“FANÁTICOS” ou defensores da verdade?

Em tempos como o nosso é fá­cil alguém parecer fanático, se mantém uma firme convicção sobre a verdade e quando se mostra cuida­doso em ter certeza de que sua es­perança procede do céu. Nenhum crente pode ser fiel e verdadeiro nes­ses dias, sem que o mundo lhe atribua a alcunha de fanático. Mas o crente deve suportar esse título. É uma marca de honra, embora a sua intenção seja envergonhar. É um nome que com­prova estar o crente vinculado ao grupo de pessoas das quais o mundo não era digno, mas que, enfrentando a ignomínia por parte do mundo, fi­zeram mais em benefício deste do que todos aqueles que viviam ao seu re­dor. O mundo sempre sofre por causa dos homens que honra. Os homens que trazem misericórdia ao mundo são os que ele odeia.

Sim! Os antigos reformadores eram homens fanáticos em sua épo­ca. E foi bom para o mundo eles terem sido assim.

Update:

Estavam dispostos a morrer, mas não comprometeriam a verdade. Submeter-se-iam a tudo por motivo de consciência, mas em nada se sujeitariam aos déspotas. So­freriam e morreriam, mas temiam o pecado. Esse fanatismo trouxe liber­dade para a sua própria terra natal, como bem demonstra o exemplo dos reformadores escoceses. O legado deixado por esses homens — cujo lar eram as cavernas na montanha e cuja única mortalha era a neve, que com freqüência envolvia seus corpos quan­do morriam por Cristo — é uma dádiva mais preciosa do que todas as oferecidas por reis que ocuparam o trono de seus países ou por todos os nobres e burgueses que possuíam suas terras. Sim, eles eram realmente fa­náticos, na opinião dos zombadores cépticos e perseguidores cruéis; e toda a lenha com a qual estes poderiam atear fogueiras não seria capaz de queimar o fanatismo desses homens de fé.

Comments

  • Concordo com v que Deus nestes dias precisa de homens com a convicção que v citou , homens com a coragem de João Batista e Elias. Mas não podemos por causa desta desculpa, usar a nosssa língua como espada para matar as esperanças e sonhos dos outros. Devemos pedir sabedoria a Deus para saber o que falar em cada situação. Jesus disse que devemos ser astutos como as serpentes e símplices como as pombas. Portanto saibamos onde termina a coragem e começa a arrogância , onde termina o destemor e começa a falta de misericórdia. Devemos amar e perdoar o próximo como Cristo nos amou e perdoou.

  • Fanático é aquele que recusa qualquer bom senso e age como se fosse dono da verdade.

    Existem cristãos que server a Deus sem a ilusão de ser um grande iluminado que sabe o segredo de tudo e o "resto" das pessoas é ignorante.

  • A verdade é muito relativa, depende do ponto de vista de cada um. A verdade dos cristãos é diferente da verdade dos islâmicos por exemplo. Os orientais tem outros valores que os ocidentais.

    Quem sabe a verdade absoluta afinal?

    Não seria a verdade absoluta uma só: o homem deve procurar viver em paz e harmonia consigo mesmo, com os seus semelhantes e com o planeta em que vive?

  • Cuidado com aquilo que afirma sobre "fé, temer pecados e mortalhas de neve" se eu fosse vocês perdia um bocadito a ler isto.

    No século XVI a Europa foi abalada por uma série de movimentos religiosos que contestavam abertamente os dogmas da igreja católica e a autoridade do papa. Estes movimentos, conhecidos genericamente como Reforma, foram sem dúvida de cunho religioso. No entanto, estavam ocorrendo ao mesmo tempo que as mudanças na economia européia, juntamente com a ascensão da burguesia. Por isso, algumas correntes do movimento reformista se adequavam às necessidades religiosas da burguesia, ao valorizar o homem “empreendedor” e ao justificar a busca do “lucro”, sempre condenado pela igreja católica.

    Uma das causas importantes da Reforma foi o humanismo evangelista, crítico da Igreja da época. A Igreja estava em um período bastante conturbado, preocupava-se quase tanto com as questões políticas e econômicas como com as questões religiosas. A formação das monarquias nacionais trouxe consigo um sentimento de nacionalidade às pessoas que habitavam uma mesma região, sentimento este desconhecido na Europa feudal, esse fato motivou o declínio da autoridade papal, pois o rei e a nação passaram a ser mais importantes.

    Outro fator muito importante, ligado ao anterior, foi a ascensão da burguesia, que, além do papel decisivo que representou na formação das monarquias nacionais e no pensamento humanista, foi fundamental na Reforma religiosa. Ora, na ideologia católica, a única forma de riqueza era a terra pois o dinheiro, o comércio e as atividades bancárias eram práticas pecaminosas, a burguesia precisava, portanto, de uma nova religião, que justificasse seu amor pelo dinheiro e incentivasse as atividades ligadas ao comércio.

    A doutrina protestante, criada pela Reforma, satisfazia plenamente os anseios desta nova classe, pois pregava o acúmulo de capital como forma de obtenção do paraíso celestial. Assim, grande parte da burguesia, ligada às atividades lucrativas, aderiu ao movimento reformista que começou na Alemanha, vejamos o contexto da época:

    No século XVI, a Alemanha não era um Estado politicamente centralizado. A nobreza era tão independente que cunhava moedas, fazia a justiça e recolhia impostos em suas propriedades. Para complementar sua riqueza, saqueava nas rotas comerciais, expropriando os mercadores e camponeses.

    A burguesia alemã, comparada à dos países da Europa, era débil: os comerciantes e banqueiros mais poderosos estabeleciam-se no sul, às margens do Reno e do Danúbio, por onde passavam as principais rotas comerciais; as atividades econômicas da região eram a exportação de vidro, de metais e a “indústria” do papel; mas o setor mais forte da burguesia era o usurário....o usurário!!!!!

    A igreja católica alemã era muito rica. Os senhores da época desejavam principalmente, que não condenasse a prática de ganhar dinheiro em rios e claro, estavam interessados nas imensas propriedades da Igreja e do clero alemão.

    Às vésperas da Reforma, a luta de classes e política acabou assumindo uma forma religiosa.

    Em 1517, um monge chamado Martinho Lutero discordou profundamente da doutrina católica e conseguiu provocar a maior ruptura já ocorrida no interior da Igreja. Este movimento iniciado por Lutero ficou conhecido como Reforma Protestante.

    Um dos motivos da Reforma foi a necessidade de uma nova moral religiosa que atendesse aos interesses econômicos da burguesia em ascensão, já que a Igreja Católica condenava a usura (empréstimo de dinheiro a juros), a avareza e a cobiça e os banqueiros multiplicavam seu capital. Além de condenar a usura, a moral religiosa pregada pela Igreja Católica defendia a doutrina do "justo preço", o que contrariava o ideal burguês de obtenção do maior lucro possível.

    Ao contrário da moral católica, a ética protestante acabou por valorizar a competitividade e a busca do lucro, ajustando-se, portanto, aos ideais burgueses daquele momento histórico em que se desenvolvia o capitalismo e o qualk até hoje nos atormenta.

  • Garoto

    Você é o defensor de suas crenças não da Verdade!

    A Verdade não precisa de ninguém para lhe defender.

    Olha este negócio de religião verdadeira é complicado.

    Imagina uma fila indiana em que todos estão bem enfileirados um atrás do outro:

    Nesta enorme fila, nós carregamos uma vara com duas sacolas. Estas sacolas estão nas duas extremidades da vara.

    Na sacola da frente nós guardamos tudo o que valorizamos de melhor aos nossos olhos. Nossos ideais de vida, nossas opiniões, nossos valores, nossas certezas.

    Na sacola de trás nos escondemos aquilo que achamos ruim e aquilo que ainda não entendemos.

    Só que estamos todos numa fila. E aí olhamos a sacola traseira de nosso próximo a nossa frente. E temos uma visão privilegiada de sua sacola de defeitos, e em contraste com nossa sacola de coisas boas, pois esta a nossa frente nossas qualidades em confronto com os defeitos dos outros.

    Ora bolas, esquecemos que existe outro sujeito que também é nosso próximo fazendo o mesmo conosco, comparando as suas boas qualidades com nossos defeitos...

    Assim caminha a humanidade Lázaro.

    Ninguém é portador da Verdade garoto!

    Abraços

  • Deus É a Verdade absoluta e incontestável.Servir a Deus realmente prace significar ser fanático segundo a concepção de algns usuários desse Y!R.

  • Fanático é todo aquele que não muda de opinião , nem de assunto. (W. Churchill)

  • Esse é o último texto religioso que comento, por isso, vamos fazer direito.

    1) Fanático ou defensor da verdade? - Você não acha que são sinônimos? Como alguém pode defender a "VERDADE SUPREMA" se ela não existe? E a verdade budista? E a verdade hindu? E a verdade de qualquer outra religião que não cristã? Está errada? Por quê? Por que um livro escrito por homens, mais do que falíveis e submetidos aos mais diversos interesses, escreveu?

    2)"Nenhum crente pode ser fiel e verdadeiro nesses dias," - Os "crentes" por acaso querem adotar a culpa católica que tanto criticam?

    3)"Mas o crente deve suportar esse título" - Por que todo "crente" quer ser Jesus?

    4)"Ignomínia" - Como quer "mudar o mundo" se apegando a palavras em desuso?

    5) "O mundo sempre sofre por causa dos homens que honra" - Retórica pura, essa frase não diz nada.

    Espero do fundo do coração que os "crentes" continuem impregnados pela enganação dos pastores. Continuem dando rios de dinheiro para os "novos reformadores". Assim, me parece, que o fim do mundo se acelera!!!!

  • Fanático não é aquele que não abandona suas convicções. Fanático é aquele que não respeita as convicções dos semelhantes, apenas porque são diferentes das suas.

    O fanático é intolerante, se acha dono da verdade e consequentemente superior a quem pensa diferente.

    O fanático não aceita ser contestado sem reagir de forma agressiva.

    Lázaro, não o conheço e não posso chamá-lo de fanático ou não, mas posso te garantir que há muitos evangélicos fanáticos, mas muitos não.

    Converso com vários evangélicos no YR que falam lindamente sobre sua doutrina e também muito se surpreendem com a beleza de ensinamentos que existem na umbanda, no candomblé, no budismo, no catolicismo e etc...

    Agora, se você é daqueles que acha que tudo que é diferente do que vc "acredita" ser a verdade veio do diabo, então pode ter a mais absoluta certeza que você é fanático.

    Para buscar a Deus só é necessário sinceridade no seu coração. As religiões são formas diferentes de se chegar a Deus. Todas são válidas, o importante é o coração puro e sinceridade de propósito e amor ao próximo.

    PAZ!

  • 1 Jo 4:19 Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro.

    Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?

    E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão.

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