Os fatos não são uma mistura caótica e fortuita de elementos separados; pelo contrário, parecem incorporar-se a certos padrões e apresentar formas, regularidades e revelações definidas. A ordem é imanente ao universo, acreditava Newton, e não se pode descobri-la a partir de princípios abstratos, mas sim mediante a observação e a acumulação de dados.
Sendo assim, era preciso estudar os "fatos", levar em consideração os "dados" fornecidos pela observação e pela experimentação, a fim de que se pudesse unir o positivo, isto é, o científico, e o racional. Somente através do conhecimento acurado dos fenômenos em si mesmos é possível fazer avançar o verdadeiro conhecimento racional. Análise e síntese, observação empírica e explicação racional, eis a verdadeira meta a alcançar.
Partindo do primado absoluto da razão, princípio e garantia do progresso da humanidade, uma vez que este se identifica com o avanço do conhecimento verdadeiro, a ideologia iluminista produz e/ou articula as principais categorias da sensibilidade intelectual do século XVIII: cultura e civilização, progresso e liberdade, educação e humanidade.
Princípio universal, a razão é também conquista intrinsecamente individual. É ao homem esclarecido que cabe fazer triunfar a racionalidade, uma espécie de encontro consigo mesmo e com a natureza em geral. Para esse homem esclarecido nada poderá estar fora ou acima da própria razão, sua única e legítima fonte de autoridade, pois qualquer autoridade que se situe fora dessa consciência individual, racional por definição, é necessariamente "irracional" e ilegítima, mero "despotismo" de sacerdotes, príncipes e funcionários
A consciência racional é aquela atitude de quem não apenas responde aos estímulos imediatos da experiência, mas que é capaz de dar razões explicativas aos elementos constitutivos desta mesma experiência. Mas Hegel vai mais longe. Não basta a nós a consciência racional, diante da pretensão de sermos livres, de sermos educados, de sermos plenamente conscientes. É necessário ir em busca do que ele chama de consciência teórica. Ele define teórico no seu sentido etimológico: vem do grego “theorem”que significa ver o conjunto, a totalidade, do modo mais exaustivo possível.
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Os fatos não são uma mistura caótica e fortuita de elementos separados; pelo contrário, parecem incorporar-se a certos padrões e apresentar formas, regularidades e revelações definidas. A ordem é imanente ao universo, acreditava Newton, e não se pode descobri-la a partir de princípios abstratos, mas sim mediante a observação e a acumulação de dados.
Sendo assim, era preciso estudar os "fatos", levar em consideração os "dados" fornecidos pela observação e pela experimentação, a fim de que se pudesse unir o positivo, isto é, o científico, e o racional. Somente através do conhecimento acurado dos fenômenos em si mesmos é possível fazer avançar o verdadeiro conhecimento racional. Análise e síntese, observação empírica e explicação racional, eis a verdadeira meta a alcançar.
Partindo do primado absoluto da razão, princípio e garantia do progresso da humanidade, uma vez que este se identifica com o avanço do conhecimento verdadeiro, a ideologia iluminista produz e/ou articula as principais categorias da sensibilidade intelectual do século XVIII: cultura e civilização, progresso e liberdade, educação e humanidade.
Princípio universal, a razão é também conquista intrinsecamente individual. É ao homem esclarecido que cabe fazer triunfar a racionalidade, uma espécie de encontro consigo mesmo e com a natureza em geral. Para esse homem esclarecido nada poderá estar fora ou acima da própria razão, sua única e legítima fonte de autoridade, pois qualquer autoridade que se situe fora dessa consciência individual, racional por definição, é necessariamente "irracional" e ilegítima, mero "despotismo" de sacerdotes, príncipes e funcionários
A consciência racional é aquela atitude de quem não apenas responde aos estímulos imediatos da experiência, mas que é capaz de dar razões explicativas aos elementos constitutivos desta mesma experiência. Mas Hegel vai mais longe. Não basta a nós a consciência racional, diante da pretensão de sermos livres, de sermos educados, de sermos plenamente conscientes. É necessário ir em busca do que ele chama de consciência teórica. Ele define teórico no seu sentido etimológico: vem do grego “theorem”que significa ver o conjunto, a totalidade, do modo mais exaustivo possível.
Minha resposta é a mesma da internauta Vanyle.
Abraços.