto isso o Canal de Suez havia permanecido como uma localização estratégica. A Febre do ouro de Witwatersrand de 1886, que levou à fundação de Johannesburgo e foi um fator importante na Segunda Guerra dos Bôeres em 1889.,[3] contou com a "conjunção do supérfluo dinheiro e da supérflua mão-de-obra que se deram as mãos entre si para abandonar, juntos, o país", que é por si só, de acordo com Hanna Arendt, o novo elemento da era imperialista.
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