Durante pouco mais de três séculos, as relações entre a colônia e a metrópole foram pautadas por uma rigorosa política mercantilista. Os portugueses entendiam que a exploração das riquezas naturais da colônia portuguesa, ou de seus produtos de exportação, assim como a tributação sobre os colonos, precisava gerar altos lucros.
De modo geral, o governo português não se preocupava em oferecer incentivos econômicos e financeiros aos colonos que se mudavam para o Brasil. Aqueles que quisessem abrir um negócio – um engenho de açúcar, uma fazenda de gado ou mesmo uma mina de ouro – deveriam arcar com os custos do empreendimento, assumindo todos os riscos de um eventual fracasso. Em contrapartida, o sucesso desses negócios garantiria divisas ao governo português, que abocanhava para si parte dos lucros por meio de impostos.
O governo de Portugal procurou também garantir o monopólio do comércio colonial. Para isso, proibia aos colonos qualquer tipo de negociação direta com comerciantes de outros países, exceto a Inglaterra. Assim, só por meio de contrabando é que artigos de outros países chegavam à colônia.
Apoiando-se no monopólio comercial, a administração portuguesa manipulava, conforme seus interesses, os preços das mercadorias que exportava e importava. E, para impedir a concorrência interna com seus produtos, proibia a instalação de indústrias em sua colônia da América.
Não bastassem essas restrições, o governo português impunha novos impostos sempre que necessitava de recursos adicionais. A situação dos colonos agravou-se ainda mais a partir do momento em que Portugal começou a perder suas possessões na África e na Ásia: para recuperar a receita perdida nesses lugares, o governo português tornou ainda mais rigoroso seu forte arrocho fiscal sobre a população da colônia.
Todas essas medidas, associadas às denúncias de corrupção e nepotismo contra autoridades portuguesas, fizeram nascer em diversos setores da sociedade colonial um descontentamento cada vez maior. Em algumas ocasiões, esse descontentamento acabou se transformando em revolta.
Embora tais movimentos a princípio não questionassem o domínio português, eram um forte indício de que a insatisfação com relação à metrópole crescia entre os habitantes da colônia.
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Resumo, olha um ai, otima noite!
Durante pouco mais de três séculos, as relações entre a colônia e a metrópole foram pautadas por uma rigorosa política mercantilista. Os portugueses entendiam que a exploração das riquezas naturais da colônia portuguesa, ou de seus produtos de exportação, assim como a tributação sobre os colonos, precisava gerar altos lucros.
De modo geral, o governo português não se preocupava em oferecer incentivos econômicos e financeiros aos colonos que se mudavam para o Brasil. Aqueles que quisessem abrir um negócio – um engenho de açúcar, uma fazenda de gado ou mesmo uma mina de ouro – deveriam arcar com os custos do empreendimento, assumindo todos os riscos de um eventual fracasso. Em contrapartida, o sucesso desses negócios garantiria divisas ao governo português, que abocanhava para si parte dos lucros por meio de impostos.
O governo de Portugal procurou também garantir o monopólio do comércio colonial. Para isso, proibia aos colonos qualquer tipo de negociação direta com comerciantes de outros países, exceto a Inglaterra. Assim, só por meio de contrabando é que artigos de outros países chegavam à colônia.
Apoiando-se no monopólio comercial, a administração portuguesa manipulava, conforme seus interesses, os preços das mercadorias que exportava e importava. E, para impedir a concorrência interna com seus produtos, proibia a instalação de indústrias em sua colônia da América.
Não bastassem essas restrições, o governo português impunha novos impostos sempre que necessitava de recursos adicionais. A situação dos colonos agravou-se ainda mais a partir do momento em que Portugal começou a perder suas possessões na África e na Ásia: para recuperar a receita perdida nesses lugares, o governo português tornou ainda mais rigoroso seu forte arrocho fiscal sobre a população da colônia.
Todas essas medidas, associadas às denúncias de corrupção e nepotismo contra autoridades portuguesas, fizeram nascer em diversos setores da sociedade colonial um descontentamento cada vez maior. Em algumas ocasiões, esse descontentamento acabou se transformando em revolta.
Embora tais movimentos a princípio não questionassem o domínio português, eram um forte indício de que a insatisfação com relação à metrópole crescia entre os habitantes da colônia.