Dei uma pesquisada e encontrei um artigo muito bom do Heitor Abranches, comparando as FARC com o MST. Aí vai:
As FARC e o MST
O que as FARC e o MST tem em comum? As FARC nasceram em 1964 como braço militar do Partido Comunista da Colombia e se consideram uma organização bolivariana, enquanto o MST deve o seu surgimento à Igreja da Teologia da Libertação com a instalação da Comissão Pastoral da Terra em 1975, embora seu primeiro encontro tenha ocorrido em 1984, em Cascavel no Paraná. Hoje, as FARC estão presentes em 40% do território colombiano e no Brasil, e o MST está presente em 23 estados brasileiros.
Esta tradição de luta revolucionária a partir do campesinato vem de Mao, que contrariou a orientação leninista de insurreição a partir do operariado urbano. Com o massacre das tropas comunistas em 1927 teve início a Grande Marcha para o noroeste, que se estendeu por 10.000 km escapando do cerco do Kuomitang.
Após a derrota japonesa, a estratégia de Mao visava a tomada revolucionária do poder. “O poder está na ponta do fuzil.” A China contava com 500 milhões de camponeses e com dois milênios de tradição de lutas entre camponeses, as quais Mao soube capitalizar. Nas palavras de Mao: “Eles quebrarão todas as cadeias e se lançarão na via da sua libertação (...). Temos de nos pôr a frente dos camponeses e dirigi-los”.
Esta estratégia de guerra revolucionária que prevê a conquista das cidades a partir do campo teve em Mao o seu grande teórico. “Quando o inimigo avança, nós recuamos; quando inimigo pára, fustigamo-lo; quando o inimigo cansa, atacamos; quando o inimigo recua; nós o perseguimos.”
Na América Latina, tivemos a Revolução Cubana, cujo modelo Marrighella queria ter seguido contra os militares no Brasil. A persistência do núcleo revolucionário castrista sobreviveu à fracassada tentativa de tomada do quartel de Moncada e ao fracasso do desembarque do Granma mas teve sucesso na Sierra Maestra. Com a chamada estratégia de foco, os dozes discípulos de Castro sublevaram as massas camponesas, conquistaram as pequenas cidades, depois as médias e com greves gerais e propaganda acabaram chegando à capital. De fato, Fidel negava ser marxista até então.
Guevara tentou repetir a estratégia na Bolívia, imaginando que os Andes seriam a nova Sierra Maestra, para fomentar uma revolução bolivariana. Morto Guevara, tivemos o extinto Sendero Luminoso no Peru e as FARC, que sobrevive com seqüestros e tráfico de drogas e agora ganhou novo impulso com o apoio venezuelano em armas e facilitação de escoamento de suas drogas para a Europa.
A versão brasileira destes movimentos seria o MST, cuja estratégia de tomada de propriedades por multidões torna ineficaz a identificação de responsáveis ou a resistência considerando que na zona rural não existem forças policiais anti-motim. De qualquer forma, é um grupo já bastante doutrinado que amanhã pode ser a base de um exército revolucionário popular que terá amplo apoio de nossos vizinhos - as FARC e o exército venezuelano. Permanece, portanto, como uma ameaca pairando sobre a sociedade aberta e a democracia brasileiras.
Gente que não trabalha, que instiga lutas, guerras e guerrilhas.
A agressivdade como principal atitude.
Sob o meu ponto de vista quem faz guerras, guerrilhas, seqüestra e abusa da agressividade de toda a natureza, não faz parte dos animais, são bestas.
Não fazem parte da categoria animal racional ou racional.
Respostas politizadas só criam uma cortina de fumaça nos fatos, não nos deixam entender as coisas mais simples, quanto mais os assuntos mais delicados...
MilÃcias de latifundiários nascem por iniciativa dos traficantes. E guerrilhas que se dizem comunistas, como as Farc e o ELN, garantem seu financiamento taxando a venda de drogas em territórios sob seu controle.
O QUE QUER Atualmente diz lutar por reformas contra a desigualdade, e não mais pela tomada do poder.
SITUAÃÃO ATUAL Nos últimos anos, o ELN perdeu um grande número de
integrantes na disputa com as forças oficiais e grupos paramilitares. Desde 2006, discute com o governo um plano de desarmamento.
GRUPOS PARAMILITARES
INTEGRANTES 9 mil 4
EXTORSÃES 92/ano 2
SEQÃESTROS 165/ano 2
O QUE QUEREM São a resposta dos narcotraficantes e latifundiários às guerrilhas de esquerda, que avançavam sobre suas terras e lucros com a cobrança de taxas.
SITUAÃÃO ATUAL O governo anunciou a desmobilização das milÃcias desde 2006, 32 mil pessoas teriam deixado esses grupos. Mas os remanescentes já se reorganizam.
FONTES: 1 Indepaz; 2 Fonde Libertad (dados de extorsão entre 1998 e 2007, dados de seqüestro entre 1996 e 2007); 3 Codhes; 4 Fundación Seguridad y Democracia. Mapas: Divisão Antinarcóticos da PolÃcia Nacional da Colômbia.
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Dei uma pesquisada e encontrei um artigo muito bom do Heitor Abranches, comparando as FARC com o MST. Aí vai:
As FARC e o MST
O que as FARC e o MST tem em comum? As FARC nasceram em 1964 como braço militar do Partido Comunista da Colombia e se consideram uma organização bolivariana, enquanto o MST deve o seu surgimento à Igreja da Teologia da Libertação com a instalação da Comissão Pastoral da Terra em 1975, embora seu primeiro encontro tenha ocorrido em 1984, em Cascavel no Paraná. Hoje, as FARC estão presentes em 40% do território colombiano e no Brasil, e o MST está presente em 23 estados brasileiros.
Esta tradição de luta revolucionária a partir do campesinato vem de Mao, que contrariou a orientação leninista de insurreição a partir do operariado urbano. Com o massacre das tropas comunistas em 1927 teve início a Grande Marcha para o noroeste, que se estendeu por 10.000 km escapando do cerco do Kuomitang.
Após a derrota japonesa, a estratégia de Mao visava a tomada revolucionária do poder. “O poder está na ponta do fuzil.” A China contava com 500 milhões de camponeses e com dois milênios de tradição de lutas entre camponeses, as quais Mao soube capitalizar. Nas palavras de Mao: “Eles quebrarão todas as cadeias e se lançarão na via da sua libertação (...). Temos de nos pôr a frente dos camponeses e dirigi-los”.
Esta estratégia de guerra revolucionária que prevê a conquista das cidades a partir do campo teve em Mao o seu grande teórico. “Quando o inimigo avança, nós recuamos; quando inimigo pára, fustigamo-lo; quando o inimigo cansa, atacamos; quando o inimigo recua; nós o perseguimos.”
Na América Latina, tivemos a Revolução Cubana, cujo modelo Marrighella queria ter seguido contra os militares no Brasil. A persistência do núcleo revolucionário castrista sobreviveu à fracassada tentativa de tomada do quartel de Moncada e ao fracasso do desembarque do Granma mas teve sucesso na Sierra Maestra. Com a chamada estratégia de foco, os dozes discípulos de Castro sublevaram as massas camponesas, conquistaram as pequenas cidades, depois as médias e com greves gerais e propaganda acabaram chegando à capital. De fato, Fidel negava ser marxista até então.
Guevara tentou repetir a estratégia na Bolívia, imaginando que os Andes seriam a nova Sierra Maestra, para fomentar uma revolução bolivariana. Morto Guevara, tivemos o extinto Sendero Luminoso no Peru e as FARC, que sobrevive com seqüestros e tráfico de drogas e agora ganhou novo impulso com o apoio venezuelano em armas e facilitação de escoamento de suas drogas para a Europa.
A versão brasileira destes movimentos seria o MST, cuja estratégia de tomada de propriedades por multidões torna ineficaz a identificação de responsáveis ou a resistência considerando que na zona rural não existem forças policiais anti-motim. De qualquer forma, é um grupo já bastante doutrinado que amanhã pode ser a base de um exército revolucionário popular que terá amplo apoio de nossos vizinhos - as FARC e o exército venezuelano. Permanece, portanto, como uma ameaca pairando sobre a sociedade aberta e a democracia brasileiras.
.....
olha é uma longa hist´ria, mas vou resumir, os EUA (sempre eles) tinham um problemão, para transportar mercadorias dentro de seu próprio paÃs via mar, pois dinham que dar a volta aqui em baixo na américa do sul contornando o esteioto de.... esqueci o nome na argentina, então eles viram que a colombia tinha um trecho de terra bem estreito que separa o oceano atlantico do pacÃfico, então ..... voce já pode imaginar, criaram intriga, e separaram a colombia e criaram um paÃs chamado de panamá e fizeram um canal ligando os dois oceanos, e aà ficou facil o tranporte de suas mercadorias, mas os colombianos autenticos, patrioticos, não aceitaram e formaram um grupo de resistencia a FARC, POIS O PRESIDENTE DA COLOMBIA à APENAS UM FANTOCHE DOS EUA, entendeu agora, onde tem conflito guera, genocidio, divisão guerilha, sempre tem o dedo da praga chamada EUA por traz, não respeitam ninguem para conseguir seus objetivos sejam eles, economicos politicos, estratégicos. etc..
Por alto, derrubar o governo e tomar posse, através de guerrilha sangrenta.
Gente que não trabalha, que instiga lutas, guerras e guerrilhas.
A agressivdade como principal atitude.
Sob o meu ponto de vista quem faz guerras, guerrilhas, seqüestra e abusa da agressividade de toda a natureza, não faz parte dos animais, são bestas.
Não fazem parte da categoria animal racional ou racional.
proteger os narcotraficantes, desestabilizar o estado e comronper a sociedade, estimular e financiar politicos mafiosos.
Respostas politizadas só criam uma cortina de fumaça nos fatos, não nos deixam entender as coisas mais simples, quanto mais os assuntos mais delicados...
vou colar uma matéria da revista "superinteressante" e espero, com ela, poder lhe ajudar:
Por que ninguém consegue acabar com a guerra na Colômbia?
O principal motivo é que a enrascada por lá é uma guerra de guerrilhas, um tipo de combate tÃpico de pequenos grupos. Sabendo que não podem bater de frente com um exército mais poderoso, os guerrilheiros colombianos atacam no varejo: armam emboscadas, sabotam prédios públicos e praticam seqüestros e extorsões.
A tática às vezes dá certo: a resistência guerrilheira foi fundamental para a derrota americana no Vietnã e, agora, é o obstáculo para que os EUA controlem o Iraque. Mas a briga na Colômbia tem outros ingredientes. O conflito é todo financiado pelas drogas, afirma a jornalista Constanza Vieira, especializada na guerra civil.
MilÃcias de latifundiários nascem por iniciativa dos traficantes. E guerrilhas que se dizem comunistas, como as Farc e o ELN, garantem seu financiamento taxando a venda de drogas em territórios sob seu controle.
Do outro lado do front, o governo torra 6% do PIB em gastos bélicos proporcionalmente, mais que os ultramilitarizados EUA e Israel. Para alguns especialistas, entretanto, investir só em armas não vai pôr fim a 6 décadas de conflito. A Colômbia é um paÃs desigual, formado por culturas diferentes do PacÃfico, do Atlântico, da floresta, dos Andes que nunca se integraram. A solução tem de passar pela construção dessa unidade nacional, diz André Martin, professor de geopolÃtica da USP.
Conheça os grupos guerrilheiros
FORÃAS ARMADAS REVOLUCIONÃRIAS DA COLÃMBIA (FARC)
INTEGRANTES de 12 mil a 14 mil
EXTORSÃES 140/ano 2
SEQÃESTROS 565/ano 2
O QUE QUEREM Derrubar o governo e implantar o comunismo.
QUANDO SURGIRAM 1964.
SITUAÃÃO ATUAL Enfraquecida pela repressão, ainda é a maior guerrilha da Colômbia e o único grupo que não negocia a paz com o governo, apesar da libertação de prisioneiros como Clara Rojas e Consuelo Gonzáles
EXÃRCITO DE LIBERTAÃÃO NACIONAL (ELN)
INTEGRANTES de 1 000 a 1,5 mil
EXTORSÃES 32/ano 2
SEQÃESTROS 449/ano 2
QUANDO SURGIU 1964.
O QUE QUER Atualmente diz lutar por reformas contra a desigualdade, e não mais pela tomada do poder.
SITUAÃÃO ATUAL Nos últimos anos, o ELN perdeu um grande número de
integrantes na disputa com as forças oficiais e grupos paramilitares. Desde 2006, discute com o governo um plano de desarmamento.
GRUPOS PARAMILITARES
INTEGRANTES 9 mil 4
EXTORSÃES 92/ano 2
SEQÃESTROS 165/ano 2
O QUE QUEREM São a resposta dos narcotraficantes e latifundiários às guerrilhas de esquerda, que avançavam sobre suas terras e lucros com a cobrança de taxas.
SITUAÃÃO ATUAL O governo anunciou a desmobilização das milÃcias desde 2006, 32 mil pessoas teriam deixado esses grupos. Mas os remanescentes já se reorganizam.
FONTES: 1 Indepaz; 2 Fonde Libertad (dados de extorsão entre 1998 e 2007, dados de seqüestro entre 1996 e 2007); 3 Codhes; 4 Fundación Seguridad y Democracia. Mapas: Divisão Antinarcóticos da PolÃcia Nacional da Colômbia.