- Daikokuten : Tem um rosto cheio, faz imaginar um ancião de estatura alta, traz um martelo que realiza todos os desejos e carrega nas costas um grande saco. Surpreendentemente, a origem deste Deus está na religião Hindu, da Índia. Ao ser introduzido ao Budismo, tornou-se o protetor de Buda. No Japão, juntou-se ao Ookuninushi no mikoto, conhecido como Deus da fartura na colheita, Deus do lar e Deus da cozinha.
2- Ebisu : Usa um chapéu de pano preto, traz no braço um pargo e segura uma vara de pesca. É o único Deus japonês dentre os sete. Por ser proveniente do além-mar, significa também Deus da fartura na pesca e, pelo fato de poder trocar os pescados por mercadorias, passa a ser também Deus da prosperidade nos negócios.
3- Benzaiten : Única Deusa entre os sete. Era, anteriormente, Deusa da religião Hindu. É Deusa da água e dos rios. Pela sensação agradável do som da corredeira do rio, passa a ser também considerada Deusa da música. Traz um instrumento musical semelhante ao biwa (instrumento de cordas japonês). Era Deusa da eloqüência e da arte, porém, com o tempo passou a ser dos bens (riqueza material). Para os japoneses, água é um purificador de todas as máculas e também elemento que proporciona a umidade necessária. Conforme o templo, sua imagem é retratada de forma diferente,desde uma linda menina até uma Deusa com uma beleza sensual.
4- Bishamonten : É Deus da guerra, também da religião Hindu. Traz na mão esquerda um pagode e na mão direita uma lança e um bastão que é tesouro. Na China, ele é Deus protetor da Nação. No Japão, era Tamonten, um dos Deuses shitennoo: (Deus que protege as quatro direções - Leste, Oeste, Norte e Sul), que protege a direção Norte. Imagina-se que passou a ser um dos sete Deuses por realizar desejos.
5- Juroojin : Possui uma longa cabeça e cabelos brancos. Possui uma bengala e traz consigo um cervo. É Deus da longevidade e juventude. É muito parecido com Fukurokuju.
6- Hotei Oshoo : É um monge que, segundo contam, viveu na China no século10. Possui um rosto muito sorridente, tem orelhas grandes (os japoneses as chamam de fukumimi, ou seja, orelhas da felicidade) e uma grande barriga. Hotei é o nome popular, sendo Kaishi o seu verdadeiro nome. Carrega sempre um grande saco, recebia sem problemas mesmo as oferendas de peixes, proibidas pelos mandamentos,sendo muito amado pelo povo. Mesmo deitando sobre neve, seu corpo não se molha, acerta todas as previsões de tempo, e, segundo contam, nunca errou ao adivinhar sobre a sorte das pessoas. Dizem que é uma das formas de aparição de Miroku Bosatsu Bodhisattva que se segue ao Buda, para vir a este mundo proporcionar salvação às pessoas.
7- Fukurokuju : Parece-se com Juroojin, porém tem uma estatura mais baixa e cabelos brancos. Traz consigo um grou branco ou uma tartaruga, símbolos de longevidade e tem em mãos uma bengala com um pergaminho que contém a transcrição de uma sutra. Também é Deus do ideal do Taoismo. Os ideogramas com que se escreve o seu nome significam: felicidade, sorte e condições oferecidas por Deus durante a vida. Estes sete Deuses ficaram dessa forma definidos na segunda metade da Era Muromachi. Dizem que até então os seus membros já tinham sido substituídos; porém, o número sagrado que é sete sempre se manteve constante. O número sete é realmente para os chineses e japoneses o número da sorte.
As pipas que balançam ao vento pelos céus são uma das paisagens típicas do ano novo japonês. Se bem que, hoje em dia, talvez haja mais crianças no interior das casas, entretidas com os video games comprados com otoshidama ( quantia em dinheiro colocada em envelopes próprios, que os adultos costumam dar às crianças no ano novo), do que empinando pipas ou jogando petecas ao ar livre.
Nesta época, as crianças brasileira estão em plenas férias de verão e , nas praias, o empinamento de pipas dá um colorido especial ao cenário. Ao ver as pipas balançando calmamente pelo vasto céu, pode-se sentir uma leveza de espírito e ao mesmo tempo uma sensação refrescante.
A história registra que a pipa foi inventada por volta dos anos 230 a.C. pelo físico grego Arquimedes. No Oriente, segundo dizem, ela se originou no ano 200 a.C. quando Kanshin de Han utilizou-a para medir a distância entre sua tropa e o acampamento da tropa inimiga. Ambas foram utilizadas para uma finalidade prática e não para diversão. Dizem que foram produzidas à semelhança de milhafre (uma espécie de pássaro) em vôo.
No Japão, a pipa foi introduzida antes da Era Heian. A palavra shien (milhafre de papel) encontrada em wamyooshoo,( século X, o mais antigo dicionário de língua japonesa) refere-se à pipa. Porém , só sabemos da existência da palavra, mas não de brincadeiras para qual fora utilizada. A partir do século 16 já encontramos registros sobre empinamento de pipas. Na região de Kantoo (região onde se localiza Tóquio), a pipa é chamada de tako, e na região de Kansai (onde se localiza kyoto, Osaka), de ika ou ikanobori.
Conforme a região recebe o nome de hata, ou ainda, de fuuriu. A batalha entre pipas, realizada desde a antiguidade, acontecia no ano novo na região de kantoo e nos meses de maio e junho em Kansai. Em Hamamatsu, onde esta tradição é preservada desde o século 16 até os dias de hoje, a batalha acontece no mês de maio, na ocasião em que se comemora o Dia dos Meninos.
Dizem que esta atividade teve início quando o Senhor do Castelo de Hamamatsu teve o seu filho primogênito; e os agricultores, para desejar-lhe longevidade e sorte nas batalhas, empinou pipas com o nome do recém-nascido. Segundo consta, tudo indica que houve pipas gigantescas, cujo tamanho chegava a 30m , e que para empina-la foi necessária a colaboração de dezenas de homens. Há muitas variedades de pipas quanto ao seu formato: quadrada, losângica, retangular, pentagonal, hexagonal, em forma do antigo lacaio japonês, entre outras.
No século 17, ela fez tamanho sucesso que o governo feudal precisou intervir por várias vezes, proibindo o seu uso, por causar transtornos aos transeuntes. As pipas trazem também ilustrações de personagens heróicas da história, bem como dos contos infantis como o Kintarô. Há também pipas que trazem dizeres como nomes de pessoas.
Houve quem ironizasse a alta do custo de vida, escrevendo os nomes dos produtos como sakê ou arroz na pipa e fazendo-os, literalmente, "subir". Com o tempo, surgiram os comerciantes de pipas que passaram a criar os mais variados formatos, tamanhos, desenhos e letras.
Fizeram muito sucesso também as "pipas de briga"com cerol nas linhas. No Ocidente foi utilizada para verificação da temperatura nas camadas atmosféricas, acoplando-se-lhes termômetros. Benjamim Franklin também a utilizou para pesquisar sobre eletricidade.
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- Daikokuten : Tem um rosto cheio, faz imaginar um ancião de estatura alta, traz um martelo que realiza todos os desejos e carrega nas costas um grande saco. Surpreendentemente, a origem deste Deus está na religião Hindu, da Índia. Ao ser introduzido ao Budismo, tornou-se o protetor de Buda. No Japão, juntou-se ao Ookuninushi no mikoto, conhecido como Deus da fartura na colheita, Deus do lar e Deus da cozinha.
2- Ebisu : Usa um chapéu de pano preto, traz no braço um pargo e segura uma vara de pesca. É o único Deus japonês dentre os sete. Por ser proveniente do além-mar, significa também Deus da fartura na pesca e, pelo fato de poder trocar os pescados por mercadorias, passa a ser também Deus da prosperidade nos negócios.
3- Benzaiten : Única Deusa entre os sete. Era, anteriormente, Deusa da religião Hindu. É Deusa da água e dos rios. Pela sensação agradável do som da corredeira do rio, passa a ser também considerada Deusa da música. Traz um instrumento musical semelhante ao biwa (instrumento de cordas japonês). Era Deusa da eloqüência e da arte, porém, com o tempo passou a ser dos bens (riqueza material). Para os japoneses, água é um purificador de todas as máculas e também elemento que proporciona a umidade necessária. Conforme o templo, sua imagem é retratada de forma diferente,desde uma linda menina até uma Deusa com uma beleza sensual.
4- Bishamonten : É Deus da guerra, também da religião Hindu. Traz na mão esquerda um pagode e na mão direita uma lança e um bastão que é tesouro. Na China, ele é Deus protetor da Nação. No Japão, era Tamonten, um dos Deuses shitennoo: (Deus que protege as quatro direções - Leste, Oeste, Norte e Sul), que protege a direção Norte. Imagina-se que passou a ser um dos sete Deuses por realizar desejos.
5- Juroojin : Possui uma longa cabeça e cabelos brancos. Possui uma bengala e traz consigo um cervo. É Deus da longevidade e juventude. É muito parecido com Fukurokuju.
6- Hotei Oshoo : É um monge que, segundo contam, viveu na China no século10. Possui um rosto muito sorridente, tem orelhas grandes (os japoneses as chamam de fukumimi, ou seja, orelhas da felicidade) e uma grande barriga. Hotei é o nome popular, sendo Kaishi o seu verdadeiro nome. Carrega sempre um grande saco, recebia sem problemas mesmo as oferendas de peixes, proibidas pelos mandamentos,sendo muito amado pelo povo. Mesmo deitando sobre neve, seu corpo não se molha, acerta todas as previsões de tempo, e, segundo contam, nunca errou ao adivinhar sobre a sorte das pessoas. Dizem que é uma das formas de aparição de Miroku Bosatsu Bodhisattva que se segue ao Buda, para vir a este mundo proporcionar salvação às pessoas.
7- Fukurokuju : Parece-se com Juroojin, porém tem uma estatura mais baixa e cabelos brancos. Traz consigo um grou branco ou uma tartaruga, símbolos de longevidade e tem em mãos uma bengala com um pergaminho que contém a transcrição de uma sutra. Também é Deus do ideal do Taoismo. Os ideogramas com que se escreve o seu nome significam: felicidade, sorte e condições oferecidas por Deus durante a vida. Estes sete Deuses ficaram dessa forma definidos na segunda metade da Era Muromachi. Dizem que até então os seus membros já tinham sido substituídos; porém, o número sagrado que é sete sempre se manteve constante. O número sete é realmente para os chineses e japoneses o número da sorte.
Fonte: São Paulo Shimbun 04/01/2001
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PIPAS
As pipas que balançam ao vento pelos céus são uma das paisagens típicas do ano novo japonês. Se bem que, hoje em dia, talvez haja mais crianças no interior das casas, entretidas com os video games comprados com otoshidama ( quantia em dinheiro colocada em envelopes próprios, que os adultos costumam dar às crianças no ano novo), do que empinando pipas ou jogando petecas ao ar livre.
Nesta época, as crianças brasileira estão em plenas férias de verão e , nas praias, o empinamento de pipas dá um colorido especial ao cenário. Ao ver as pipas balançando calmamente pelo vasto céu, pode-se sentir uma leveza de espírito e ao mesmo tempo uma sensação refrescante.
A história registra que a pipa foi inventada por volta dos anos 230 a.C. pelo físico grego Arquimedes. No Oriente, segundo dizem, ela se originou no ano 200 a.C. quando Kanshin de Han utilizou-a para medir a distância entre sua tropa e o acampamento da tropa inimiga. Ambas foram utilizadas para uma finalidade prática e não para diversão. Dizem que foram produzidas à semelhança de milhafre (uma espécie de pássaro) em vôo.
No Japão, a pipa foi introduzida antes da Era Heian. A palavra shien (milhafre de papel) encontrada em wamyooshoo,( século X, o mais antigo dicionário de língua japonesa) refere-se à pipa. Porém , só sabemos da existência da palavra, mas não de brincadeiras para qual fora utilizada. A partir do século 16 já encontramos registros sobre empinamento de pipas. Na região de Kantoo (região onde se localiza Tóquio), a pipa é chamada de tako, e na região de Kansai (onde se localiza kyoto, Osaka), de ika ou ikanobori.
Conforme a região recebe o nome de hata, ou ainda, de fuuriu. A batalha entre pipas, realizada desde a antiguidade, acontecia no ano novo na região de kantoo e nos meses de maio e junho em Kansai. Em Hamamatsu, onde esta tradição é preservada desde o século 16 até os dias de hoje, a batalha acontece no mês de maio, na ocasião em que se comemora o Dia dos Meninos.
Dizem que esta atividade teve início quando o Senhor do Castelo de Hamamatsu teve o seu filho primogênito; e os agricultores, para desejar-lhe longevidade e sorte nas batalhas, empinou pipas com o nome do recém-nascido. Segundo consta, tudo indica que houve pipas gigantescas, cujo tamanho chegava a 30m , e que para empina-la foi necessária a colaboração de dezenas de homens. Há muitas variedades de pipas quanto ao seu formato: quadrada, losângica, retangular, pentagonal, hexagonal, em forma do antigo lacaio japonês, entre outras.
No século 17, ela fez tamanho sucesso que o governo feudal precisou intervir por várias vezes, proibindo o seu uso, por causar transtornos aos transeuntes. As pipas trazem também ilustrações de personagens heróicas da história, bem como dos contos infantis como o Kintarô. Há também pipas que trazem dizeres como nomes de pessoas.
Houve quem ironizasse a alta do custo de vida, escrevendo os nomes dos produtos como sakê ou arroz na pipa e fazendo-os, literalmente, "subir". Com o tempo, surgiram os comerciantes de pipas que passaram a criar os mais variados formatos, tamanhos, desenhos e letras.
Fizeram muito sucesso também as "pipas de briga"com cerol nas linhas. No Ocidente foi utilizada para verificação da temperatura nas camadas atmosféricas, acoplando-se-lhes termômetros. Benjamim Franklin também a utilizou para pesquisar sobre eletricidade.
Abraços
Nesse site tem vários modelos de pipas http://orbita.starmedia.com/~pierrepipas/artes.htm Um abraço.