Durante duzentos anos cavaleiros e peregrinos plebeus lutaram em 8 expedições que saindo da Europa atacaramterritórios no Oriente Médio. Todas com exceção da primeira destas expedições foram derrotadas e algumas delassequer chegaram a atingir a Palestina, preferiram ficar pelo caminho e saquear a Bizâncio ortodoxa.As motivações para movimento de tamanha envergadura até hoje escapam a compreensão dos historiadores.Provavelmente não houve uma única razão, mas uma mistura de muitos motivos diferentes indo de interessespolíticos e econômicos até uma fé sincera mas fanática.Os nobres europeus desejavam terra, em especial aqueles que não eram primogênitos e portanto não tinhamdireito a herança, mas muitos nobres abonados deixaram tudo para se dedicar a conquista da Terra Santa. Nasduas pontas extremas das tropas cruzadas encontram-se exemplos de motivações não econômicas ou políticas.Entre as tropas de elite, em especial a Ordem dos Templários encontravam-se soldados das mais nobres e ricasfamílias européias que faziam voto de pobreza. Entre os miseráveis, em especial os que participaram de duascruzadas extra-oficiais, a "dos mendigos" e a "das crianças" encontra-se mais traços de messianismo do queintenções concretas.Divisões da féA fé pode ter desempenhado um papel importante como motivação de boa parte dos Cruzados, mas a QuartaCruzada, por exemplo, preferiu saquear o porto de Zara e Bizâncio ao invés de se encaminhar à Palestina.Também é importante destacar que os Cruzados sempre violaram os acordos firmados com as potênciasmuçulmanas, alguns dos quais garantiam a posse de Jerusalém, Belém e de um corredor do litoral até as duascidades. Curiosamente entre os Templários ocorreram diversas conversões ao Islam, como a de Sir Robert deSaint Albans. (ver matéria nesta página)As Cruzadas sempre encontraram o mundo islâmico dividido e os comandantes cruzados não raro seaproveitaram politicamente destas divisões, embora para o ocidente até hoje estas alianças não sejam claras. Atépara legitimar o ataque ao Oriente Médio era necessário imaginar os muçulmanos como um bloco.Mas os cruzados também se encontravam bastante divididos entre interesses religiosos e políticos muitodistintos. A rivalidade entre o Papado e o Sacro Império Romano Germânico chegou a ser uma das motivaçõespara as Cruzadas, da mesma forma que a Cruzada dos reis desintegrou-se por conta da disputa entre RicardoCoração de Leão da Inglaterra e Felipe Augusto da França, para não falar da própria disputa intestina pelo tronoentre Ricardo e seu irmão João Sem Terra.Além disto o pano de fundo da batalha era a disputa entre o Papado e a igreja ortodoxa grega. Apesar deinicialmente ter apoiado as ações cruzadas o Império Bizantino foi uma das grandes vítimas da ação dos cruzadosque chegaram a apoiar um golpe de Estado contra Bizâncio e saqueado a cidade.Matança em nome de DeusTanto as fontes cristãs como muçulmanas mostram que longe de representarem os ideais cavalheirescos oscruzados implantaram o domínio da barbárie nas batalhas que travaram e ainda mais nas terras queconquistaram. Comentando a tomada de Jerusalém pela Primeira Cruzada o cristão Guillaume de Tiro afirma:"Correram para lá (detrás das muralhas do templo) todos juntos, conduzindo atrás de si uma imensa multidão decavaleiros e infantes, atacando com suas espadas todos os que se apresentavam, não perdoando ninguém einundando a praça do sangue dos infiéis".
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Durante duzentos anos cavaleiros e peregrinos plebeus lutaram em 8 expedições que saindo da Europa atacaramterritórios no Oriente Médio. Todas com exceção da primeira destas expedições foram derrotadas e algumas delassequer chegaram a atingir a Palestina, preferiram ficar pelo caminho e saquear a Bizâncio ortodoxa.As motivações para movimento de tamanha envergadura até hoje escapam a compreensão dos historiadores.Provavelmente não houve uma única razão, mas uma mistura de muitos motivos diferentes indo de interessespolíticos e econômicos até uma fé sincera mas fanática.Os nobres europeus desejavam terra, em especial aqueles que não eram primogênitos e portanto não tinhamdireito a herança, mas muitos nobres abonados deixaram tudo para se dedicar a conquista da Terra Santa. Nasduas pontas extremas das tropas cruzadas encontram-se exemplos de motivações não econômicas ou políticas.Entre as tropas de elite, em especial a Ordem dos Templários encontravam-se soldados das mais nobres e ricasfamílias européias que faziam voto de pobreza. Entre os miseráveis, em especial os que participaram de duascruzadas extra-oficiais, a "dos mendigos" e a "das crianças" encontra-se mais traços de messianismo do queintenções concretas.Divisões da féA fé pode ter desempenhado um papel importante como motivação de boa parte dos Cruzados, mas a QuartaCruzada, por exemplo, preferiu saquear o porto de Zara e Bizâncio ao invés de se encaminhar à Palestina.Também é importante destacar que os Cruzados sempre violaram os acordos firmados com as potênciasmuçulmanas, alguns dos quais garantiam a posse de Jerusalém, Belém e de um corredor do litoral até as duascidades. Curiosamente entre os Templários ocorreram diversas conversões ao Islam, como a de Sir Robert deSaint Albans. (ver matéria nesta página)As Cruzadas sempre encontraram o mundo islâmico dividido e os comandantes cruzados não raro seaproveitaram politicamente destas divisões, embora para o ocidente até hoje estas alianças não sejam claras. Atépara legitimar o ataque ao Oriente Médio era necessário imaginar os muçulmanos como um bloco.Mas os cruzados também se encontravam bastante divididos entre interesses religiosos e políticos muitodistintos. A rivalidade entre o Papado e o Sacro Império Romano Germânico chegou a ser uma das motivaçõespara as Cruzadas, da mesma forma que a Cruzada dos reis desintegrou-se por conta da disputa entre RicardoCoração de Leão da Inglaterra e Felipe Augusto da França, para não falar da própria disputa intestina pelo tronoentre Ricardo e seu irmão João Sem Terra.Além disto o pano de fundo da batalha era a disputa entre o Papado e a igreja ortodoxa grega. Apesar deinicialmente ter apoiado as ações cruzadas o Império Bizantino foi uma das grandes vítimas da ação dos cruzadosque chegaram a apoiar um golpe de Estado contra Bizâncio e saqueado a cidade.Matança em nome de DeusTanto as fontes cristãs como muçulmanas mostram que longe de representarem os ideais cavalheirescos oscruzados implantaram o domínio da barbárie nas batalhas que travaram e ainda mais nas terras queconquistaram. Comentando a tomada de Jerusalém pela Primeira Cruzada o cristão Guillaume de Tiro afirma:"Correram para lá (detrás das muralhas do templo) todos juntos, conduzindo atrás de si uma imensa multidão decavaleiros e infantes, atacando com suas espadas todos os que se apresentavam, não perdoando ninguém einundando a praça do sangue dos infiéis".
A luta sempre foi pelo domÃnio de Jerusalém. Cristãos, Ãrabes e Judeus querem o domÃnio destas Terras Santas. Atualmente os Judeus dominam este lugar, mas os outros dois estão de olho também, porque que deter estas Terras detém o poder. à uma luta extremamente justa. Tomara que tenhamos outras Cruzadas logo.
http://www.youtube.com/watch?v=_WMhn4PQrv4