Preciso de uma historia de um imigrante.?

Pode ser alguem do passado que veio para o brasil. ou apenas nomes..

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  • Conheça a emocionante história do imigrante japonês Daizi Yamamoto e seus desenhos da viagem ao Brasil

    Daizi Yamamoto tinha apenas 16 anos quando embarcou sozinho no navio Rio de Janeiro Maru com destino ao porto de Santos (SP), em 1938. Com a tristeza de deixar pai, mãe e irmãos para trás no peito, ele usou lápis e papel para ver passar mais depressa aqueles 42 dias de viagem e para garantir que todos vissem as mesmas coisas novas que ele.

    Cada folha preenchida e colorida era enviada à mãe. O que Yamamoto não sabia era que, em Fukuoka, a mãe guardava com cuidado o trabalho do filho que ela só iria rever 32 anos mais tarde. Em 1970, Yamamoto conseguiu voltar pela primeira vez ao Japão, e a mãe lhe entregou os desenhos, encadernados.

    “Ela morreu pouco tempo depois. Parece que estava esperando por isso”, diz a filha de Yamamoto, Celina. No momento da morte, a mãe ainda deixou uma recomendação aos sobrinhos de Yamamoto, que cuidassem bem do tio, pois “foi o filho que mais sofreu”.

    O adolescente Yamamoto chegou ao Brasil acompanhado de tios e sete primos. No registro, teve o nome Taiji alterado pelos brasileiros, que não entendiam nada de japonês.

    Depois de passar de dois a três dias na Casa do Migrante, em Santos, foi enviado para uma fazenda em Tapiraí (SP), onde ajudou na construção da casa em que iria morar com os familiares e cultivou tomate, arroz e milho.

    Yamamoto conta que, na época, no Japão, “diziam que o Brasil era um lugar muito bom”. Ele afirma que não ficou tão deprimido quanto outros imigrantes ao perceber que a vida não seria tão próspera quanto esperava, porque, como era muito jovem, via tudo como novidade, com um espírito aventureiro.

    Hoje, Yamamoto conserva o ímpeto desbravador. Mora, faz compras e vai ao banco sozinho e ainda freqüenta bibliotecas e um grupo de idosos de uma igreja metodista. Tudo isso aos 85 anos de idade, em São Paulo, falando poucas palavras em português. “Eu tenho orgulho do meu pai, de quem ele é. Ele é uma pessoa muito culta”, diz Celina.

    Viagem

    Os desenhos devolvidos a Yamamoto pela mãe permaneceram guardados. “Resolvemos dar uma olhada neste ano, por causa do centenário da imigração”, diz Celina.

    Nas imagens, estão o convés do navio, onde eram realizadas gincanas para distrair as muitas crianças a bordo; os navios de guerra posicionados na costa do Japão e do Vietnã, chamado Indochina; os relevos dos países por onde passou à distância, por causa da guerra; as ruas da África do Sul, por onde circulou livremente, sem o medo do confronto; e os personagens, pessoas com formas, cores e roupas totalmente diferente das que ele conhecia.

    Yamamoto lamenta não ter conseguido enviar à mãe um desenho da paisagem do Rio de Janeiro, por onde o navio também passou.

    “Na hora em que passavam pelo Rio, chegou a ordem para que os passageiros guardassem as bagagens, e ele guardou também os lápis e os blocos”, diz a filha

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