Dedo na ferida que dói... Engana, cura ou sara?

Quem sou eu e quem é o outro?

Até que ponto eu vejo o outro como outra pessoa, até que ponto perco a objetividade e o vejo como um espelho de mim?

Todos nós tendemos a projetar coisas de nossas almas sobre as outras pessoas, em maior ou menor grau, e em alguns momentos específicos, quando o melhor seria avaliar se aquilo que tanto criticamos ou elogiamos no próximo está realmente no outro ou se é algo nosso que se encontra projetado. Este pode ser um maravilhoso momento de complementaridade, em que surge alguém com as peças que faltavam para montarmos um quebra-cabeças, mas pode também ser um momento de confronto, em que dolorosamente alguém nos enfia o dedo na ferida.

Update:

Obs: o correto é "Engana, cura ou piora"

Comments

  • Olá!

    Dedo na ferida que dói...

    O dedo alheio tocando nossa ferida, causara dor, o nosso dedo tocando a ferida alheia, infringirá dor.

    Há toques que são curativos, há os que são perversos e há os que são especulativos e exploradores.

    Falta alteridade para sentir a dor do outro em nós, falta sincronicidade para sentir a dor do outro em nós e falta reciprocidade para sentir similarmente a dor do outro.

    Não sei quem é você, mas isso não surpreende, não sei quem sou.

    Passamos nossa existência tentando descobrir quem somos e quem os outro são.

    Interação e o caminho que leva a saber até que ponto eu vejo o outro como outra pessoa e até que ponto perco a objetividade e vejo um espelho de mim. Poucos trilham o caminho da interação e vencem o medo da angustia gerada pela possível frustração, a maioria fica acuada se protegendo da agressão.

    Somos um imenso quebra cabeça e fazemos com que o outro seja para nós, uma peça que sirva para preencher o nosso vazio. Caso ele se preste para isso, será mentido, caso contrário será descartado e nova procura se inicia. Avaliamos prontamente se o outro serva aos nossos desejos, necessidades ou interesses, mas pela ausência do sentimento de alteridade, reciprocidade e sincronicidade, nunca nos preocupamos em saber se servimos aos interesses alheios, este seria um maravilhoso momento de complementaridade, mas inexiste vínculo afetivo que de lastro ao sentimento.

    Complementariedade não é sinônimo de sobreposição, toda aproximação para sobreposição esmaga, achata e fere mais ainda a ferida alheia, mas como saber sem fazer...? Só a prática das condutas levam ao aprimoramento em assertividade.

    Ótima semana amiga!

    Até...

  • Diz a terapia Do in: dedo na ferida que dói, cura!!....Só o conhecimento pode nos trazer o equilíbrio necessário, enquanto ele não chega, duvidamos!!...mas a dúvida para o sensato, é o grande começo.

  • Olá,

    Há várias perguntas e conceitos no seu texto.

    À primeira frase/pergunta seria preciso saber QUEM É QUE COLOCA O DEDO NA FERIDA.

    Se o enfermeiro ou médico que nos socorre, ou um agressor.

    É impossível, no estágio de auto-percepção que vivenciamos, a abstração da projeção de nós mesmos nos outros. Porque sempre buscamos no outro o nosso complemento (a peça que falta).

    Como acontece na montagem precipitada ou desastrada de um quebra-cabeças, para usar sua analogia, forçamos o encaixe de peças erradas ou imprecisas e, ou as danificamos, ou danificamos o conjunto.

    Em termos de relacionamento humano, a busca deve ser pela sintonia e harmonia dos tons e semitons; das frequências vibratórias de ser e agir. Não é fácil, mas é possível.

    Umas ferramentas para isso chamam-se Renúncia, Tolerância e Compaixão encontradas na oficina do Amor.

    O problema é que poucos sabem seu endereço e ela muda muito de lugar durante a vida.

    Abraços.

    Até mais.

  • A dor nunca engana ou cura, é sempre um sinal de que há algo de errado. Colocar o dedo pode piorar ou fazer com que não esqueçamos da necessidade de tratar esse ferimento.

    Abraços.

  • Desse ponto de vista seu entra esses 3 conceitos

    Sara... Pois analisando o que foi dito:

    " Todos nós tendemos a projetar coisas de nossas almas sobre as outras pessoas, em maior ou menor grau " Isso é um incentivo para melhorar.

    E mesmo sarando nessa parte:

    "mas pode também ser um momento de confronto, em que dolorosamente alguém nos enfia o dedo na ferida.mas pode também ser um momento de confronto, em que dolorosamente alguém nos enfia o dedo na ferida." Cura-se por completo.

    E engana quando:

    "e em alguns momentos específicos, quando o melhor seria avaliar se aquilo que tanto criticamos ou elogiamos no próximo está realmente no outro ou se é algo nosso que se encontra projetado. Este pode ser um maravilhoso momento de complementaridade, em que surge alguém com as peças que faltavam para montarmos um quebra-cabeças"

  • Se doeu é porque tem tudo para curar, no meu caso...

    É sim uma boa oportunidade para os famosos "mea culpa", "baixar a bolinha", "descer do pedestal", "deixar de ser a perseguidinha"..."deixar de ser a injustiçada"..etc..etc..

    Beijocas.

  • penso que provoca!!!

  • Essa ferida vai nos passar uma sensação diferente de dor à medida que esperamos demais de outros em relação a nós mesmos....... a ferida está ali para nos mostrar o quanto podemos ser frágeis, vulneráveis, o quanto podemos nos machucar a partir do momento que não cuidamos de nós mesmos...... esperar, depositar, entender que os outros podem amenizar uma dor em nós, toda vez que nos machucamos, nos tira a sensação de liberdade e o senso de direção quanto à nós mesmos, quanto às nossas capacidades de lidar com a situação....... e isso é algo perigoso, danoso ao nosso ser........

  • "querer sentir a dor não é uma loucura

    Fugir da dor é fugir da própria cura..."

    Titãs

    Quando lembramos que dói, logo nos preparamos para receber a cura, seja através de uma postura mental ou por procedimento médico. Estamos em provas e tastes e o que engana, pode piorar, mas no final sempre cura.

  • Não podemos projetar no outra a nossa ferida, pois pelas expectativas e ansiedade nos mesmos criamos a ferida nos machucamos o "dedo"alheio só serve para mostrar que estamos no caminho errado.

    Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.

    Hoje sei que isso é...Autenticidade Charles Chaplin

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