Veja bem! que tipo de trabalho vc quer fazer? pesquisando na HISTÓRIA OFICIAL? aquela que descreve os índios atacando os colonos e incendiando plantações, do Búfallo Bil? ou vc quer escrever o que realmente aconteceu o MASSACRE DOS NATIVOS NA AMÉRICA DO NORTE?A matança do indios da América do Norte começou com a ocupação destes territórios pelos europeus. Tribos inteiras foram exterminadas e outras reduzidas a números insignificantes, como o ramo dos Hakasham, da tribo dos Algonquinos. Das grandes nações indias restam apenas algumas dezenas de milhares de sobreviventes dos Cherokees e Navajos concentrados em reservas. Leia este livro chamado ENTERREM MEU CORAÇÃO NA CURVA DO RIO, qdo eu li chorei muito , lamentando a bestialidade humana.É o nome de um livro que retrata o extermínio sistemático dos indíos americanos durante os séculos 18 e 19. Escrito por Dee Brown, foi lançado em 1970, quando ainda eram muito populares os clones de John Wayne e os Western Spaggettis. Ou seja, de um lado soldados mocinhos protegendos donzelas loirinhas inocentes e do outro, os demoníacos pele-vermelha vindo aos milhares com arcos e flechas e caindo sobre os tiros das armas de repetição.Por causa disso, Dee Brown fez uma escolha deliberada para o livro: mostrar apenas o ponto de vista do índio, como se o texto tivesse sido escrito por um. Então, ao longo do livro você encontra as expressões indías: soldado era casaco azul (em alusão ao seu uniforme), o tempo era contado atraves das luas e os generais eram citados por seus apelidos (o famoso general Custer, por exemplo, era chamado Traseiro Duro).O livro conta a história de famosos, como Touro Sentado (que teoricamente matou Custer) e Cavalo Doido (que é o dono do tal coração teoricamente enterrado), e outros menos famosos como Nuvem Vermelha, Faca Embotada, Cochise e Dez Ursos. O livro fez um sucesso tremendo e abriu caminho para uma série de livros e filmes sobre a cultura indígena, como por exemplo, Dança com Lobos.
E de fato, a destruição sistemática dos povos indígenas descrita no livro é tocante. Suas terras foram confiscadas e eles mandados para reservas em locais onde praticamente nada crescia e não havia animais para caçar. E os índios que se rebelavam tinham apenas armas de caça velhas e arcos e flechas para enfrentar o poderoso exército americano equipado com modernas armas de repetição e em números muito maiores. Quem não conhece a história está fadado a repetí-la. E os americanos podem não ser os únicos, mas são bons nisso.Apesar disso, o que torna o livro poderoso também é o que acaba com ele. Talvez, se trinta e sete anos atrás essa parcialidade fosse necessária, hoje ela acaba com a credibilidade do texto. Ao ignorar as histórias e discursos dos índios que odiavam os americanos, dos massacres e crimes cometidos pelos pele-vermelhas e ao tentar justificar as ações más deles como sendo resposta às do homem branco, Dee Brown cria um universo perigoso, de um povo que realmente era em sua maioria pacífico.É perfeitamente compreensível que ele não tinha escolha naquela época pois se colocasse o lado mau do índio só justificaria o que a população assistia nos filmes, mas a leitura do livro hoje começa interessante até a sua metade e se torna enfadonha até o final, porque ele não foge da fórmula exôdo-rebeldia-massacre, para contar as histórias dos vários povos indígenas.
E ao final como se percebendo o círculo vicioso, ainda tenta aumentar a carga dramática das histórias (até porque as boas histórias ficaram na primeira metade do livro) aumentando os floreios, tentando dramatizar coisas bestas como a morte de Cavalo Doido (que morreu dentro de um forte, cujo coração enterrado é apenas uma lenda e ele nunca disse a tal frase) e terminando com um capítulo absolutamente anti-climático.
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Veja bem! que tipo de trabalho vc quer fazer? pesquisando na HISTÓRIA OFICIAL? aquela que descreve os índios atacando os colonos e incendiando plantações, do Búfallo Bil? ou vc quer escrever o que realmente aconteceu o MASSACRE DOS NATIVOS NA AMÉRICA DO NORTE?A matança do indios da América do Norte começou com a ocupação destes territórios pelos europeus. Tribos inteiras foram exterminadas e outras reduzidas a números insignificantes, como o ramo dos Hakasham, da tribo dos Algonquinos. Das grandes nações indias restam apenas algumas dezenas de milhares de sobreviventes dos Cherokees e Navajos concentrados em reservas. Leia este livro chamado ENTERREM MEU CORAÇÃO NA CURVA DO RIO, qdo eu li chorei muito , lamentando a bestialidade humana.É o nome de um livro que retrata o extermínio sistemático dos indíos americanos durante os séculos 18 e 19. Escrito por Dee Brown, foi lançado em 1970, quando ainda eram muito populares os clones de John Wayne e os Western Spaggettis. Ou seja, de um lado soldados mocinhos protegendos donzelas loirinhas inocentes e do outro, os demoníacos pele-vermelha vindo aos milhares com arcos e flechas e caindo sobre os tiros das armas de repetição.Por causa disso, Dee Brown fez uma escolha deliberada para o livro: mostrar apenas o ponto de vista do índio, como se o texto tivesse sido escrito por um. Então, ao longo do livro você encontra as expressões indías: soldado era casaco azul (em alusão ao seu uniforme), o tempo era contado atraves das luas e os generais eram citados por seus apelidos (o famoso general Custer, por exemplo, era chamado Traseiro Duro).O livro conta a história de famosos, como Touro Sentado (que teoricamente matou Custer) e Cavalo Doido (que é o dono do tal coração teoricamente enterrado), e outros menos famosos como Nuvem Vermelha, Faca Embotada, Cochise e Dez Ursos. O livro fez um sucesso tremendo e abriu caminho para uma série de livros e filmes sobre a cultura indígena, como por exemplo, Dança com Lobos.
E de fato, a destruição sistemática dos povos indígenas descrita no livro é tocante. Suas terras foram confiscadas e eles mandados para reservas em locais onde praticamente nada crescia e não havia animais para caçar. E os índios que se rebelavam tinham apenas armas de caça velhas e arcos e flechas para enfrentar o poderoso exército americano equipado com modernas armas de repetição e em números muito maiores. Quem não conhece a história está fadado a repetí-la. E os americanos podem não ser os únicos, mas são bons nisso.Apesar disso, o que torna o livro poderoso também é o que acaba com ele. Talvez, se trinta e sete anos atrás essa parcialidade fosse necessária, hoje ela acaba com a credibilidade do texto. Ao ignorar as histórias e discursos dos índios que odiavam os americanos, dos massacres e crimes cometidos pelos pele-vermelhas e ao tentar justificar as ações más deles como sendo resposta às do homem branco, Dee Brown cria um universo perigoso, de um povo que realmente era em sua maioria pacífico.É perfeitamente compreensível que ele não tinha escolha naquela época pois se colocasse o lado mau do índio só justificaria o que a população assistia nos filmes, mas a leitura do livro hoje começa interessante até a sua metade e se torna enfadonha até o final, porque ele não foge da fórmula exôdo-rebeldia-massacre, para contar as histórias dos vários povos indígenas.
E ao final como se percebendo o círculo vicioso, ainda tenta aumentar a carga dramática das histórias (até porque as boas histórias ficaram na primeira metade do livro) aumentando os floreios, tentando dramatizar coisas bestas como a morte de Cavalo Doido (que morreu dentro de um forte, cujo coração enterrado é apenas uma lenda e ele nunca disse a tal frase) e terminando com um capítulo absolutamente anti-climático.
AÃ:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nativos_americanos_no...