O que foi o grande Cisma do Oriente e como ele ilustra a crise do papado e o fortalecimento da monarquia nacional no séc. XIV?
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O cismo do oriente foi a divisão que teve entre a igreja católica romana e a católica ortodoxa, a primeira com sede em Roma e a segunda em Instambul.
A crise no papado foi que a igreja se enfraqueceu por não ter mais apenas uma liderança e sim dois líderes, o papa e o líder católico ortodoxo.
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O Grande Cisma do Oriente, Cisma do Oriente ou Cisma Ocidente-Oriente foi a cisão (cisma) formal da unidade da igreja cristã em Igreja Católica e Igreja Ortodoxa, que tornou-se documentalmente evidente em 1054.
Dá-se o nome de Cisma do Ocidente ao perÃodo compreendido entre 1378 e 1417, durante o qual dois e, mais tarde, três papas reclamavam a sua legitimidade na direção da Igreja. Todavia, alguns autores designam de Grande Cisma esta divisão da Igreja do Ocidente nos séculos XIV e XV.
[editar] Motivos do Cisma
O distanciamento entre as duas Igrejas cristãs tem formas culturais e polÃticas muito profundas, cultivadas ao longo de séculos. As tensões entre as duas igrejas datam no mÃnimo da divisão do Império Romano em oriental e ocidental, e a transferência da capital da cidade de Roma para Constantinopla, no século IV.
Uma diferença crescente de pontos de vista entre as duas igrejas resultou da ocupação do oeste pelos outrora invasores bárbaros, enquanto o leste permaneceu herdeiro do mundo clássico. Enquanto a cultura ocidental se foi paulatinamente transformando pela influência de povos como os germanos, o Oriente permaneceu desde sempre ligado à tradição da cristandade helenÃstica. Era a chamada Igreja de tradição e rito grego. Isto foi exacerbado quando os papas passaram a apoiar o Sacro Império Romano no oeste, em detrimento do Império Bizantino no leste, especialmente no tempo de Carlos Magno. Havia também disputas doutrinárias e acordos sobre a natureza da autoridade papal.
A Igreja de Constantinopla respeitou a posição de Roma como a capital original do império, mas ressentia-se de algumas exigências jurisdicionais feitas pelos papas, reforçadas no pontificado de Leão IX (1048-1054) e depois no dos seus sucessores. Para além disso, existia a oposição do Ocidente em relação ao cesaropapismo bizantino, isto é, a subordinação da Igreja oriental a um chefe secular, como acontecia na Igreja de Bizâncio.
Uma ruptura grave ocorreu de 456 a 867, sob o patriarca Fócio, este sabia que contribuÃa para aumentar o distanciamento entre gregos e latinos, e usou a questão do filioqüe como ponto de discórdia, condenou a sua inclusão no Credo da Cristandade ocidental e lançou contra ela a acusação de heresia. Desse modo, para o futuro as pendências não seriam apenas de natureza disciplinar e litúrgica, mas também de natureza dogmática, com o que se comprometia de modo quase irremediável a unidade da Igreja.
[editar] O Cisma
Quando Miguel Cerulário se tornou patriarca de Constantinopla, no ano de 1043, deu inÃcio a uma campanha contra as Igrejas latinas na cidade de Constantinopla, envolvendo-se na discussão teológica da natureza do EspÃrito Santo, questão que viria a assumir uma grande importância nos séculos seguintes.
Roma enviou o Cardeal Humberto a Constantinopla em 1054 para tentar resolver este problema. No entanto, esta visita acabou do pior modo, com a excomunhão do patriarca Cerulário, um ato entendido como a excomunhão de toda a Igreja bizantina e ao qual o SÃnodo e Cerulário responderam do mesmo modo a Roma, excomungando o papa Leão IX. As Igrejas, através de seus representantes oficiais, também anatematizaram (denunciaram formalmente) uma a outra.
A deterioração das relações entre as duas Igrejas contribuiu largamente para o triste e célebre episódio do saque de Constantinopla durante a quarta Cruzada (1204) e o estabelecimento do Império Latino (Ocidental) que durou 55 anos. Isso aprofundou a ruptura.
Houve várias tentativas de reunificação, principalmente nos ConcÃlios Ecumênicos de Lyon (1274) e Florença (1439), mas as reuniões mostraram-se efêmeras. Estas tentativas acabaram efetivamente com a queda de Constantinopla em mãos dos otomanos, em 1453, e ocuparam quase todo o antigo Império Bizantino por muitos séculos. As mútuas excomunhões só foram levantadas em 7 de Dezembro de 1965, pelo Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras I, por forma a aproximar as duas Igrejas, afastadas havia séculos. As excomunhões, entretanto, foram retiradas pelas duas Igrejas em 1966. Somente recentemente o diálogo entre elas foi efetivamente retomado, a fim de sanar o cisma.
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O cismo do oriente foi a divisão que teve entre a igreja católica romana e a católica ortodoxa, a primeira com sede em Roma e a segunda em Instambul.
A crise no papado foi que a igreja se enfraqueceu por não ter mais apenas uma liderança e sim dois líderes, o papa e o líder católico ortodoxo.
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O Grande Cisma do Oriente, Cisma do Oriente ou Cisma Ocidente-Oriente foi a cisão (cisma) formal da unidade da igreja cristã em Igreja Católica e Igreja Ortodoxa, que tornou-se documentalmente evidente em 1054.
Dá-se o nome de Cisma do Ocidente ao perÃodo compreendido entre 1378 e 1417, durante o qual dois e, mais tarde, três papas reclamavam a sua legitimidade na direção da Igreja. Todavia, alguns autores designam de Grande Cisma esta divisão da Igreja do Ocidente nos séculos XIV e XV.
[editar] Motivos do Cisma
O distanciamento entre as duas Igrejas cristãs tem formas culturais e polÃticas muito profundas, cultivadas ao longo de séculos. As tensões entre as duas igrejas datam no mÃnimo da divisão do Império Romano em oriental e ocidental, e a transferência da capital da cidade de Roma para Constantinopla, no século IV.
Uma diferença crescente de pontos de vista entre as duas igrejas resultou da ocupação do oeste pelos outrora invasores bárbaros, enquanto o leste permaneceu herdeiro do mundo clássico. Enquanto a cultura ocidental se foi paulatinamente transformando pela influência de povos como os germanos, o Oriente permaneceu desde sempre ligado à tradição da cristandade helenÃstica. Era a chamada Igreja de tradição e rito grego. Isto foi exacerbado quando os papas passaram a apoiar o Sacro Império Romano no oeste, em detrimento do Império Bizantino no leste, especialmente no tempo de Carlos Magno. Havia também disputas doutrinárias e acordos sobre a natureza da autoridade papal.
A Igreja de Constantinopla respeitou a posição de Roma como a capital original do império, mas ressentia-se de algumas exigências jurisdicionais feitas pelos papas, reforçadas no pontificado de Leão IX (1048-1054) e depois no dos seus sucessores. Para além disso, existia a oposição do Ocidente em relação ao cesaropapismo bizantino, isto é, a subordinação da Igreja oriental a um chefe secular, como acontecia na Igreja de Bizâncio.
Uma ruptura grave ocorreu de 456 a 867, sob o patriarca Fócio, este sabia que contribuÃa para aumentar o distanciamento entre gregos e latinos, e usou a questão do filioqüe como ponto de discórdia, condenou a sua inclusão no Credo da Cristandade ocidental e lançou contra ela a acusação de heresia. Desse modo, para o futuro as pendências não seriam apenas de natureza disciplinar e litúrgica, mas também de natureza dogmática, com o que se comprometia de modo quase irremediável a unidade da Igreja.
[editar] O Cisma
Quando Miguel Cerulário se tornou patriarca de Constantinopla, no ano de 1043, deu inÃcio a uma campanha contra as Igrejas latinas na cidade de Constantinopla, envolvendo-se na discussão teológica da natureza do EspÃrito Santo, questão que viria a assumir uma grande importância nos séculos seguintes.
Roma enviou o Cardeal Humberto a Constantinopla em 1054 para tentar resolver este problema. No entanto, esta visita acabou do pior modo, com a excomunhão do patriarca Cerulário, um ato entendido como a excomunhão de toda a Igreja bizantina e ao qual o SÃnodo e Cerulário responderam do mesmo modo a Roma, excomungando o papa Leão IX. As Igrejas, através de seus representantes oficiais, também anatematizaram (denunciaram formalmente) uma a outra.
A deterioração das relações entre as duas Igrejas contribuiu largamente para o triste e célebre episódio do saque de Constantinopla durante a quarta Cruzada (1204) e o estabelecimento do Império Latino (Ocidental) que durou 55 anos. Isso aprofundou a ruptura.
Houve várias tentativas de reunificação, principalmente nos ConcÃlios Ecumênicos de Lyon (1274) e Florença (1439), mas as reuniões mostraram-se efêmeras. Estas tentativas acabaram efetivamente com a queda de Constantinopla em mãos dos otomanos, em 1453, e ocuparam quase todo o antigo Império Bizantino por muitos séculos. As mútuas excomunhões só foram levantadas em 7 de Dezembro de 1965, pelo Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras I, por forma a aproximar as duas Igrejas, afastadas havia séculos. As excomunhões, entretanto, foram retiradas pelas duas Igrejas em 1966. Somente recentemente o diálogo entre elas foi efetivamente retomado, a fim de sanar o cisma.