Para judeus....estudos de celulas tronco deve ser feito ??

Aqueles que praticam judaismo, sabem que a ciencia em momento algum confronta-se com a nossa fé, muito pelo contrario ! por isso o grande numero de cientistas judeus.

Com a polémica da células tronco, onde um judeu pode se basear que tais estudos são permitidos pela Torá ?? Qual o seu argumento para a defesa e que tipo de litaratura vc indica ??

Update:

Penalto se vc tive-se lido a minha pergunta saberia porque coloquei para judeus, logo antes de fazer uma critica leia com atenção.

Comments

  • De acordo com o judaísmo, temos permissão e obrigação Divinas de pesquisar a fim de curar o ser humano.

    Ou seja, isso não se constitui em um desafio à vontade Divina.

    Nós não achamos que isso seja "brincar de D'us". Pelo contrário, o judaísmo acredita que D'us convidou o ser humano a ser Seu sócio na obra da Criação.

    O homem, tem o direito e o dever de aperfeiçoar a obra Divina, que, em certos casos, foi deixada inacabada por Ele.

    De acordo com o judaísmo, é uma obrigação desenvolver este mundo da melhor forma possível para que ele seja proveitoso ao ser humano.

    A concepção dessa sociedade entre D'us e a humanidade está claramente expressa e definida nas palavras dos nossos grandes vultos, pensadores e legisladores judeus; não há qualquer dúvida a respeito.

    Tal associação explica a razão pela qual, em todos os séculos, grandes médicos e cientistas judeus se destacaram a ponto de ter participado da descoberta de tantas curas, como antibióticos eficazes contra moléstias infecciosas e outros.

    E, por essa razão, o judaísmo não tem absolutamente nada contra as novas tecnologias.

    Somos favoráveis às complexas cirurgias para quem delas necessita, apesar de termos a plena consciência de que a doença proveio dos Céus.

    Como já foi explanado em outra oportunidade,1 o judaísmo é categórico: o ser humano deve emular D'us quanto ao preceito de curar a doença e aliviar a dor,ao máximo.

    Todavia, é importante ter em mente que cada descoberta, científica ou tecnológica, pode ser potencialmente uma bênção, ou o oposto.

    Será uma bênção quando acrescentar dignidade ao homem, e quando realmente reduzir a dor, a doença e a miséria.

    E será uma maldição, D'us nos livre, quando for usada irresponsavelmente.

    A ciência e a tecnologia aqui estão para servir à humanidade, e não para se servir dela.

    Essa é a razão pela qual cada nova descoberta precisa ser analisada pelos grandes sábios judeus, competentes tanto no âmbito da lei (halachá) quanto em matéria científica, a fim de certificar se a novidade transgride algo que seja proibido pela halachá.

    Tudo para que as conseqüências não vão de encontro ao espírito judaico, e para que haja proveito real ao ser humano, um proveito maior que qualquer eventual prejuízo.

    Os sábios, obviamente, terão de analisar também se, ao permitir certas descobertas, não estarão encorajando a extrapolação e facilitando que coisas proibidas sejam autorizadas.

    Checar se não há qualquer contradição com matéria de fé, moral e ética etc. Tudo deverá ser pensado e repensado para que se possa fazer uso da nova descoberta.

    Sobre as células tronco a opinão judaica mais comum é que não há dúvida de que tais pesquisas podem realmente gerar um gigantesco potencial de cura e de aplicação terapêutica.

    Sabe-se que devido à sua versatilidade, os cientistas esperam um dia poder utilizar tais células na recuperação de tecidos danificados, como em lesões na medula espinhal ou no tratamento de doenças graves, como diabetes, mal de Alzheimer, mal de Parkinson, etc.

    As pesquisas em questão aparentemente são essenciais para a cura de muitas enfermidades. Há dois tipos de células-tronco: o das adultas, que podem ser encontradas na medula óssea, no sangue, no cordão umbilical e também em fetos prematuramente expelidos, sendo que o judaísmo não tem nada contra sua utilização (desde que os fetos não provenham de abortamento provocado).

    O segundo tipo são células-tronco de tecido embrionário que motivam um grande questionamento: é permitido extraí-las?

    Porque essa hipótese implica na interrupção do desenvolvimento do embrião, ocasionando a destruição do mesmo.

    Mas fica o cerne da questão religiosa a respeito de celulas-tronco que é o EMBRIÃO!

    Como tratá-lo sem ferir os princípios da fé Judaica?

    Enquanto certos filósofos e determinadas crenças tentam diferenciar entre os vários estágios da fertilização, afirmando que há uma fase de implantação, outra de iniciação da atividade cerebral etc., nós, judeus, consideramos um embrião já implantado na parede uterina como um feto e que já há vida nesse feto.

    Por isso, não há possibilidade de se permitir o abortamento com o intuito de pesquisar células-tronco, mesmo nos casos em que tais tecidos fetais possam prover uma terapia que salvará a vida de um paciente. O judaísmo não permite, de forma alguma, sacrificar um feto inocente para salvar uma outra vida. Isso é totalmente impensável e imoral. A única exceção à regra ocorre quando o feto "não-inocente" põe em risco a existência da mãe. Nesse caso, optamos por salvar a mãe, em detrimento do feto (o conceito de rodef, na halachá).

    Não é permitido interromper a vida do feto mesmo que esteja nos primeiros 40 dias de gestação, quando é tido pelo Talmud (Yevamot 69b) como "líquido" (esse conceito indica apenas que, em caso de aborto, não serão aplicadas as leis relativas à pureza pós-parto).

    A lei judaica proíbe peremptoriamente, com a concordância geral, fazer um aborto voluntário, mesmo no início da gestação.

    Tais embriões, antes da implantação, não são considerados seres humanos. Mas apesar disso, pela lei judaica, já são seres vivos, já há vida neles. Por essa razão, é preciso demonstrar-lhes o respeito devido à vida humana. É certo que personalidade, responsabilidade e direitos iniciam-se apenas quando a criança nasce, mas é dos embriões pré-implantados que surge reconhecidamente o ser humano. É por esse motivo que temos de tratá-los com reverência à vida humana; não podem ser descartados nem ter sua vida interrompida.

    Todavia, é importante lembrar que, pela lei judaica, tais embriões pré-implantados não chegam ao estado de feto enquanto não forem depositados no útero. A proibição de assassínio, de se abreviar a vida do próximo, baseada no versículo do Gênese (9:6), "Aquele que derrama sangue humano deverá ter seu próprio sangue derramado por homem, pois D'us fez o homem à Sua imagem", vale apenas a partir do momento em que o feto está dentro do útero da mãe (Talmud, Sanhedrin 57b). Enquanto esse embrião pré-implantado estiver em um petri dish, ou em um meio artificial, ele não conseguirá (sem auxílio externo) desenvolver a vida que possui. Assim, pela Torá, aquele que interrompe a vida de um embrião pré-implantado não é considerado homicida, e também o Shabat não é transgredido para salvar esse embrião. Conseqüentemente, a "sobra" dos embriões que foram criados em tratamentos de infertilidade pelo método F.I.V. (recurso permitido em determinadas circunstâncias), que foi congelada e não será implantada, mas posteriormente descartada, poderia eventualmente ser usada para pesquisas com células-tronco.

    Considerando e analisando as opiniões, há, aparentemente, legisladores judeus que não objetam ao aproveitamento desses embriões congelados - criados para fins reprodutivos e que seriam de qualquer forma destruídos - em pesquisas com células-tronco, para descobrir a cura de patologias graves.

    Esta é uma sintese de uma entrevista do Rabino David Weitman, na revista morashá!

    Existem vários pensadores Judeus e Rabinos que podem servir de referencia, mas todos tem opiniões muito semelhantes, e não fogem dos princípios da Torá!

    A Torá diz tudo e o Talmud explica detalhado.

    É só consultar o Rabino, que ele orienta na resposta!

    Abraços

  • Chai, podemos nos basear na Torah e no Talmud, para chegar a uma conclusão absolutamente certa. Na minha maneira de pensar, a busca pelo alivio da dor é algo permitido por D'us, mas minha duvida é..

    Até onde podemos ir?

    E quando acabar esse banco de embriões, passaremos a fabrica-los, com essa intenção?

    Até onde fere nossa religião, e as nossas leis e a nossa consciência?

    Sou a favor da ciência, da pesquisa e do estudo responsável, na resposta do Or, se encontra uma clara visão judaica acerca do assunto, porem na visão de um rabino, mas os rabinos não fecharam discussão sobre este assunto ainda.

    Creio que não seja matéria fechada, pelo menos, ainda haverá muitos debates sobre este assunto.

    Há também a questão da clonagem humana, com respeito a esta ciência, eu sou contra.

    Não há como defender algo, que ainda sofre impedimento de leis humanas para ser práticado. Precisamos de mais estudo sobre esta matéria, jogando sobre ela a luz da Torah e do Talmud, assim fazendo, poderemos nos posicionar de forma segura e sem erros.

    Shalom

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