Yuri Orlov (Nicolas Cage) é um traficante de armas que realiza negócios nos mais variados locais do planeta. Estando constantemente em perigosas zonas de guerra, Yuri tenta sempre se manter um passo a frente de Jack Valentine (Ethan Hawke), um agente da Interpol, e também de seus concorrentes e até mesmo clientes, entre os quais estão alguns dos mais famosos ditadores do planeta.
Algumas pesquisas
O filme conta a história de um descendete de Ucranianos, que vivia nos EUA e que nunca consegiu fazer algum trabalho bem feito na vida. Até que um dia ele começa a vender armas contrabandeadas no mercado negro.
Descobre então que faz o trabalho tão bem, que vai "subindo na vida" vendendo armas para todo mundo que quiser comprar, traficantes colombianos, ditadores africanos, guerrilheiros afegãos e consegue até vender armas para os dois lados de guerras.
Com a desintegração da URSS e através de seu tio, miltar de alto escalão do exército da Ucrânia, recém separada da URSS e sem governo, começa a roubar e vender o arsenal do país antes que todos os outros vendedores internacionais de armas, consigam fazê-lo. Nas palavras dele mesmo, "Foi o maior assalto da história mundial". Algo em torno de dezenas de bilhões de dólares. Isto foi feito debaixo do nariz dos países do mundo e com a omissão de todos os serviços secretos das potências, até porque eles não poderiam permitir que estas armas pudessem parar nos seus próprios países, ou nas mãos de seus inimigos.
Então as armas, a maioria delas talvez, foi equipar exércitos (até de crianças) de ditadores africanos pagos com diamantes roubados do povo africano. Por causa disso, na década de 90, a África teve provavelmente, um dos piores períodos de sua história, pois milhões de pessoas morreram. Só em Ruanda, morreram mais de 1 milhão de pessoas.
Acabou sendo preso por um agente incorruptível da INTERPOL que já estava há anos caçando-o, mas que sempre conseguia escapar através de fraudes. Por causa disso, sua mulher o deixou. Antes ele já havia perdido seu irmão, quando morreu tentando defender um grupo de pessoas que seriam assassinadas com as armas que eles mesmos estavam vendendo na ocasião.
O filme termina com uma conversa entre ele e o policial da INTERPOL, em que ele cinicamente diz para o policial comemorar enquanto estava na sala de interrogatórios com ele, porque depois que o policial a deixasse, encotraria um oficial superior no corredor de fora , e ele agradeceria o bom trabalho de investigação do policial, mas em seguida ele iria dizer que tinha "ordens superiores" para soltar o preso.
O policial ri duvidando do que acabara de ouvir. Mas o vendedor de armas explica mostrando um jornal a ele, que o maior vendedor de armas do mundo (EUA), jamais permitiria que o cara que vendia as armas deles (EUA) por baixo do pano, para países que não poderiam comprar armas dos EUA oficialmente, ficasse preso. E de fato, é o que acontece.
Um dos melhores e mais criativos filmes de 2005, O Senhor das Armas é, desde a sua seqüência inicial, brilhante! Afinal, qual a melhor forma de expor o risco que representa uma arma de fogo a todos nós do que mostrando para que ela foi criada? A diferença é que o relativamente desconhecido diretor, Andrew Niccol (S1m0ne e Gattaca - A Experiência Genética), valendo-se de uma ousadia raramente vista na história do cinema americano contemporâneo, opta por contar, durante os créditos iniciais do longa, uma pequena estória dentro da estória principal. A sua câmera acompanha a trajetória de uma única bala, desde a sua cuidadosa confecção em uma fábrica, seu manuseio, comércio e sucessivos transportes até seu depósito e uso em uma metralhadora numa das constantes guerras civis africanas, quando atinge acidentalmente a cabeça de uma criança que estava próxima e nada tinha a ver com o conflito.
Senhor das Armas
O Senhor das Armas surpreendeu público e crítica no ano passado quando esteve melhor do que nunca contextualizada pelo referendo das armas de fogo no Brasil. Com o seu recente lançamento em DVD, eis a oportunidade que faltava para conferir este filme que é tão chocante e explosivo quanto o assunto do qual trata.
Yuri Orlov (Nicolas Cage) é filho de imigrantes ucranianos e que, ainda criança, vai para os Estados Unidos. Seduzido desde sempre pelo american way of life, ao ambicioso Orlov não resta alternativa senão ascender economicamente à margem da sociedade seguindo uma vocação que lhe parece natural: o contrabando de armas. Sua impressionante carreira como homem de negócios amoral que desconhece princípios e ideais lhe permite ter tudo o que sempre sonhou: a admiração do irmão mais novo (Jared Leto, de Alexandre e Clube da Luta) e o amor da mulher por quem sempre foi apaixonado (a belíssima Bridget Moynahan), mas também a implacável perseguição do agente da Interpol Jack Valentine (Ethan Hawke, de Assalto a 13a. DP e Dia de Treinamento, além de Gattaca).
Senhor das Armas
Orlov é narrador de sua própria história, jamais manifestando remorso ou consciência durante uma transação. Seus comentários são ácidos e ferinos, jamais poupando as instituições políticas e sociais, como se tentasse minimizar a si mesmo e a sua consciência o que faz de errado. Para ele, aliás, nada do que faz é imoral ou errado e, ao falar sobre o porque de não mais negociar com Bin Laden, por exemplo, Orlov dispara: "nunca se deu devido a questões morais; os cheques deles simplesmente retornavam". O cinismo dos seus comentários e o seu caráter um tanto niilista casam perfeitamente com as músicas da trilha sonora escolhida a dedo para ilustrar com ironia as mais diversas passagens de sua carreira e vida pessoal.
Com O Senhor das Armas, Niccol tenciona ser chocante, engajado. Não faltam referencias a recente história contemporânea, quando as armas parecem ter adquirido o estatuto de divindades e são tão comuns em nossas vidas (com os cada vez mais violentos jogos de videogames e filmes, por exemplo) quanto o são para os cada vez mais jovens soldados africanos (muitos deles, crianças que mal tem forças de carregar as metralhadoras que portam).
Senhor das Armas
As suas personagens são porta-vozes do seu discurso, que não economiza críticas a nada, muito menos aos supostos motivos alegados para a realização da desastrosa invasão ao Iraque recentemente. Valentine é incisivo: "Falam de armas de destruição de massa, mas as verdadeiras armas que matam, que mais ceifam vidas, não são mísseis ou bombas de hidrogênio. São as pequenas armas, de fácil manuseio por qualquer pessoa: pistolas e metralhadoras". Mais tarde, Orlov complementa um discurso bem dirigido a administração de George Bush: "Sou um mal necessário. Chamam-me de contrabandista, mas sou apenas um pequeno comerciante perto do maior comerciante de armas do mundo, o exército dos Estados Unidos da América. Em um ano, vendo menos armas do que ele produz em apenas um dia".
Politicamente engajado, embora amoralmente narrado: sobre esta aparente contradição, é que O Senhor das Armas se constrói como um dos mais contundentes discursos contra a administração belicista norte americana e como uma das mais gratas surpresas do seu cinema nos últimos anos. A criatividade de sua montagem só encontra páreo na acidez do seu discurso. Definitivamente, um filme não apenas para quem acredita em um "cinema politizado", mas quem aprecia, acima de tudo, o "bom cinema".
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Sinopse
Yuri Orlov (Nicolas Cage) é um traficante de armas que realiza negócios nos mais variados locais do planeta. Estando constantemente em perigosas zonas de guerra, Yuri tenta sempre se manter um passo a frente de Jack Valentine (Ethan Hawke), um agente da Interpol, e também de seus concorrentes e até mesmo clientes, entre os quais estão alguns dos mais famosos ditadores do planeta.
Algumas pesquisas
O filme conta a história de um descendete de Ucranianos, que vivia nos EUA e que nunca consegiu fazer algum trabalho bem feito na vida. Até que um dia ele começa a vender armas contrabandeadas no mercado negro.
Descobre então que faz o trabalho tão bem, que vai "subindo na vida" vendendo armas para todo mundo que quiser comprar, traficantes colombianos, ditadores africanos, guerrilheiros afegãos e consegue até vender armas para os dois lados de guerras.
Com a desintegração da URSS e através de seu tio, miltar de alto escalão do exército da Ucrânia, recém separada da URSS e sem governo, começa a roubar e vender o arsenal do país antes que todos os outros vendedores internacionais de armas, consigam fazê-lo. Nas palavras dele mesmo, "Foi o maior assalto da história mundial". Algo em torno de dezenas de bilhões de dólares. Isto foi feito debaixo do nariz dos países do mundo e com a omissão de todos os serviços secretos das potências, até porque eles não poderiam permitir que estas armas pudessem parar nos seus próprios países, ou nas mãos de seus inimigos.
Então as armas, a maioria delas talvez, foi equipar exércitos (até de crianças) de ditadores africanos pagos com diamantes roubados do povo africano. Por causa disso, na década de 90, a África teve provavelmente, um dos piores períodos de sua história, pois milhões de pessoas morreram. Só em Ruanda, morreram mais de 1 milhão de pessoas.
Acabou sendo preso por um agente incorruptível da INTERPOL que já estava há anos caçando-o, mas que sempre conseguia escapar através de fraudes. Por causa disso, sua mulher o deixou. Antes ele já havia perdido seu irmão, quando morreu tentando defender um grupo de pessoas que seriam assassinadas com as armas que eles mesmos estavam vendendo na ocasião.
O filme termina com uma conversa entre ele e o policial da INTERPOL, em que ele cinicamente diz para o policial comemorar enquanto estava na sala de interrogatórios com ele, porque depois que o policial a deixasse, encotraria um oficial superior no corredor de fora , e ele agradeceria o bom trabalho de investigação do policial, mas em seguida ele iria dizer que tinha "ordens superiores" para soltar o preso.
O policial ri duvidando do que acabara de ouvir. Mas o vendedor de armas explica mostrando um jornal a ele, que o maior vendedor de armas do mundo (EUA), jamais permitiria que o cara que vendia as armas deles (EUA) por baixo do pano, para países que não poderiam comprar armas dos EUA oficialmente, ficasse preso. E de fato, é o que acontece.
Me ajuda fazer um resumo do filme falando sobre a influência do termo negociação e atendimento ?? Me ajudeeem!
Um dos melhores e mais criativos filmes de 2005, O Senhor das Armas é, desde a sua seqüência inicial, brilhante! Afinal, qual a melhor forma de expor o risco que representa uma arma de fogo a todos nós do que mostrando para que ela foi criada? A diferença é que o relativamente desconhecido diretor, Andrew Niccol (S1m0ne e Gattaca - A Experiência Genética), valendo-se de uma ousadia raramente vista na história do cinema americano contemporâneo, opta por contar, durante os créditos iniciais do longa, uma pequena estória dentro da estória principal. A sua câmera acompanha a trajetória de uma única bala, desde a sua cuidadosa confecção em uma fábrica, seu manuseio, comércio e sucessivos transportes até seu depósito e uso em uma metralhadora numa das constantes guerras civis africanas, quando atinge acidentalmente a cabeça de uma criança que estava próxima e nada tinha a ver com o conflito.
Senhor das Armas
O Senhor das Armas surpreendeu público e crítica no ano passado quando esteve melhor do que nunca contextualizada pelo referendo das armas de fogo no Brasil. Com o seu recente lançamento em DVD, eis a oportunidade que faltava para conferir este filme que é tão chocante e explosivo quanto o assunto do qual trata.
Yuri Orlov (Nicolas Cage) é filho de imigrantes ucranianos e que, ainda criança, vai para os Estados Unidos. Seduzido desde sempre pelo american way of life, ao ambicioso Orlov não resta alternativa senão ascender economicamente à margem da sociedade seguindo uma vocação que lhe parece natural: o contrabando de armas. Sua impressionante carreira como homem de negócios amoral que desconhece princípios e ideais lhe permite ter tudo o que sempre sonhou: a admiração do irmão mais novo (Jared Leto, de Alexandre e Clube da Luta) e o amor da mulher por quem sempre foi apaixonado (a belíssima Bridget Moynahan), mas também a implacável perseguição do agente da Interpol Jack Valentine (Ethan Hawke, de Assalto a 13a. DP e Dia de Treinamento, além de Gattaca).
Senhor das Armas
Orlov é narrador de sua própria história, jamais manifestando remorso ou consciência durante uma transação. Seus comentários são ácidos e ferinos, jamais poupando as instituições políticas e sociais, como se tentasse minimizar a si mesmo e a sua consciência o que faz de errado. Para ele, aliás, nada do que faz é imoral ou errado e, ao falar sobre o porque de não mais negociar com Bin Laden, por exemplo, Orlov dispara: "nunca se deu devido a questões morais; os cheques deles simplesmente retornavam". O cinismo dos seus comentários e o seu caráter um tanto niilista casam perfeitamente com as músicas da trilha sonora escolhida a dedo para ilustrar com ironia as mais diversas passagens de sua carreira e vida pessoal.
Com O Senhor das Armas, Niccol tenciona ser chocante, engajado. Não faltam referencias a recente história contemporânea, quando as armas parecem ter adquirido o estatuto de divindades e são tão comuns em nossas vidas (com os cada vez mais violentos jogos de videogames e filmes, por exemplo) quanto o são para os cada vez mais jovens soldados africanos (muitos deles, crianças que mal tem forças de carregar as metralhadoras que portam).
Senhor das Armas
As suas personagens são porta-vozes do seu discurso, que não economiza críticas a nada, muito menos aos supostos motivos alegados para a realização da desastrosa invasão ao Iraque recentemente. Valentine é incisivo: "Falam de armas de destruição de massa, mas as verdadeiras armas que matam, que mais ceifam vidas, não são mísseis ou bombas de hidrogênio. São as pequenas armas, de fácil manuseio por qualquer pessoa: pistolas e metralhadoras". Mais tarde, Orlov complementa um discurso bem dirigido a administração de George Bush: "Sou um mal necessário. Chamam-me de contrabandista, mas sou apenas um pequeno comerciante perto do maior comerciante de armas do mundo, o exército dos Estados Unidos da América. Em um ano, vendo menos armas do que ele produz em apenas um dia".
Politicamente engajado, embora amoralmente narrado: sobre esta aparente contradição, é que O Senhor das Armas se constrói como um dos mais contundentes discursos contra a administração belicista norte americana e como uma das mais gratas surpresas do seu cinema nos últimos anos. A criatividade de sua montagem só encontra páreo na acidez do seu discurso. Definitivamente, um filme não apenas para quem acredita em um "cinema politizado", mas quem aprecia, acima de tudo, o "bom cinema".