"Fumante passivo", como evitar?

Pelo menos sete brasileiros que não fumam morrem a cada dia por doenças provocadas pela exposição passiva à fumaça do tabaco. De acordo com o estudo "Mortalidade atribuível ao tabagismo passivo na população urbana no Brasil", realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pelo menos 2.655 não-fumantes morrem a cada ano no Brasil. É a primeira vez que um estudo desse gênero é realizado no País.

Segundo a pesquisadora Valeska Figueiredo, "esse número é conservador" porque a pesquisa estimou a proporção de óbitos considerando apenas as três principais doenças relacionadas ao tabagismo passivo: câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração e acidentes vasculares cerebrais. O objeto do estudo foi a população adulta, acima de 35 anos, e de 15 capitais do Brasil.

Ficaram de fora dessa estimativa pelo menos 40% dos óbitos, que acontecem na área rural, e outras causas de morte possivelmente associadas ao fumo passivo, como a síndrome da morte súbita da infância e doenças respiratórias crônicas. Também não entraram na pesquisa os abortos provocados pelo tabagismo e morte súbita na infância

Comments

  • Desculpe-me mas eu acredito que as mortes atribuíveis à fumaça de cigarro no meio urbano, têm nela somente um complicador a mais. Os fumantes passivos não costumam se trancar em locais hermeticamente fechados com fumantes ativos. A fumaça que sai pela ponta em brasa se "dissolve" no ar. Então, o fumo passivo não é a mesma coisa, ou pior, do que o fumo ativo. O que há são pessoas suscetíveis aos problemas derivados da poluição do ar, que o fumante ajuda a piorar. Outra certeza que se pode ter é que a fumaça que sai da ponta em brasa, e, portanto, não passa pelo filtro, é tão perigosa quanto a que sai dos escapamentos dos carros, e não assisto campanhas para diminuição do número de carros em circulação, ou campanhas anti-motoristas, esses preguiçosos, viciados em gasolina ou álcool. Isso tudo me parece outra daquelas visões reducionistas que busca culpas individuais, pontuais, ao invés de buscar compreender a verdadeira razão, ou razões, do porque a sensiblidade dessas pessoas que morreram ser tão grande. Não estou pondo a culpa nos mortos, não esqueço nunca os malefícios do fumo, mas acredito que a coisa é mais complexa do que o incômodo causado pelo cheiro desagradavel.

  • É uma situação complicada, pois se os fumantes não se preocupam nem com a própria saúde, vão se preocupar com a saúde alheia?

    Acho que o que podemos e devemos fazer é cobrar das autoridades o cumprimento da lei que proíbe o fumo em locais fechados.

    A gente se cuida tanto para ter uma vida saudável, mas não adianta nada se tivermos que permanecer no mesmo ambiente que os fumantes.

    Acho que a solução, pelo menos temporária, é utilizar mascara contra gases.

  • Algumas formas de reduzir um pouco o efeito seria aumentar a ingestao de liquidos (para ter umidade suficiente no nariz para minimizar o efeito dos gases), usar um umidificador de ar no ambiente, e um gerador de ions negativos (inclusive ha um com pilha, de pendurar no pescoco...), que faz as particulas em suspensao cairem pro chao (isso e para poeira...). Claro que para zerar os efeitos teria que estar o umidificador atras do nao fumante, ventilador na frente, virado para o fumante, e uma janela atras...

  • Bom o negócio é se afastar de quem esteja fumando. Não vejo outro remédio, a não ser que você queira usar uma mascara destas hospitalares, ou contra gases ou similares entende.

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