Oi, entre Assembléia e Sete de Setembro via-se um pequeno casario, na esquina da rua da Assembléia com Primeiro de Março, colado à esquerda do Convento do Carmo, hoje inexistente.
Ainda sobrevivem os passadiços: o primeiro, ligando o Paço Imperial ao Convento do Carmo, com seus arcos, sobre a rua Primeiro de Março, por onde transitavam as carruagens; o segundo, ligando o Convento do Carmo à Torre da Catedral (hoje inexistente), passando sobre a rua Sete de Setembro. Dessa forma, o Paço Imperial ficava ligado à antiga Catedral do Rio de Janeiro: a Igreja do Carmo.
As linhas paralelas que saem da rua Sete de Setembro e contornam a Praça XV representam o caminho do Bonde (Companhia Carioca - Riachuelo) que, dando a volta na Praça, retornavam para a rua Primeiro de Março, por onde continuava em todo o seu percurso. Este quarteirão é dominado pelo Convento do Carmo e pelo Paço Imperial.
Beco dos Barbeiros: começa na Rua Primeiro de Março, próximo ao n.º 7, e termina na rua do Carmo. Aberto em 1755, quando do início da construção da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, ligava a rua Primeiro de Março à rua do Carmo. Foi local preferido de moradia dos barbeiros coloniais que, naquele tempo, também exerciam as funções de dentistas e sangradouros. É calçado com grandes blocos de pedra, de onde se podem notar calhas de ferro trabalhadas para escoar água da chuva.
Denomina-se Brasil Colônia perÃodo da história entre a chegada dos primeiros portugueses em 1500, e a independência, em 1822, quando o Brasil estava sob domÃnio socioeconômico e polÃtico de Portugal.
Em 1850, a Lei de Terras provocou transformações profundas no solo urbano, pois, tornou absoluto o domÃnio sobre os imóveis e a terra de modo geral, uma vez que institucionaliza a propriedade privada como direito universal e inalienável. Muito embora, na Lei de Terras não haja nenhum artigo ou mesmo referência explÃcita sobre a particularidade do solo urbano ou da propriedade da terra urbana – o que demonstra a não existência de uma preocupação especial com a cidade naquele momento, pois esta estava agregada ao campo – ela implementa a propriedade da terra, tanto rural quanto urbana.
na minha opinião, uma rua do perÃodo colonial seria com casas pequenas, rua de pedras, mercearias, pessoas brancas bem vestidas arrastando seus escravos... por que vc não assiste à uma novela ou filme sobre o perÃodo colonial?
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Oi, entre Assembléia e Sete de Setembro via-se um pequeno casario, na esquina da rua da Assembléia com Primeiro de Março, colado à esquerda do Convento do Carmo, hoje inexistente.
Ainda sobrevivem os passadiços: o primeiro, ligando o Paço Imperial ao Convento do Carmo, com seus arcos, sobre a rua Primeiro de Março, por onde transitavam as carruagens; o segundo, ligando o Convento do Carmo à Torre da Catedral (hoje inexistente), passando sobre a rua Sete de Setembro. Dessa forma, o Paço Imperial ficava ligado à antiga Catedral do Rio de Janeiro: a Igreja do Carmo.
As linhas paralelas que saem da rua Sete de Setembro e contornam a Praça XV representam o caminho do Bonde (Companhia Carioca - Riachuelo) que, dando a volta na Praça, retornavam para a rua Primeiro de Março, por onde continuava em todo o seu percurso. Este quarteirão é dominado pelo Convento do Carmo e pelo Paço Imperial.
Beco dos Barbeiros: começa na Rua Primeiro de Março, próximo ao n.º 7, e termina na rua do Carmo. Aberto em 1755, quando do início da construção da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, ligava a rua Primeiro de Março à rua do Carmo. Foi local preferido de moradia dos barbeiros coloniais que, naquele tempo, também exerciam as funções de dentistas e sangradouros. É calçado com grandes blocos de pedra, de onde se podem notar calhas de ferro trabalhadas para escoar água da chuva.
Espero ter descrito. Um abraço!!!
Não saberia te ajudar.
Posso dar uma sugestão. Veja se alguém que você conhece tem o livro "O Xangô de Baker Street" do Jô Soares, tem boas descrições do Rio de Janeiro na época colonial.
Um abraço!!!
Denomina-se Brasil Colônia perÃodo da história entre a chegada dos primeiros portugueses em 1500, e a independência, em 1822, quando o Brasil estava sob domÃnio socioeconômico e polÃtico de Portugal.
No perÃodo colonial havia algumas instruções gerais contidas nas Ordenações de Filipe II, de 1573, que alinham 149 cláusulas, como um Código Geral de Posturas Municipais e que insistem na necessidade de se marcar a praça, ruas e rocios. Muito embora existissem essas indicações de ordenamento no perÃodo de regência espanhola (Filipe II), as cidades brasileiras cresceram sem atender à s regras estabelecidas nas Ordenações de Filipe II. Porém, alguns pesquisadores brasileiros, entre eles Nelson Goulart Reis e MaurÃcio de Abreu já demonstraram que muitas das vilas e cidades brasileiras criadas no perÃodo colonial foram traçadas por engenheiros militares e apresentavam formas geométricas regulares.
Também já foi bastante evidenciado que, com exceção de algumas cidades, a maioria das ruas das cidades brasileiras era delineada a partir do posicionamento das construções. O lugar da praça e da matriz era o de maior expressividade; além desse, apenas ruas tortuosas que se expandiam conforme iam sendo erguidas as edificações sem continuidade, alternadas pela presença de sÃtios e chácaras.
Na história das cidades brasileiras, o século XIX é caracterizado pelas modificações e implementações que vão ocorrer nos centros urbanos tradicionais. Nesse momento, já não são os edifÃcios religiosos que terão maior destaque, mas sim, prédios públicos, como um teatro, uma escola, uma biblioteca, além dos passeios públicos e da abertura dos famosos boulevards inspirados nas obras do Barão de Haussman em Paris, entre 1850 e 1870. Por conseguinte, é preciso também sanear e embelezar as vias. Os traços mais regulares nos planos das cidades, a delimitação e a criação de espaços públicos, revelam não só uma racionalidade, mas também a necessidade em se partilhar o solo para melhor comercializá-lo. O parcelamento do solo é, portanto, o principal responsável pela abertura de novos bairros, pelo parcelamento de glebas feito por empreendimentos imobiliários e, ainda, pela abertura e reordenamento das ruas da cidade que se quer moderna. Essa concepção, mesmo que lentamente, vai se expandindo aos diversos centros urbanos brasileiros, inicialmente, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Belém, Manaus, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Fortaleza e também João Pessoa.
Em 1850, a Lei de Terras provocou transformações profundas no solo urbano, pois, tornou absoluto o domÃnio sobre os imóveis e a terra de modo geral, uma vez que institucionaliza a propriedade privada como direito universal e inalienável. Muito embora, na Lei de Terras não haja nenhum artigo ou mesmo referência explÃcita sobre a particularidade do solo urbano ou da propriedade da terra urbana – o que demonstra a não existência de uma preocupação especial com a cidade naquele momento, pois esta estava agregada ao campo – ela implementa a propriedade da terra, tanto rural quanto urbana.
Esse conjunto de transformações econômico-sociais implicou na elaboração de normativas e, por sua vez, em intervenções urbanas. Constata-se no século XIX a implicação do movimento geral de modificação no tratamento espacial, especialmente em relação à cidade. A respeito do traçado urbano e do parcelamento do solo, vários são os termos que os nomeiam: alinhamento, demarcação, desincorporação, arruamento, as datas ou dadas de chão, e por fim os lotes e os loteamentos que surgem tão somente com o sistema de compra e venda da terra. Tais designações refletem o conjunto de mudanças ocorridas na cidade e, particularmente, nas suas ruas.
Outro importante marco para a compreensão da cidade, da vida urbana e, portanto, da rua, é a implementação da energia elétrica. Desde os lampiões, com os seus famosos acendedores, até as luzes que funcionam a partir de uma central elétrica, esses incrementos determinaram usos diferenciados das ruas da cidade, como também alteraram a sua paisagem.
Energia elétrica, abastecimento d’água, saneamento e utilização de transportes públicos (bondes) imprimem grandes alterações nas ruas da cidade no que diz respeito a sua forma e também ao seu cotidiano. A série de implementações de incrementos que, por muitos anos são exclusivos ao meio urbano, pertencia ao imaginário da elite que passara a ter a cidade como locus de moradia, e que necessitava, de uma cidade limpa, higiênica e iluminada para, então, chegar à imagem da cidade moderna.
Não sei se ajudei, mas tentei....
Boa Sorte
Beijos
na minha opinião, uma rua do perÃodo colonial seria com casas pequenas, rua de pedras, mercearias, pessoas brancas bem vestidas arrastando seus escravos... por que vc não assiste à uma novela ou filme sobre o perÃodo colonial?