Nativo do nordeste da África, o molusco possui alta capacidade reprodutiva (coloca até 1600 ovos por ano) e possui apetite voraz, alimentando-se de frutas, verduras, hortaliças e até mesmo de papelão, de plástico e de tinta de parede. Além disso, não possui predador natural, o que favoreceu sua rápida proliferação por 23 Estados, sendo atualmente considerado praga agrícola.
Como se não bastasse, o caramujo africano também pode ser transmissor de sérias doenças aos seres humanos. É hospedeiro intermediário de dois vermes que podem causam as seguintes doenças: Angiostrongylus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença que provoca fortes dores abdominais, febre, perda do apetite e vômitos, podendo culminar com a perfuração do intestino, hemorragias e em alguns casos, levar à morte.
E da Angiostrongylus cantonensis, causador de um tipo de meningite denominada meningite eosinofílica (angiostrongilíase meningoencefálica). Essa doença ocorre quando o verme se aloja no sistema nervoso central do paciente, provocando a inflamação das meninges (membranas que recobrem o cérebro). Ainda não houve ocorrências no Brasil.
O jeito mais seguro de identificar o caramujo-gigante africano é através da sua concha. Geralmente, de cor marrom-escuro, com listras esbranquiçadas desiguais, lembrando zigue-zague. A abertura da concha (a “boca” da concha) possui uma borda afiada, bem diferente da abertura do caramujo-da-boca-rosada ou aruádo-mato (Megalobulimus sp). Este último é um tipo de caramujo nativo brasileiro que não deve ser eliminado.
Considerando que os vermes supracitados podem ocorrer tanto no interior dos caramujos, quanto no muco (secreção viscosa) que eles secretam para se locomover, devemos ter os seguintes cuidados:
1. não pegar o caramujo sem proteger as mãos com luvas ou sacos plásticos;
2. higienizar frutas, verduras e hortaliças antes de ingeri-las, deixando-as mergulhadas em uma mistura contendo 1 colher (sopa) de água sanitária para 1 litro de água, durante trinta minutos e enxaguar muito bem antes de comê-las;
3. não comer, não beber, não fumar e não levar a mão à boca durante o manuseio do caramujo. Caso queira comer, beber ou fumar, tire as luvas e lave as mãos após ter tido contato com o animal;
4. conservar o quintal limpo, pois os caramujos africanos gostam de ficar embaixo de folhas, de entulhos, em lugares úmidos ou sem incidência de luz solar.
Para eliminar os riscos de contaminação do molusco, é preciso recolher os caramujos manualmente, com auxílio de luvas descartáveis ou sacos plásticos, já que os vermes causadores das doenças são encontrados no muco (secreção) do animal. Para matar o caramujo, deve-se queimá-lo dentro de latas ou vasilhames. Em seguida, é necessário quebrar as conchas e enterrá-las com cal virgem para evitar a contaminação do solo e de lençóis d'água subterrâneos.
Outro procedimento possível é esmagar os moluscos e enterrá-los. Não se devem colocar os caramujos no lixo comum para evitar sua proliferação. A utilização de venenos não é recomendada porque afeta o molusco. É fundamental evitar o acúmulo de telhas, tijolos, sobras de construções ou excesso de plantas, já que podem servir como criadouros para os parasitas.
Ao identificar o caramujo, órgãos como a Vigilância Sanitária, Ibama, Semarh,Adema, Secretaria de Saúde ou Deagro devem ser acionados.
Continuidade do curso
Diante de todas essas informações de combate, controle e prevenção ao Caramujo Gigante Africano no Estado, o curso para professores terá formação continuada nos municípios sergipanos. O município de Capela, um dos 11 municípios onde foi encontrado um elevado índice dos caramujos africanos, será o primeiro a receber à capacitação.
Amigo, na África não sei, mas tenho um sitio (pequeno) no vale do Ribeira em São Paulo e lá esta empesteado desse bicho sua reprodução é enorme, eles colocam os ovos (esverdeados) na terra.
Como o lugar é de mata Atlântica existem muitos animais silvestres e o pessoal esta dizendo que o "LAGARTO" ou "TEIU" ou "TEJO" é o possível predador, mas de qualquer forma a quantidade de caramujos é tão grande como seu poder de reprodução, que por mais que os lagartos consumam, o efetivo é pequeno para tantos caramujos. Portanto deixo um apelo aqui para preservamos nossas matas.
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Nativo do nordeste da África, o molusco possui alta capacidade reprodutiva (coloca até 1600 ovos por ano) e possui apetite voraz, alimentando-se de frutas, verduras, hortaliças e até mesmo de papelão, de plástico e de tinta de parede. Além disso, não possui predador natural, o que favoreceu sua rápida proliferação por 23 Estados, sendo atualmente considerado praga agrícola.
Como se não bastasse, o caramujo africano também pode ser transmissor de sérias doenças aos seres humanos. É hospedeiro intermediário de dois vermes que podem causam as seguintes doenças: Angiostrongylus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença que provoca fortes dores abdominais, febre, perda do apetite e vômitos, podendo culminar com a perfuração do intestino, hemorragias e em alguns casos, levar à morte.
E da Angiostrongylus cantonensis, causador de um tipo de meningite denominada meningite eosinofílica (angiostrongilíase meningoencefálica). Essa doença ocorre quando o verme se aloja no sistema nervoso central do paciente, provocando a inflamação das meninges (membranas que recobrem o cérebro). Ainda não houve ocorrências no Brasil.
O jeito mais seguro de identificar o caramujo-gigante africano é através da sua concha. Geralmente, de cor marrom-escuro, com listras esbranquiçadas desiguais, lembrando zigue-zague. A abertura da concha (a “boca” da concha) possui uma borda afiada, bem diferente da abertura do caramujo-da-boca-rosada ou aruádo-mato (Megalobulimus sp). Este último é um tipo de caramujo nativo brasileiro que não deve ser eliminado.
Considerando que os vermes supracitados podem ocorrer tanto no interior dos caramujos, quanto no muco (secreção viscosa) que eles secretam para se locomover, devemos ter os seguintes cuidados:
1. não pegar o caramujo sem proteger as mãos com luvas ou sacos plásticos;
2. higienizar frutas, verduras e hortaliças antes de ingeri-las, deixando-as mergulhadas em uma mistura contendo 1 colher (sopa) de água sanitária para 1 litro de água, durante trinta minutos e enxaguar muito bem antes de comê-las;
3. não comer, não beber, não fumar e não levar a mão à boca durante o manuseio do caramujo. Caso queira comer, beber ou fumar, tire as luvas e lave as mãos após ter tido contato com o animal;
4. conservar o quintal limpo, pois os caramujos africanos gostam de ficar embaixo de folhas, de entulhos, em lugares úmidos ou sem incidência de luz solar.
Para eliminar os riscos de contaminação do molusco, é preciso recolher os caramujos manualmente, com auxílio de luvas descartáveis ou sacos plásticos, já que os vermes causadores das doenças são encontrados no muco (secreção) do animal. Para matar o caramujo, deve-se queimá-lo dentro de latas ou vasilhames. Em seguida, é necessário quebrar as conchas e enterrá-las com cal virgem para evitar a contaminação do solo e de lençóis d'água subterrâneos.
Outro procedimento possível é esmagar os moluscos e enterrá-los. Não se devem colocar os caramujos no lixo comum para evitar sua proliferação. A utilização de venenos não é recomendada porque afeta o molusco. É fundamental evitar o acúmulo de telhas, tijolos, sobras de construções ou excesso de plantas, já que podem servir como criadouros para os parasitas.
Ao identificar o caramujo, órgãos como a Vigilância Sanitária, Ibama, Semarh,Adema, Secretaria de Saúde ou Deagro devem ser acionados.
Continuidade do curso
Diante de todas essas informações de combate, controle e prevenção ao Caramujo Gigante Africano no Estado, o curso para professores terá formação continuada nos municípios sergipanos. O município de Capela, um dos 11 municípios onde foi encontrado um elevado índice dos caramujos africanos, será o primeiro a receber à capacitação.
Cara, na chácara dos meu pais, eles estão sendo comidos pelos patos. Só sobram as carapaças no chão.
Amigo, na África não sei, mas tenho um sitio (pequeno) no vale do Ribeira em São Paulo e lá esta empesteado desse bicho sua reprodução é enorme, eles colocam os ovos (esverdeados) na terra.
Como o lugar é de mata Atlântica existem muitos animais silvestres e o pessoal esta dizendo que o "LAGARTO" ou "TEIU" ou "TEJO" é o possível predador, mas de qualquer forma a quantidade de caramujos é tão grande como seu poder de reprodução, que por mais que os lagartos consumam, o efetivo é pequeno para tantos caramujos. Portanto deixo um apelo aqui para preservamos nossas matas.
O que come caramujo africano (eu já vi): siriema, teiú e galinha.