Mais uma dos comunistas: Livro revela Putin como chefão de regime assassino e corrupto?

Livro revela Putin como chefão de regime assassino e corrupto

O presidente da Rússia, além de comandar um regime que prende e mata empresários, políticos e jornalistas, seria corrupto e teria um patrimônio de 50 bilhões de dólares

Começo o comentário com um reparo ao título do livro “Putin — A Face Oculta do Novo Czar” (Nova Fronteira, 292 páginas, tradução de Maria Helena Rouanet), da jornalista russa Masha Gessen. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, comporta-se como czar, egresso da “nobreza” da KGB, pois governa o país baseado num sistema autoritário. Ressalve-se, porém, que, se próximo dos czares, também não está distante do stalinismo. Porque, apesar do simulacro de democracia, com partidos políticos e eleições — nada limpas —, as oposições não têm chance alguma de derrotar Putin ou mesmo um agregado, como Dmitri Medvedev. A violência estatal, que prende e, até, mata adversários, induz a se pensar num regime que aproxima-se do totalitarismo entronizado por Lênin e ampliado por Stálin. O Judiciário e o Legislativo estão sob controle do Executivo, quer dizer, de Putin. Então, no lugar de democracia, le mot juste é democradura. Os czares condenaram o escritor Fiódor Dostoiévski à morte, mas comutaram a pena e o escritor pôde dar à humanidade livros poderosos. O governo do integrante da KGB (“uma vez espião, sempre espião”, aprecia dizer o presidente), agora com o nome de FBS, é menos condescendente: vários “adversários” políticos, empresariais e jornalísticos, tratados como inimigos, foram assassinados na Rússia e mesmo em outros países. Masha Gessen revela, com precisão e destemor, a face cruel e venal de Putin. E exibe a cegueira do Ocidente em relação ao (quase) ditador — a mesma de Franklin D. Roosevelt, mas não de Winston Churchill, em relação a Stálin. O livro da jornalista é excelente e contundente em sua parcialidade, no caso necessária, ao examinar os atos da democradura à russa.

Na década de 1990, com a ruína do comunismo, sob Mikhail Gorbachev, assumiu o poder o democrata Boris Yeltsin. Sua tarefa, desestalinizar as estruturas econômica, política, social e cultural soviéticas, era inglória e ele não era o deus que se esperava. A população, acostumada a ser tutelada pelo Estado, exigia um capitalismo ao estilo protetor, mas o que assistiu foi a “adoção” de um capitalismo voraz e dilapidador dos bens públicos, que foram privatizados a toque de caixa, favorecendo aos chamados oligarcas, como Boris Berezovsky, Vladimir Gusinsky e Roman Abramovich (dono do Chelsea, time de futebol da Inglaterra), que se tornaram bilionários. Embora tenha produzido uma abertura impressionante na política, na economia e na cultura — até os arquivos foram abertos à consulta local e internacional (daí livros notáveis como “Stálin — A Corte do Czar Vermelho”, de Simon Sebag Montefiori, e “Sussurros”, de Orlando Figes) —, Yeltsin, doente, cansado e sem perspectiva, estava em baixa nos fins da década de 1990, praticamente sem saída, e se tornou odiado pela população.

Começou uma operação para encontrar um sucessor palatável para Yeltsin. O candidato teria de prometer que, eleito, impediria que o presidente fosse processado. Boris Berezovsky, o bilionário da área de comunicação e petróleo, sugeriu o nome de Vladimir Putin, o chefe da polícia secreta russa, FSB. O oligarca diz tê-lo indicado porque recusava subornos.

Berezovsky conta que levou o nome de Putin ao chefe de gabinete de Yeltsin, Valentin Yumaschev, e disse: “Temos Putin, que integrou os serviços secretos, não foi?” Yumaschev ressalvou: “Mas a patente dele [tenente-coronel] é muito baixa”. O comentário de Masha Gessen: “Essa descrição do processo de tomada de decisão para a indicação do chefe da principal agência de segurança de uma potência nuclear é tão absurda que estou inclinada a acreditar nessa conversa”. Yeltsin, confrontado com a possibilidade de indicar Putin, fez um comentário não político: “Parece-me um bom homem, mas um tanto baixinho”.

Masha Gessen nota que “talvez o detalhe mais estranho na escalada de Putin ao poder seja o fato de que as pessoas que o entronizaram sabiam a seu respeito pouco mais que qualquer um de nós”. Na verdade, seus apoiadores, como Berezovsky, pensavam que o espião — atuou na Alemanha Oriental e fala alemão fluentemente —, “aparentemente destituído de personalidade e ambição pessoal, seria ao mesmo tempo maleável e disciplinado”.

Assim, confiando nesse julgamento, Yeltsin nomeou Putin primeiro-ministro da Rússia em 9 de agosto de 1999 e, com a renúncia do líder que soterrou Gorbachev, assumiu interinamente a Presidência, até ser eleito, em maio de 2000.

Update:

http://www.jornalopcao.com.br/colunas/imprensa/liv...

Comments

  • E aqui quando será que irão descobrir os chefões corruptos,e os que mandam ?

  • Os antigos, na maioria dos KGB, de comunista nada têm, e o anterior regime, era capitalismo de Estado, pois a Russia sendo rica, o povo na maioria, vivia mal.

    O Capitalismo e o comunismo dos homens gananciosos, não governam para o povo.....mas para eles viverem à grande e à francesa, querendo escravos trabalhado para eles, por uma mirreca de tostões.

    São todos uns gananciosos, se fossem humanos, mas como são robôs, não se interessam pelo ser humano, pelo povo, que deve ter boas condições de vida. Se trabalham, devem ter uma boa vida!!

  • QUE NOVIDADE...

  • Nem vou ler essa mer­da.

  • Todo mundo sabe que nem o comunismo nem o capitalismo são absolutos...

    o comunismo tem que vim de um pais desenvolvido e o estado acumula tudo...

    ja o capitalismo a desigualdade tem que prevalecer...

    se quer desbancar um dos dois não use casos isolados pois pessoas são pessoas e fazem pessoices

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