afinal o q vem a ser silepse??

desde ja agradeço

Comments

  • Olá, Ana !

    Ao estudar " Concordância Verbal " com todas suas regras e exceções, deparamos com um tópico referente à " Concordância Irregular ou Figurada ".Este tipo de concordância é a que se faz com a idéia subentendida , e não com aquilo que está escrito. Conhecida também como " Silepse ", pode ser de três tipos:

    --de " GÊNERO ":--

    ----------Vossa Excelência está ENGANADO.

    -Usamos o adjetivo ( enganado ) no masculino porque se faz a concordância com aquilo que se tem em mente( pessoa do sexo masculino ) e, não propriamente com " Vossa Excelência ", termo que ali está expresso.

    --de NÚMERO:-

    --------------A maioria dos homens não GOSTARAM da festa.

    --O verbo ( gostaram ) deveria figurar no singular, concordando com " a maioria ", mas concorda com seu complemento, por silepse.

    -------------Fomos muito APLAUDIDO pela crítica.

    --O adjetivo ( aplaudido ) que deveria estar no plural, figura no singular porque, em verdade, se trata de uma só pessoa e não de duas ou mais, embora o verbo se encontre no plural ; tal plural recebe o nome de PLURAL de MODÉSTIA.

    -- de PESSOA :-

    -------------Os brasileiros GOSTAMOS muito de futebol.

    --Na silepse de pessoa, a pessoa que fala também participa do processo verbal, daí o verbo na 1a. pessoa do plural .

    Construção normal da frase acima: --Os brasileiros gostam de futebol.

  • sf.

      1 Gram. Figura de linguagem em que as regras tradicionais da concordância sintática são contrariadas, usando-se em seu lugar a concordância de acordo com o sentido mais próximo, como na frase Vossa Excelência está enganado (com ref. a um homem), ou na afirmação 'a maioria dos garotos fugiram', ou ainda em 'Os três ali presentes a amávamos'.

      2 Ret. Emprego de uma palavra no sentido próprio e no figurado simultaneamente (p.ex., ele é fraco de corpo e de caráter).

    [F.: Do lat. tar. syllepsis.]

  • silepse- concordância com a idéia e não com a palavra expressa.

    O plural majestático é um caso particular da silepse de número e é especialmente utilizado em panfletos de cariz político e doutrinário: uma pessoa, singular, passa a utilizar o "nós" para dar a sensação de que já existe um grupo de pessoas a partilhar essas ideias; por outro lado, pode servir para atenuar o protagonismo de alguém que não se quer destacar demasiado usando o "eu" - por exemplo num relatório. Por vezes, utiliza-se a terceira pessoa do singular para assumir as ações do próprio autor do relatório, como acontece em "Guerra das Gálias" (Bellum Gallicum), de Júlio César, em que o próprio nunca se refere a si mesmo na primeira pessoa, mas na terceira, o que pode ser lido como uma forma de procurar a objetividade.

    Exemplos:

    a) Silepse de gênero.

    Exs.:"Está uma pessoa servindo missa, meia hora o cansa." (Pe. Manuel Bernardes)

    Mas você, João, é mesmo um lesma.

    Moramos na agitada São Paulo.

    O gigantesco Madeira percorre a floresta amazônica.

    Vossa Alteza parece fatigado.

    Caça não é permitido nesta época do ano.

    b) Silepse de número

    Exs.:"Antes sejamos breve que prolixo." (João de Barros)

    "Esta gente está furiosa e com medo; por conseqüência, capazes de

    tudo." (Garret)

    "Povoaram os degraus muita gente de sorte."(C. Castelo Branco)

    "Gande parte, porém, dos membros daquela assembléia estavam longe

    destas idéias" (Herculano)

    c) Silepse de pessoa

    Exs.:"Os portugueses somos do Ocidente..." (Camões)

    Os dois íamos andando distraídos.

    "Todos os filhos de Adão padecemos nossas mutilações e fealdades." (Vieira)

    "Uns esperando andais noturnas horas, outros subis telhados e

    paredes."(Pe. Manuel Bernardes)

    Ambos deveis saber que as leis o proíbem.

    "Os quatro que escapamos nos lançamos ao mar." (Fernão Mendes *****)

    Obs: desgastada pelo uso, a silepse não representa recurso expressivo da língua portuguesa, pelo menos no Brasil.

    Bjinhux

  • silepse- concordância com a idéia e não com a palavra expressa.

    O plural majestático é um caso particular da silepse de número e é especialmente utilizado em panfletos de cariz político e doutrinário: uma pessoa, singular, passa a utilizar o "nós" para dar a sensação de que já existe um grupo de pessoas a partilhar essas ideias; por outro lado, pode servir para atenuar o protagonismo de alguém que não se quer destacar demasiado usando o "eu" - por exemplo num relatório. Por vezes, utiliza-se a terceira pessoa do singular para assumir as ações do próprio autor do relatório, como acontece em "Guerra das Gálias" (Bellum Gallicum), de Júlio César, em que o próprio nunca se refere a si mesmo na primeira pessoa, mas na terceira, o que pode ser lido como uma forma de procurar a objetividade.

    Exemplos:

    a) Silepse de gênero.

    Exs.:"Está uma pessoa servindo missa, meia hora o cansa." (Pe. Manuel Bernardes)

    Mas você, João, é mesmo um lesma.

    Moramos na agitada São Paulo.

    O gigantesco Madeira percorre a floresta amazônica.

    Vossa Alteza parece fatigado.

    Caça não é permitido nesta época do ano.

    b) Silepse de número

    Exs.:"Antes sejamos breve que prolixo." (João de Barros)

    "Esta gente está furiosa e com medo; por conseqüência, capazes de

    tudo." (Garret)

    "Povoaram os degraus muita gente de sorte."(C. Castelo Branco)

    "Gande parte, porém, dos membros daquela assembléia estavam longe

    destas idéias" (Herculano)

    c) Silepse de pessoa

    Exs.:"Os portugueses somos do Ocidente..." (Camões)

    Os dois íamos andando distraídos.

    "Todos os filhos de Adão padecemos nossas mutilações e fealdades." (Vieira)

    "Uns esperando andais noturnas horas, outros subis telhados e

    paredes."(Pe. Manuel Bernardes)

    Ambos deveis saber que as leis o proíbem.

    "Os quatro que escapamos nos lançamos ao mar." (Fernão Mendes *****)

    Obs: desgastada pelo uso, a silepse não representa recurso expressivo da língua portuguesa, pelo menos no Brasil.

    espero ter ajudado..............

  • O plural majestático é um caso particular da silepse de número e é especialmente utilizado em panfletos de cariz político e doutrinário: uma pessoa, singular, passa a utilizar o "nós" para dar a sensação de que já existe um grupo de pessoas a partilhar essas ideias; por outro lado, pode servir para atenuar o protagonismo de alguém que não se quer destacar demasiado usando o "eu" - por exemplo num relatório.

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