Alguém pode me mandar o Histórico da atividade agrária no Brasil?

Não pode ser na época da colonização nem

dos dias atuais.. Minhas amigas me deram

esse tema como trabalho

pra entregar manuscrito amanhã!! Já procurei

na net e não achei nada.. Pelo amor de Deus

gente me ajuudaa! Professores de Geografia, Pleasee!

Passem a resposta por aki mesmo

ou mandem o link de algum site que tenha

isso.. A melhor resposta ganha os 10 pontinhos.. hahaha

Desde já obrigada :)

Comments

  • Carol, se não pode ser da época da colonização nem dos dias atuais, então não se trata de um histórico, mas de um momento pontual na história.

    Este texto tem o ciclo completo e você pode selecionar somenta a parte referente ao período que vc precisa. Embaixo tem a fonte, para maiores detalhes que possa precisar:

    Segundo Graziano da Silva, (1998) que realiza análise histórica da evolução da agricultura no Brasil, a mesma pode ser dividida, grosso modo, em três fases:

    1 - aquela em que prevaleceu o modelo de complexo rural (até 1850);

    2 - período de desarticulação deste complexo (1850-1945) quando surgiu o complexo cafeeiro, e

    3 - a do aparecimento do modelo de Complexo Agroindustrial (após 1945).

    Na primeira fase (até 1850), chamada por aquele autor de complexo rural, prevalecia o modelo de agricultura monocultora exportadora onde a dinâmica era determinada pelas flutuações do comércio exterior. Nesta fase em que a urbanização era incipiente e a maioria da população vivia no meio rural, as propriedades rurais estruturavam-se em núcleos auto-suficientes onde se produziam os bens de consumo para a população que nelas habitava, tais como móveis, roupas, habitações, gêneros alimentícios, equipamentos de uso na produção agropecuária, etc..Sérgio Buarque de Holanda afirma que:

    “ engenho constituía um organismo completo e que, tanto quanto possível, se bastava a si mesmo. Tinha capela onde rezavam as missas. Tinha escola de primeiras letras, onde o padre-mestre desasnava meninos A alimentação diária

    dos moradores, e aquela com que recebiam os hóspedes, freqüentemente agasalhados, procedia das plantações, das criações, da caça, da pesca proporcionadas no próprio lugar. Também no lugar montavam-se as serrarias, de onde saíam acabados o mobiliário, os apetrechos de engenho. Além da madeira das casas (HOLANDA, 1995, p.80).”

    Novamente Graziano da Silva (id), analisando o início da desarticulação do complexo rural, afirma que este começa a ocorrer a partir de 1850 com a proibição do tráfico negreiro e a implantação da Lei de Terras do Brasil. Esta proibição constituiu-se um duro golpe na estrutura da sociedade colonial, latifundiária, e escravocrata.

    O golpe decisivo contra esta estrutura viria em 1888, com a abolição da escravatura, ocorrendo uma ruptura deste modelo, tendo início a transição para o trabalho livre e todas as implicações sócio-econômicas que este representava. O fenômeno da socialização das despesas e privatização dos lucros tem sido uma constante em nossa história.

    No processo da abolição da escravatura, a influência e poder do qual gozavam os fazendeiros escravocratas, fez com que fossem indenizados pelos prejuízos com a libertação de seus cativos, “impondo ao conjunto do país uma socialização perversa dos prejuízos que os escravocratas alegavam com a abolição” (Linhares, id).

    O café era o principal produto de nossa economia que era, à época, essencialmente agrária e exportadora e baseada na mão-de-obra escrava.

    A partir de 1870, já se pode encontrar no oeste paulista um novo regime de trabalho, o colonato, baseado na mão-de-obra de imigrantes, que não era monocultor nem tampouco latifundiário e denominado por Cano (1977) apud Graziano da Silva (1998) de complexo cafeeiro. O colono era um trabalhador assalariado temporário. No período 1850/90 além da gradativa substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre, começam a surgir algumas atividades independentes do complexo cafeeiro onde atuam pequenos produtores de alimentos e pequenas industrias rurais como a de aguardente, que visam abastecer vilas e cidades que se formavam. Cresce a produção de algodão num processo de articulação e parceria com a nova e pujante indústria têxtil.

    Nos cinqüenta anos seguintes: 1890/1930 surgem e desenvolvem-se nas cidades, indústrias rudimentares de máquinas e equipamentos agrícolas, bem como oficinas de reparo e manutenção para as mesmas e surgem as primeiras agroindústrias de óleos vegetais, açúcar e álcool. Ocorre neste período a consolidação da indústria têxtil que assume a posição de principal indústria do país.

    No período 1930/1960 ocorre um processo de integração dos mercados nacionais de produção de alimentos, matérias primas e mercado de trabalho, viabilizada pela implantação de uma rede de transportes (especialmente rodoviário), que cria as condições necessárias para a partir de 1950 desencadear o início da indústria de base ou indústria pesada.

    É interessante notar que foi o café que financiou este processo, que na análise de Graziano da Silva deu-se “(...) por meio dos mecanismos de diferenciação cambial que protegiam as indústrias nascentes do país, à custa de um confisco estabelecido sobre o preço da saca exportada” (Graziano da Silva, 1998, p.12).

    Neste contexto de formação de mercados nacionais para os produtos agrícolas deu-se início a industrialização da agricultura no país.

    Na década de 1950/1960 ocorre uma rápida modernização de nossa agricultura.

    Em 1960 já eram utilizados 61.345 tratores agrícolas contra apenas 3.380 no início da década anterior. Durante toda a década de 1970 mantém-se o processo de modernização da agricultura brasileira, ocorrendo taxas anuais de crescimento da produção de tratores superiores a 100%, a exceção de 2 anos.

  • O site do IBGE tem dados a partir de 1972.

    http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadore...

  • nao sei se é o q vc quer!

    O Brasil apresenta uma estrutura agrária em que convivem extensos latifúndios improdutivos, grandes monoculturas de exportação e milhões de trabalhadores rurais sem terra. A área média das pequenas propriedades não ultrapassa os vinte hectares e a numerosa população rural vive em péssimas condições de higiene e alimentação, o que resulta em elevados índices de mortalidade. Há regiões no país nas quais os processos de irrigação, fertilização e recuperação do solo são desconhecidos, o analfabetismo prevalece e inexistem as escolas técnico-agrícolas.

    A má distribuição da terra no Brasil data do início da colonização, quando a coroa portuguesa simplesmente transplantou o sistema feudal inoperante da metrópole para as terras da colônia. Interessada na produção do açúcar, estimulou a instalação de engenhos e concedeu vastas sesmarias a indivíduos que estivessem em condições de investir na lavoura canavieira. Algumas sesmarias chegaram a atingir uma extensão de cinqüenta léguas, no norte da colônia, e apenas três no sul, medidas que refletem os privilégios dos proprietários mais próximos da metrópole.

    A primeira modificação importante na legislação agrária do Brasil data da vinda da corte portuguesa em 1808, quando o príncipe regente D. João sancionou decreto que permitia a concessão de sesmarias a estrangeiros. Os colonos, procedentes de vários países da Europa, localizaram-se no sul e deram início ali ao processo de formação da pequena propriedade agrária. Inauguraram também o regime de posse, pois os que não possuíam recursos suficientes para receber e cultivar sesmarias, apropriavam-se de terras incultas, adquirindo-as pelo chamado direito de fogo morto. Por esse direito, o colono podia conservar legalmente as terras que seu trabalho e dinheiro recuperassem, cultivassem e tornassem rentáveis.

    A primeira Lei de Terras do Brasil data de 1850 e proibia a aquisição de terras devolutas, exceto por compra, numa tentativa de coibir o regime de posse. A lei vigorou até a promulgação da constituição republicana de 1891, que concedia autonomia legislativa aos estados da federação. No tocante às leis agrárias, porém, os estados, exceto por alterações muito superficiais, endossaram os princípios e normas da Lei de Terras.

    A partir da proclamação da república, sucederam-se os decretos que regulamentaram aspectos da propriedade da terra, mas nenhum modificou fundamentalmente a má distribuição da propriedade fundiária no país. O código civil brasileiro, promulgado em 1916, proibiu a legitimação das posses e a revalidação de sesmarias. Aqueles que não tivessem regularizado suas posses até o início da vigência do código só poderiam fazê-lo com base no instituto do usucapião.

  • Clkao que sim!

    O google ou o wikipedia!

    ;-)

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