De que maneira foi decidido que livros fariam parte da Bíblia Sagrada?

Quero saber históricamente, ou algo q se possa comprovar. Não a visão católica sobre isso, a não ser haja uma resposta coerente em q se mostre todos os pormenores.

Comments

  • Meu amigo, se vc quer saber a verdade sobre os livros que foram escolhidos para comporem a Bíblia terá que passar pela Igreja católica, pq quem escreveu , escolheu, formatou a Bíblia foram os padres, A bíblia na realidade é resultado da tradição oral dos primeiros crentes da era cristã, os os apócrifos tormaram-se importantes documentos reveladores do modo como vivia e pensava uma grande parcela da cristandade, cuja voz ficou abafada pela Igreja Oficial. Produzidos para satisfazer as curiosidades populares a respeito da infância de Jesus e de seus pais, bem como estabelecer as raízes da nova religião, tais escritores revelam, por um lado, as idiossincrasais do pensamento e das práticas judaicas que marcaram a origem do cristianismo, e por outro, refletem a efervescente e plural cultura gentílica com a qual o Cristianismo passou a lidar cotidianamente em seu processo de expansão.

  • COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NOS.

    A questão de quais livros pertencem à Bíblia é chamada questão canônica. A palavra cânon significa régua, vara de medir, regra, e, em relação à Bíblia, refere-se à coleção de livros que passaram pelo teste de autenticidade e autoridade; significa ainda que esses livros são nossa regra de vida. Como foi formada esta coleção?

    Os Testes de Canonicidade

    Em primeiro lugar é importante lembrarmos que certos livros já eram canônicos antes de qualquer teste lhes ser aplicado. Isto é como dizer que alguns alunos são inteligentes antes mesmo de se lhes ministrar uma prova. Os testes apenas provam aquilo que intrinsecamente já existe. Do mesmo modo, nem a Igreja nem os concílios eclesiásticos jamais concederam canonicidade ou autoridade a qualquer livro; o livro era autêntico ou não no momento em que foi escrito. A Igreja ou seus concílios reconheceram certos livros como Palavra de Deus e, com o passar do tempo, aqueles assim reconhecidos foram colecionados para formar o que hoje chamamos de Bíblia.

    Que testes a Igreja aplicou?

    1) Havia o teste da autoridade do escritor. Em relação ao A.T., isto significava a autoridade do legislador, ou do profeta, ou do líder em Israel. No caso do N.T., o livro deveria ter sido escrito ou influenciado por uma apóstolo para ser reconhecido. Em outras palavras, deveria ter a assinatura ou aprovação de uma apóstolo. Pedro, por exemplo, apoiou a Marcos, e Paulo a Lucas.

    2) Os próprios livros deveriam dar alguma prova intrínseca de seu caráter peculiar, inspirado e autorizado por Deus. Seu conteúdo deveria de demonstrar ao leitor como algo diferente de qualquer outro livro por comunicar a revelação de Deus.

    3) O veredicto das igrejas quanto à natureza canônica dos livros era importante. Na verdade, houve uma surpreendente unanimidade entre as primeiras igrejas quanto aos livros que mereciam lugar entre os inspirados. Embora seja fato que alguns livro bíblicos tenha sido recusados ou questionados por alguma minoria, nenhum livro cuja autenticidade foi questionada por uma número grande de igrejas veio a ser aceito posteriormente como parte do cânon.

    A Formação do Cânon

    O cânon da Escritura estava-se formando, é claro, à medida que cada livro era escrito, e completou-se quando o último livro foi terminado. Quando falamos da “formação” do cânon estamos realmente falando do reconhecimento dos livros canônicos pela Igreja. Esse processo levou algum tempo. Alguns afirmam que todos os livros do A.T. já haviam sido colecionados e reconhecidos por Esdras, no quinto século AC. Referências nos escritos de Flávio Josefo (95 DC) e em 2 Esdras 14 (100 DC) indicam a extensão do cânon do A.T. como os 39 livros que hoje aceitamos. A discussão do chamado Sínodo de Jamnia (70-100 DC) parece ter partido deste cânon. Nosso Senhor delimitou a extensão dos livros canônicos do A.T. quando acusou os escribas de serem culpados da morte de todos os profetas que Deus enviara a Israel, de Abel a Zacarias (Lc 11.51). O relato da morte de Abel está, é claro, em Gênesis; o de Zacarias se acha em 2 Crônicas 24.20,21, que é o último livro na disposição da Bíblia hebraica (em lugar de nosso Malaquias). Para nós, é como se Jesus tivesse dito: “Sua culpa está registrada em toda a Bíblia - de Gênesis a Malaquias”. Ele não incluiu qualquer dos livros apócrifos que já existiam em Seu tempo e que continham relatos das mortes de outros mártires israelitas.

    O primeiro concílio eclesiástico a reconhecer todos os 27 livros do N.T. foi o concílio de Cartago, em 397 DC. Alguns livros do N.T., individualmente, já haviam sido reconhecidos como canônicos muito antes disso (2Pe 3.16; 1Tm 5.18) e a maioria deles foi aceita como canônica no século posterior ao dos apóstolos (Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João e Judas foram debatidos por algum tempo). A seleção do cânon foi um processo que continuou até que cada livro provasse o seu valor, passando pelos testes de canonicidade.

    Os doze livros apócrifos do A.T. jamais foram aceitos pelos judeus ou por nosso Senhor no mesmo nível de autoridade dos livros canônicos. Eles eram respeitados, mas não foram considerados como Escritura. A Septuaginta (versão grega do A.T. produzida entre o terceiro e o segundo século AC) incluiu os apócrifos com o A.T. canônico. Jerônimo (c. 340 - 420 DC), ao traduzir a Vulgata, distinguiu entre os livros canônicos e os eclesiásticos (que eram os apócrifos), e essa distinção acabou por conceder-lhe uma condição de canonicidade secundária. O Concílio de Trento (1548) reconheceu-os como canônicos, embora os reformadores tenham rejeitado tal decreto. Em algumas versões protestantes dos séculos XVI e XVII, os apócrifos foram colocados à parte.

    O Texto de Que Dispomos É Confiável?

    Os manuscritos originais do A.T. e suas primeiras cópias foram escritos em pergaminhos ou papiro, desde o tempo de Moisés (c. 1450 AC) até o tempo de Malaquias (400 AC). Até a sensacional descoberta dos Rolos do Mar Morto em 1947, não possuíamos cópias do A.T. anteriores a 895 DC. A razão de isto acontecer era a veneração quase supersticiosa que os judeus tinha pelo texto e que os levava a enterrar as cópias, à medida que ficavam gastas demais para uso regular. Na verdade, os massoretas (tradicionalistas), que acrescentaram os acentos e transcreveram a vocalização entre 600 e 950 DC, padronizando em geral o texto do A.T., engendraram maneiras sutis de preservar a exatidão das cópias que faziam. Verificavam cada cópia cuidadosamente, contanto a letra média de cada página, livro e divisão. Alguém já disse que qualquer coisa numerável era numerada. Quando os Rolos do Mar Morto ou Manuscrito do Mar Morto foram descobertos, trouxeram a lume um texto hebraico datada do segundo século AC de todos os livros do A.T. à exceção de Ester. Essa descoberta foi extremamente importante, pois forneceu um instrumento muito mais antigo para verificarmos a exatidão do Texto Massorético, que se provou extremamente exato.

    Outros instrumentos antigos de verificação do texto hebraico incluem a Septuaginta (tradução grega preparada em meados do terceiro século AC), os targuns aramaicos (paráfrases e citações do A.T.), citações em autores cristãos da antiguidade, a tradução latina de Jerônimo (a Vulgata, c. 400 DC), feita diretamente do texto hebraico corrente em sua época. Todas essas fontes nos oferecem dados que asseguram um texto extremamente exato do A.T.

    Mais de 5.000 manuscritos do N.T. existem ainda hoje, o que o torna mais bem documentado dos escritos antigos. O contraste é surpreendente.

    Além de existirem muitas cópias do N.T., muitas delas pertencem a uma data bem próxima à dos originais. Há aproximadamente setenta e cinco fragmentos de papiro datados de 135 DC até o oitavo século, possuindo partes de 25 dos 27 livros, num total de 40% do texto. As muitas centenas de cópias feitas em pergaminho incluem o grande Códice Sinaítico (quarto século), o Códice Vaticano (também quarto século) e o Códice Alexandrino (quinto século). Além disso, há cerca de 2.000 lecionários (livretos de uso litúrgico que contêm porções das Escrituras), mais de 86.000 citações do N.T. nos escritos dos Pais da Igreja, antigas traduções latinas, siríaca e egípcia, datadas do terceiro século, e a versão latina de Jerônimo. Todos esses dados, mais o trabalho feito pelos estudiosos da paleografia, arqueologia e crítica textual, nos asseguram possuirmos um texto exato e fidedigno no N. Testamento.

  • Os livros existiam em forma de livros (rolos) ou eram transmitidos de forma verbal.

    O Rei Salomão mandou que se compilassem todos em livros e foram destacados sacerdotes para esta difícil tarefa.

    Após a destruição do Templo de Jerusalém (70/73) os judeus foram dispersos pelo mundo. Este fato é hoje conhecido como DIÁSPORA (O expurgo ou dispersão de um povo por perseguição política, religiosa ou por etnia).

    No ano CEM de nossa Era alguns rabinos judeus, em Jerusalém, resolveram fazer novos livros e estabeleceram alguns critérios, como por exemplo:

    a) Deveriam ter sido escritos em território judeu.

    b) Deveriam ter sido no idioma judeu (nada de grego ou aramaico)

    Após copiarem uma página e eles estabeleceram o critério de que cada linha deveria ter um número fixo de letras e, provavelmente este número era ímpar.

    As páginas eram então confrontadas e aquela que tivesse uma só letra errada era imediatamente incinerada.

    Usaram um critério bastante rígido para garantir que todas as cópias eram exatamente iguais - o que não se deu com a que havia sido feita anteriormente na Alexandria, onde introduziram outros livros escritos em grego e alguns contrariando a Bíblia dos Judeus de Jerusalém. (Não confundir a Bíblia dos Judeus de Jerusalém com a chamada Bíblia de Jerusalém que é uma versão moderna e ecumênica(?)).

    Na Internet existem vários artigos, porém é preciso que se estabeleça um critério antes de pesquisar.

    Particularmente quando me foi dado fazer a pesquisa, somente me era dado aceitar o que os judeus de Jerusalém escreveram e, acredito que foi desta Bíblia Judaica que Martin Lutero tirou sua versão para o alemão.

    O Novo Testamente não tem muitas discrepâncias, embora substituam palavras que não dão a exata idéia do original - segundo o que me é dado entender.

    Exemplo:

    Um cego não pode conduzir um cego, pois ambos cairão no "barranco".

    Acredito que no original a palavra deveria ser ABISMO!!!

    Como João Ferreira de Almeida fez uma versão para o povo da África, ele se deu muitas liberdades.

    Passarinho foi substituido por pardal, embora não fira a idéia central.

    E a pequena moeda foi substituida pela moeda portuguesa - também não prejudica o texto.

    Existe porém palavras, tanto na Vulgata com na de Ferreira de Almeida que alteram o sentido...

    Quando necessitei estes dados fui na Internet onde existe também a primeira Bíblia impressa em Portugal (se não me falha a memória)

    Se eu for pesquisar, certamente que encontrarei mais coisas, mas somente estou fazendo um exercício de memória.

    Felicidades.

    VR

  • Coerência histórica primeiramente,muitos os chamados livros ëspurios¨que foram rejeitados continham anacronismos,como um livro que foi escrito antes de Cristo pode usar uma linguagem medieval por exemplo.

    Não ter contradições entre si.

    Ser citado Por Jesus e apóstolos(velho testamento)

    Obs.não confundir os ëspurios¨com os ¨apocrifos.

    este site vai te dar algumas orientações:http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-InspiracAp...

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