Sobre o hábito de duvidar do próprio julgamento?
Reparei que existem vezes que alguém comete um erro e eu percebo isso inconscientemente, só que ao invés de achar que a pessoa errou, eu acho que fui eu que não entendi bem o que a pessoa quis dizer, dai outra pessoa acaba corrigindo a pessoa que errou antes de mim.
Achei que isso tem a ver com eu não confiar em mim mesmo e pensei que seria interessante começar a confiar nos meus primeiros julgamentos, mas logo mudei de ideia porque muitas vezes nossos primeiros julgamentos estão errados, um exemplo disso são as pegadinhas nas provas que te levam a uma linha de pensamento errada e que se você levar um tempinho pra pensar acharia outra resposta.
Já que para chegar na resposta certa as vezes você precisa duvidar do próprio julgamento, como faço para confiar em mim quando a resposta é óbvia? Afinal muitas vezes o que é óbvio agora não será tão óbvio assim depois se você refletir, não?
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Os sonhos, os atos falhos, as neuroses e as diversas psicopatologias são considerados, por Freud, como provas indiretas da existência do Inconsciente. São provas “indiretas” porque só podem ser evidenciadas no âmbito da Consciência. Por exemplo: quando acordamos pela manhã e nos lembramos dos diversos sonhos que tivemos à noite, estamos conscientizando um fenômeno que não era, até então, consciente. Daí Freud se pergunta: ‘Se este fenômeno não estava na consciência, onde então se encontrava (?)’, e ele mesmo responde ‘senão no Inconsciente’.
Dentro do âmbito do Inconsciente, Freud aponta para uma série de movimentos teóricos que explicam muitas de nossas atividades mentais simples e comuns, assim como também as diversas síndromes e patologias que não possuem uma causa aparente, isto é, doenças que não têm, no corpo, uma causa. É correto, pois, afirmar que, segundo Freud, nossos comportamentos possuem raízes muitas vezes inconscientes e, por este motivo, desconhecidas. Estas causas psíquicas dos nossos comportamentos merecem a análise das Ciências, não devendo, portanto, ser consideradas totalmente inacessíveis.
Freud, por meio do recurso teórico do Inconsciente, tentou desvendar estas causas de ordem psicológicas e oferecer respostas racionais às dúvidas sobre os nossos desejos e angústias. Ele tentou evidenciar a força invisível que move o sujeito. Ele se esforçou por tornar aparente não o que estava para além do nosso alcance experimentável (o Espírito Metafísico) mas, simplesmente, o que estava escondido bem embaixo do nosso nariz: a Mente Humana.