O ser humano marcadamente tem uma ética antropocêntrica. Ou seja, tudo gira em torno de seus próprios direitos e deveres. O Homem sempre se entendeu o centro do universo, portanto todos as éticas existentes até agora tinham os seguintes princípios:
1)A condição humana, resultante da natureza do homem e das coisas, permanece no fundamental fixa de uma vez para sempre;
2) sobre essa base é possível determinar com clareza e sem dificuldades o bem humano;
3) o alcance da ação humana e da responsabilidade humana está estritamente delimitado
As premissas acima citadas já não são mais válidas e o que isto significa para nossa moral, visto que, uma mudança das ações humanas implica numa mudança de ética. Conceber uma nova ética que não inclua o meio ambiente como digno de direitos e deveres é continuar trilhando nos mesmos caminhos cartesianos que até agora trilhamos.
No poema da Antígona de Sófocles há descrição da violenta e violadora invasão do homem no cosmos e nos diversos campos da natureza. Porém, também diz que o homem com seu sentimento, sua linguagem e seu pensamento constrói uma morada para si próprio: a cidade.
A profanação da natureza e a civilização de si mesmo vão juntas. Ambas se rebelam contra os elementos. A primeira, porquanto ousa penetrar neles e violentar suas criaturas; a segunda, por quanto no refúgio da cidade e suas leis erige um enclave contra eles. O homem é o criador de sua vida como vida humana. Submete as circunstâncias à sua vontade e necessidades e, exceto ante a morte, nunca se encontra inerme
O homem é pequeno comparado aos elementos e isto é que preocupa quando investe contra eles. Em seu conceito de "progresso sem limites", desfazia dos poderes dos elementos naturais, como se estes, em nada ameaçassem o ser humano. Com uma teoria técnico-científica de dominação acreditava que tudo poderia ser controlado racionalmente. Tudo o que o homem fazia com o ar, com a terra e com o mar parecia desprovido de maldade e superficial.
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O ser humano marcadamente tem uma ética antropocêntrica. Ou seja, tudo gira em torno de seus próprios direitos e deveres. O Homem sempre se entendeu o centro do universo, portanto todos as éticas existentes até agora tinham os seguintes princípios:
1)A condição humana, resultante da natureza do homem e das coisas, permanece no fundamental fixa de uma vez para sempre;
2) sobre essa base é possível determinar com clareza e sem dificuldades o bem humano;
3) o alcance da ação humana e da responsabilidade humana está estritamente delimitado
As premissas acima citadas já não são mais válidas e o que isto significa para nossa moral, visto que, uma mudança das ações humanas implica numa mudança de ética. Conceber uma nova ética que não inclua o meio ambiente como digno de direitos e deveres é continuar trilhando nos mesmos caminhos cartesianos que até agora trilhamos.
No poema da Antígona de Sófocles há descrição da violenta e violadora invasão do homem no cosmos e nos diversos campos da natureza. Porém, também diz que o homem com seu sentimento, sua linguagem e seu pensamento constrói uma morada para si próprio: a cidade.
A profanação da natureza e a civilização de si mesmo vão juntas. Ambas se rebelam contra os elementos. A primeira, porquanto ousa penetrar neles e violentar suas criaturas; a segunda, por quanto no refúgio da cidade e suas leis erige um enclave contra eles. O homem é o criador de sua vida como vida humana. Submete as circunstâncias à sua vontade e necessidades e, exceto ante a morte, nunca se encontra inerme
O homem é pequeno comparado aos elementos e isto é que preocupa quando investe contra eles. Em seu conceito de "progresso sem limites", desfazia dos poderes dos elementos naturais, como se estes, em nada ameaçassem o ser humano. Com uma teoria técnico-científica de dominação acreditava que tudo poderia ser controlado racionalmente. Tudo o que o homem fazia com o ar, com a terra e com o mar parecia desprovido de maldade e superficial.