compreenção do poema "fanatismo",florbela espanca?

por favor vou ter uma prova sobre o poema fanatismo,de florbela espanca ,e queria que alguém me disse-se do que se trata o poema.obrigado

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  • FANATISMO

    Em seu primeiro quarteto, “Fanatismo” apresenta um eu-lírico que sente a falta do ser

    que ama e o fato de não vê-lo é comparado, de forma dramática, à uma cegueira, que também

    pode ser entendida como “um não querer enxergar” mais nada além dele. Isso é observado

    nos versos “(...) Minh`alma de sonhar-te, anda perdida. / Meus olhos andam cegos de te ver!

    (...)” e representa o sofrimento. Já a intensidade desse amor está explícita na comparação do

    objeto do desejo com a própria vida: “(...) Pois que tu és já toda a minha vida! (...)”.

    Junto com a dor, o segundo quarteto demonstra o desalento diante das situações que

    não mudam e que é capaz de levar à loucura. A incapacidade de se alterar o curso natural da

    vida leva apenas a uma passagem pelo mundo, onde se consegue no máximo, contemplar seus

    mistérios.

    Observa-se, nessa primeira parte, a desilusão e o pessimismo, enfocados de maneira

    terna e sonhadora, onde a “Dor” está numa posição de destaque. A partir daí, Florbela tende a

    fazer uma inversão, colocando nessa posição de destaque o “Amor”, ou seja, transita

    sutilmente entre a “Dor” e o “Amor”, sentimentos que para ela, estão intimamente ligados.

    A fugacidade da vida, outro tema explorado pela poetisa, é encontrado no primeiro

    terceto do poema na passagem “(...) “Tudo no mundo é frágil, tudo passa...” (...)” e quando

    a vida parece não ter mais valor, o otimismo emerge do nada, como que por uma força divina,

    trazendo consigo o “Amor” em sua maior intensidade, até mesmo platônico, capaz de provocar

    uma submissão total, uma entrega sem limites, onde o eu-lírico volta a expressar que o ser

    O texto, em seu início, apresenta uma expressão de sofrimento, característica de Florbela que sempre procura entrelaçar o “Amor” e a “Dor”, como se não fosse possível um existir sem o outro. É interessante essa relação, pois, no íntimo, quem é que não gosta de ter saudade ou imaginar a presença da pessoa amada que está longe.Em seu primeiro quarteto, “Fanatismo” apresenta um eu-lírico que sente a falta do ser que ama e o fato de não vê-lo é comparado, de forma dramática, à uma cegueira, que também pode ser entendida como “um não querer enxergar” mais nada além dele. Isso é observado nos versos “(...) Minh`alma de sonhar-te, anda perdida. / Meus olhos andam cegos de te ver!(...)” e representa o sofrimento. Já a intensidade desse amor está explícita na comparação do objeto do desejo com a própria vida: “(...) Pois que tu és já toda a minha vida! (...)”.Junto com a dor, o segundo quarteto demonstra o desalento diante das situações que não mudam e que é capaz de levar à loucura. A incapacidade de se alterar o curso natural da vida leva apenas a uma passagem pelo mundo, onde se consegue no máximo, contemplar seus mistérios.Observa-se, nessa primeira parte, a desilusão e o pessimismo, enfocados de maneira terna e sonhadora, onde a “Dor” está numa posição de destaque. A partir daí, Florbela tende a fazer uma inversão, colocando nessa posição de destaque o “Amor”, ou seja, transita sutilmente entre a “Dor” e o “Amor”, sentimentos que para ela, estão intimamente ligados.

    A fugacidade da vida, outro tema explorado pela poetisa, é encontrado no primeiro terceto do poema na passagem “(...) “Tudo no mundo é frágil, tudo passa...” (...)” e quando a vida parece não ter mais valor, o otimismo emerge do nada, como que por uma força divina,trazendo consigo o “Amor” em sua maior intensidade, até mesmo platônico, capaz de provocar uma submissão total, uma entrega sem limites, onde o eu-lírico volta a expressar que o ser amado representa a sua vida, “o seu tudo” independente do que possa acontecer, como podemos verificar no final do poema: “(...) E, olhos postos em ti, digo de rastros: / “Ah! Podem voar mundos, morrer astros, / Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...”

    BOM DOMINGO.

  • FANATISMO

    Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida.

    Meus olhos andam cegos de te ver!

    Não és sequer razão do meu viver,

    Pois que tu és já toda a minha vida!

    Não vejo nada assim enlouquecida...

    Passo no mundo, meu Amor, a ler

    No misterioso livro do teu ser

    A mesma história tantas vezes lida!

    “Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”

    Quando me dizem isso, toda a graça

    Duma boca divina fala em mim!

    E, olhos postos em ti, digo de rastros:

    “Ah! Podem voar mundos, morrer astros,

    Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...”

    Florbela Espanca

    O poema “Fanatismo” de Florbela Espanca é um soneto, sendo portanto constituído de

    dois quartetos e dois tercetos, seus versos são decassílabos (medida nova) e apresentam rimas

    ricas e interpoladas, no formato ABBA ABBA CCD EED. Não existe refrão, porém o

    “enjabement” se faz presente, encadeando idéias, onde um verso só se completa em outro,

    como no fragmento “(...) Quando me dizem isto, toda a graça / Duma boca divina fala em

    mim! (...)”.

    O texto, em seu início, apresenta uma expressão de sofrimento, característica de

    Florbela que sempre procura entrelaçar o “Amor” e a “Dor”, como se não fosse possível um

    existir sem o outro. É interessante essa relação, pois, no íntimo, quem é que não gosta de ter

    saudade ou imaginar a presença da pessoa amada que está longe.

    Em seu primeiro quarteto, “Fanatismo” apresenta um eu-lírico que sente a falta do ser

    que ama e o fato de não vê-lo é comparado, de forma dramática, à uma cegueira, que também

    pode ser entendida como “um não querer enxergar” mais nada além dele. Isso é observado

    nos versos “(...) Minh`alma de sonhar-te, anda perdida. / Meus olhos andam cegos de te ver!

    (...)” e representa o sofrimento. Já a intensidade desse amor está explícita na comparação do

    objeto do desejo com a própria vida: “(...) Pois que tu és já toda a minha vida! (...)”.

    Junto com a dor, o segundo quarteto demonstra o desalento diante das situações que

    não mudam e que é capaz de levar à loucura. A incapacidade de se alterar o curso natural da

    vida leva apenas a uma passagem pelo mundo, onde se consegue no máximo, contemplar seus

    mistérios.

    Observa-se, nessa primeira parte, a desilusão e o pessimismo, enfocados de maneira

    terna e sonhadora, onde a “Dor” está numa posição de destaque. A partir daí, Florbela tende a

    fazer uma inversão, colocando nessa posição de destaque o “Amor”, ou seja, transita

    sutilmente entre a “Dor” e o “Amor”, sentimentos que para ela, estão intimamente ligados.

    A fugacidade da vida, outro tema explorado pela poetisa, é encontrado no primeiro

    terceto do poema na passagem “(...) “Tudo no mundo é frágil, tudo passa...” (...)” e quando

    a vida parece não ter mais valor, o otimismo emerge do nada, como que por uma força divina,

    trazendo consigo o “Amor” em sua maior intensidade, até mesmo platônico, capaz de provocar

    uma submissão total, uma entrega sem limites, onde o eu-lírico volta a expressar que o ser

    amado representa a sua vida, “o seu tudo” independente do que possa acontecer, como

    podemos verificar no final do poema: “(...) E, olhos postos em ti, digo de rastros: / “Ah!

    Podem voar mundos, morrer astros, / Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...” (...)”.

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